Mais 'jovem' e conectada: Fórmula 1 se aproxima de GP no Brasil com audiência elevada

A Fórmula 1 2024 retoma neste final de semana posteriormente quatro semanas sem corridas. Os eventos são chamados de ‘Volta das Américas’, começando no dia 18 de outubro em Texas, nos Estados Unidos, passando pelo GP do México, no Autódromo Hermanos Rodríguez, na Cidade do México, no dia 25, e terminando no GP do Brasil, em Interlagos, a partir de 1o de novembro.

Para o GP de São Paulo, algumas ativações já estão sendo programadas, uma vez que encontros e entrevistas com pilotos e chefes de equipe, além de shows de artistas brasileiros, uma vez que DJ Alok, o cantor Jorge Aragão e o grupo carioca SIBC (Samba Independente dos Bons Costumes). Também será realizado o tradicional, no Kartódromo Ayrton Senna, dentro do rodeio sede da F1 no Brasil, durante os três dias de evento. Nele, o público poderá se divertir com os simuladores de F1, espaços para fotos, brinquedos e outras atrações, uma vez que o ‘Repto do Pit Stop’ e a exibição de 30 carros históricos.

A atual temporada, que começou em março deste ano, segue com expectativa de audiência elevada e diversificação do público, seguindo uma tendência que já vem acontecendo nos últimos três anos. De concórdia com especialistas em gestão e marketing esportivo, fruto do chegada da rede social Tik Tok, bastante explorada pela Liberty Media, proprietária da F1, e da série Drive To Survive, produzida pelo Netflix e que chegou a sua sexta edição em fevereiro deste ano.

Números divulgados pela Liberty Media, no final de 2023, indicaram que a média de idade de quem acompanha a modalidade caiu de 36 anos para 32 anos. Já aqueles que acompanham presencialmente às corridas também ficaram mais jovens, com desenvolvimento de 21% dos fãs de até 25 anos, nos anos de 2021 e 2022. Levando em contas as transmissões esportivas, a audiência teve um desenvolvimento de 44% entre os torcedores de até 35 anos, levando em conta os últimos cinco anos (2018 a 2022).

“A crescente digitalização dos meios de notícia fez com que diferentes tipos de públicos passassem a ver a modalidade de outra maneira, influenciados, e muito, pelos perfis que surgiram em redes sociais, principalmente o Tik Tok e a série Drive to Survive. Era o impulso que faltava para a modalidade despertar entre o público feminino e também os mais jovens, e isso é constatado por meio de pesquisas. A F1 se modernizou, e ficou evidente que os conteúdos, da forma uma vez que eles são mostrados, principalmente com bastidores e novas experiências com público, são fundamentais para essa escalada de audiências e novas receitas”, observa Joaquim Lo Prete, Country Manager da Absolut Sport no Brasil, filial especializada em experiência esportivas e que comercializa pacotes para o GP de São Paulo.

Esse indumento, maquinalmente, levou a Fórmula 1 a superar a marcar de 60 milhões de seguidores somadas todas as suas redes sociais, atingindo um desenvolvimento de 29% no ano. O Tik Tok foi a plataforma que teve o maior aumento, de 13%, superando os 7 milhões de seguidores e atingindo patamares próximos de Premier League, UFC e NFL.

Já para 2024, a Liberty Media divulgou os números das receitas com a categoria em 2023, com um incremento de 25% em relação a 2022. O totalidade chegou a R$ 3,2 bilhões, sendo que somente o faturamento do quarto trimestre foi de R$ 1,2 bilhão, muito impulsionado pelo GP de Las Vegas. Esse recorte do quarto trimestre representou um aumento de 63% em relação ao mesmo período de 2022. Ainda de concórdia com a empresa, o lucro operacional da F1 foi de US$ 153 milhões no quarto trimestre, representando um aumento de 164% no último trimestre do ano.

