Brasil precisa cortar 92% das emissões até 2035, aponta estudo do Observatório do Clima
Porquê secção do Convénio de Paris, do qual o Brasil é subscritor, será necessário apresentar até fevereiro de 2025, a Taxa Nacionalmente Determinada (NDC, na {sigla} em inglês). A proposta deverá prosseguir em relação ao Balanço Global (Global Stocktake, GST) que reuniu informações sobre a resposta do mundo à crise climática e foi apresentado na COP28, em Dubai, no ano pretérito.
Para atingir a meta proposta pelo Observatório do Clima, os pesquisadores que contribuíram com o estudo apontam para a urgência de o país entender outras ambições uma vez que o desmatamento zero até 2030, a recuperação de 21 milhões de hectares de vegetação nativa, o combate à degradação e aumento da proteção de seus biomas, as transições energéticas e à prática de agropecuária de baixa emissão, além de uma gestão adequada dos resíduos no país.
Metas brasileiras
O Brasil é o sexto maior emissor de gases do efeito estufa e, em 2023, apresentou uma NDC que estipulava teto para emissão de 1,3 bilhão de toneladas líquidas, em 2025, com redução de 48,4% em confrontação com 2005. E em 2030, limita as emissões a 1,2 bilhão de toneladas líquidas, avançando a 53,1% do que era emitido em 2005.
A soma das metas apresentadas por todos os países signatários do Convénio de Paris ainda não garante a avidez global de manter a elevação climática nos patamares atuais e levaria o planeta a um aquecimento de 3ºC supra da temperatura do período pré-industrial.
“Nós estamos fazendo uma NDC para as pessoas que perderam as suas casas na enchente do Rio Grande do Sul, para as pessoas que estão sofrendo com as queimadas agora no Brasil, para as pessoas que estão mais vulneráveis a ondas de calor. Nós estamos mostrando que há um caminho para o país de fazer uma entrega que seja conciliável com a gente frear o aumento desses extremos climáticos”, afirmou Astrini.
De conformidade com Astrini, o objetivo é levar o estudo aos locais onde o debate é desenvolvido de maneira técnica e de modo a pressionar gestores públicos. “Dentro e fora do governo a gente vai levar esses números para provar que é provável ter mais avidez”, conclui.