Sucesso de audiência em Tóquio, surfe espera repetir feito em Paris-24 para seguir em ascensão

O surfe estreia em Paris-24 neste sábado, 27 de julho. A disputa acontecerá no Taiti, em Teahupoo, na Polinésia Francesa, e promete atrair os olhares de diversos fãs. Consciente da valia dos Jogos Olímpicos, a modalidade espera aproveitar, a exemplo do que fez em solo nipónico, a visibilidade para melhorar ainda mais o engajamento do esporte.

Na disputa dos Jogos de Tóquio, em 2021, o surfe e o skate estiveram entre cinco dos dez programas olímpicos mais vistos no Brasil durante a primeira semana dos Jogos.

Em 2022, um ano depois da competição, a modalidade ultrapassava os 45 milhões de fãs que costumavam seguir o esporte no Brasil, segundo pesquisa realizada pelo Ibope Repucom. Aliás, dados da World Surf League (WSL) apontam que 40% da audiência global vem do Brasil.

Os bons números continuaram sendo construídos e também se refletiram no ano pretérito. Em novidade pesquisa do Ibope Repucom constatou-se que as transmissões do Volta Mundial de Surfe alcançaram mais de 6,4 milhões de pessoas somente nos canais Sportv.

Nos últimos dez anos, os números de simpatizantes pela modalidade foram simplesmente triplicados. Por isso, estar em um dos maiores eventos esportivos globais é comemorado para continuar aprimorando significativamente estes números.

“Os Jogos Olímpicos de Paris têm um enorme potencial para aumentar a base de fãs do surfe, repetindo o sucesso de Tóquio, em que o esporte foi um dos mais assistidos. Esse incremento de audiência oferece oportunidades comerciais significativas para as marcas, que podem se associar ao estilo de vida saudável e engajante da modalidade. Patrocínios de atletas e parcerias com eventos do Volta Mundial são algumas das estratégias eficazes. Com maior visibilidade, as marcas podem se conectar com um público global enamorado, capitalizando o interesse renovado pelo esporte”, aponta Artur Mahmoud, diretor de negócios da End to End, hub de soluções e engajamento para o mercado esportivo e produtora de teor solene das redes sociais do Time Brasil durante os Jogos Olímpicos de Paris 2024.

Marcas chegam poderoso

Tamanho incremento impacta também na forma porquê as marcas enxergam a modalidade. E, ao que parece, a boa audiência do esporte já reflete no mercado.

Um levantamento feito pelo Ibope Repucom com 30 atletas com grande potencial de subir ao pódio em Paris apontou que o surfe lidera entre as cinco modalidades olímpicas brasileiras com maior número de patrocínios, com 34 acordos. Ao todo, 196 patrocínios de 132 marcas foram identificados na pesquisa, uma média de 6,5 acordos por desportista.

“A combinação de medalha de ouro em Tóquio na Olimpíada anterior, o nepotismo para Paris, o esporte que mais venceu na última dez no Brasil criando grandes ídolos e uma competição organizada anualmente pela liga com qualidade, conquistando grande alcance, frequência e relevância. Esses são os ingredientes poderosos que explicam o sucesso mercantil da modalidade e seus atletas”, afirma Ivan Martinho, presidente da WSL na América Latina.

No segundo lugar dos esportes com mais patrocínios está o skate, com 30. Em seguida, atletas do vôlei — de quadra e de praia — têm 24, enquanto a ginástica artística acumula 22 contratos. Na quinta posição aparece a natação, com 19 patrocínios. O segmento que mais investe nestes atletas é o de voga/vestuário (27), seguido por setor financeiro (18) e equipamentos esportivos (18).

Já no top 3 de atletas olímpicos com maior número de patrocínios estão o surfista Filipe Toledo, a skatista Rayssa Leal e a nadadora Ana Marcela.

Toledo é o atual bicampeão mundial de surfe e é patrocinado por 16 marcas, incluindo Banco do Brasil e Corona, que também possuem parceria com a WSL.

Ainda segundo dados da pesquisa, outros surfistas merecem menção honrosa. Gabriel Medina, tricampeão mundial de surfe (2014, 2018 e 2021), possui 12 patrocinadores. Já no feminino, a surfista Tatiana Weston-Webb conta com seis.

Curiosamente, o surfe será disputado no Taiti, com fuso horário dissemelhante de Paris, ou seja, poderá lucilar sozinho sem competir com outros esportes angariando ainda mais fãs para a modalidade e tornando-se cada vez mais atrativo para os patrocinadores.

“A WSL tem feito um trabalho fantástico com a modalidade. A base de fãs vem crescendo mundialmente. Não dividir a atenção com outros esportes impulsionará ainda mais o Surf durante os jogos olímpicos”, ponderou Fábio Wolff, da Wolff Sports.

A mesma pesquisa também apontou números referentes as redes sociais. E aí Medina sobra. O brasílio lidera o ranking de atletas com maior potencial nas redes sociais, com 15 milhões de seguidores. Em seguida, estão a “Fadinha”, com 12,2 milhões, e Rebeca Andrade, com 4,6 milhões. Todavia, dentre os três, os dois primeiros são ativos em outras redes sociais além do Instagram, porquê YouTube, TikTok e X.

“Tem alguns esportes que possuem uma grande conexão com voga, estilo de vida. São os casos por exemplo do surfe e do skate. Com toda certeza os talentos brasileiros farão boas participações nos Jogos Olímpicos e isso vai resultar em uma ininterrupção no incremento de audiência e do interesse da população porquê um todo”, falou Renê Salviano, CEO da Heatmap, escritório que atua com marketing e patrocínio esportivo.

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