“As lutas, partidas e provas de diferentes modalidades, cada vez mais se relacionam com, e dependem de seus derivados e relacionados. Com a Fórmula 1, não é dissemelhante. Cidades que potencializam seus eventos, uma vez que Las Vegas e Abu Dhabi, são fundamentais para trazer pela primeira vez um novo público, assim uma vez que as séries documentais, que “oxigenam” seu público, e fazem com que pessoas que tiveram contato com a modalidade a intervalo, mas vendo seus bastidores, passem a ter interesse pelo evento outrora principal, que são as provas, hoje, cada vez, geradoras de teor que pode ser consumidor independentemente delas”, analisa Thiago Freitas, COO da Roc Nation Sports no Brasil, empresa de entretenimento norte-americana, comandada pelo cantor Jay-Z

“O grande sucesso que está passando a Fórmula 1 é o resultado da transformação de um negócio de esportes em entretenimento e de sua estratégia de marketing que se orientou para o do dedo e para mídias sociais. Há alguns anos detrás era fácil perceber problemas tanto na imagem do resultado uma vez que no seu alcance. Hoje vejo um relacionamento direto com os fãs e as ações digitais altamente estruturadas que trazem todo o público para perto com subida ração de entretenimento”, explica Renê Salviano, CEO da Heatmap e perito em marketing esportivo, e que faz a captação de contratos entre marcas envolvendo profissionais do esporte.

Outro oferecido significativo divulgado pela empresa é em relação à participação do público. A presença de torcedores nas corridas em 2023 aumentou 5%, chegando a um totalidade de 6 milhões de pessoas, enquanto o número de seguidores nas redes sociais ultrapassou os 70 milhões.

Especialistas entendem que além de mudar o formato de seu teor, o surgimento da série Drive to Survive, da Netflix, em 2019, foi o divisor de águas para esse mudança de comportamento de seus usuários, e o consequente rejuvenescimento dos fãs em termos de audiência e presença de público.

“Está evidente que, hoje, a forma uma vez que um evento esportivo é divulgado e transmitido, é tão importante quanto o próprio evento. Novos ângulos, bastidores, detalhes técnicos, falas antes ocultas, além dos conteúdos relacionados, com a vida pessoal dos envolvidos, para muitas pessoas, são mais importantes que os resultados dos jogos ou das provas. A partida ou a prova, cada vez mais, são pretextos para que seja produzido teor sobre relações humanas”, diz Thiago Freitas, COO da Roc Nation Sports no Brasil.

No prelúdios de 2021, no último levantamento feito pela plataforma Betway Insider, apontou-se que a audiência da Fórmula 1 cresceu mais de 58% exclusivamente nos Estados Unidos, atingindo mais de 1 bilhão de espectadores. Outro oferecido da Nielsen mostra que mais de 360.000 pessoas que não assistiram às corridas do termo da última temporada, acompanharam as disputas neste ano depois de verem a série Drive To Survive.

A Liberty Medida estima que mais de 800 milhões de usuários foram atingidos nos dois primeiros anos de lançamento da série, e que ela conquistou mais de 50 milhões de visualizações desde o lançamento da quarta temporada, em 2022.

“A organização da Fórmula 1 dá lição de entretenimento. Tive a oportunidade de saber a forma que tratam o cliente, patrocinador e todo o público, e realmente é de assustar positivamente. Os eventos de hospitalidade e todas as ações de experiência que criaram além da corrida principal são verdadeiras aulas de conexão e obtenção de receitas; cá no Brasil mesmo é um evento fantástico, vale cada centavo”, afirma Renê Salviano, CEO da Heatmap e perito em marketing esportivo, e que faz a captação de contratos entre marcas envolvendo profissionais do esporte.

“A F1 vem trabalhando com diversas ações no sentido de aproximar o fã. A série Drive to Survive, da Netflix, por exemplo, tem proporcionado um enorme interesse dos fãs assíduos, muito uma vez que de diversos outros públicos que não tinham tanto interesse pela modalidade. Trazer os bastidores da F1 ao público foi genial, inclusive a fórmula tem sido copiada por outras modalidades, uma vez que o tênis. O revérbero disso tem se oferecido com faturamento recorde, autódromos lotados e público cada vez mais engajado”, complementa Fábio Wolff, sócio-diretor da Wolff Sports e perito em marketing esportivo, e que faz a captação de contratos entre marcas envolvendo profissionais do esporte.

Estima-se que a série já tenha sido foi assistida mais de 200 milhões de vezes. No prelúdios de 2021, no último levantamento feito pela plataforma Betway Insider, apontou-se que a audiência da Fórmula 1 cresceu mais de 58% exclusivamente nos Estados Unidos, atingindo mais de 1 bilhão de espectadores.

Já um oferecido da Nielsen mostra que mais de 360.000 pessoas que não assistiram às corridas do termo da última temporada acompanharam as disputas neste ano depois de verem a série Drive To Survive.

“Sem dúvidas a série Drive to Survive é responsável por apresentar e envolver esse novo público com a Fórmula 1 ao explorar um formato que cativa justamente por trazer o que está por trás dos resultados, o cotidiano de uma modalidade que envolve uma infraestrutura muito complexa e envolvente. Uma estratégia de teor muito pensada e executada nas redes sociais, explorando os formatos de vídeos curtos e as tendências do momento ajudam a rejuvenescer e fidelizar a base de fãs. Esses usuários mais jovens assumem um comportamento de embaixadores da modalidade, criando verdadeiras comunidades apaixonadas por consumir e debater conteúdos sobre o nicho, além de transformarem os principais nomes das modalidades em influenciadores. Não por possibilidade o TikTok é hoje a parceira solene da Aston Martin na frente de produção de teor, estampando também a logo da rede social nos carros de Fernando Alonso e Lance Stroll”, exemplifica Ana Clara Campos, Gerente de Teor da Sucursal End to End.

Em novembro do último ano, a Fórmula 1 anunciou ter chegado a um faturamento totalidade de US$ 887 milhões (R$ 4,3 bilhões), no periodo de julho a setembro, com um incremento de 24% em relação a 2022, quando alcançou US$ 715 milhões.

“Além da já conhecida conquista do mercado americano atribuída em grande medida ao sucesso de Drive to Survive naquele país, a Liberty segue investindo na conquista de novas audiências através de diversas plataformas de social media com teor formatado sob medida para cada uma”, encerra Ivan Martinho, professor de marketing esportivo pela ESPM.

Filme sobre Fórmula 1 segue aposta do segmento esportivo em atingir o universo cultural

Em meados deste deste ano, a F1 ganhou seu primeiro teaser solene. Com data de estreia para julho de 2025, o filme conta com a produção de Lewis Hamilton, piloto multicampeão da Fórmula 1. O longa contará a história de Sonny Hayes, ex-astro da categoria, interpretado por Brad Pitt, que retorna ao esporte para percorrer ao lado do jovem Joshua Pearce, vivido por Damson Idris, pela equipe fictícia APXGP. A hora do proclamação foi certeira, pois a indústria cinematográfica vive um momento de subida com obras do universo esportivo.

A revelação das primeiras informações sobre ‘F1’ foi feita na semana do Grande Prêmio da Inglaterra, com recta até a geração de um box para a escuderia inventada. Toda essa estratégia segue um planejamento para aproximar o fã do esporte, que além de ver os circuitos reais no longa, também terá a chance de reconhecer rostos familiares nos sets. Max Verstappen e o ex-gestor da Haas Gunther Steiner são algumas das participações especiais que já puderam ser observadas no teaser lançado.

Para Fábio Wolff, sócio-diretor da Wolff Sports e perito em marketing esportivo, a junção das estratégias utilizadas pela produção do filme tendem a gerar um grande interesse em fãs do esporte.

“O filme ‘F1’ tem um grande potencial para invadir os fãs de automobilismo. A geração de produções no entorno do ecossistema do esporte são benéficas para a construção de uma maior base de fãs, uma vez que foi o caso da série da Netflix, Drive to Survive, que proporcionou um aumento de mais de 58% na audiência da Fórmula 1 posteriormente seu lançamento”, aponta Fábio.

Diante desse cenário, os streamings e as produtoras cinematográficas observaram bons resultados com elaboração de projetos audiovisuais focados nas mais diversas modalidades. Um dos exemplos mais atuais é da série da Apple TV+, Ted Lasso. De roteiro e direção de Bill Lawrence, a obra ficcional, que estreou em 2020 e teve sua última temporada lançada no ano pretérito, conta a história do AFC Richmond, clube da Premier League inventado para a narrativa. O enredo que mistura comédia, drama e futebol, liderou, de concórdia com dados da Nielsen divulgados pela Variety, todas as séries originais de streaming, com mais de 16,9 bilhões de minutos assistidos.

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