
À espera de bons resultados, JP Morgan passa a recomendar compra para JBS; ação sobe 7%
Numa vaga de otimismo com os resultados do segundo trimestre (e para o restante do ano), o JP Morgan deu upgrade para a JBS, elevando de neutro para compra e passando preço-alvo de R$ 27 para R$ 37 — um prêmio de 19,5% sobre o fechamento de quinta-feira.
O time do JP era o único que ainda não recomendava compra para o papel. Com o upgrade do banco e relatórios de prévia com expectativas positivas de mais bancos de investimento, uma vez que Citi, XP e BofA, a ação hoje desponta entre as maiores altas do Ibovespa, avançando quase 7% perto das 12h30, para R$33,08. No ano, a ação sobe 33%.
De convenção com os analistas do banco — que passaram a colocar a empresa dos irmãos Batista uma vez que a ação preferida do setor ao lado do papel da BRF —, não é tarde para aumentar a exposição ao papel, mormente considerando a melhora nas margens dos negócios de frango (PPC e Seara), a possante lucratividade de suínos nos Estados Unidos e na Austrália e a segurança das margens da músculos bovina no mercado americano. O último resultado marcou um ponto de inflexão para a companhia.
Na proteína de frango, o JP Morgan vê que a demanda tem sido possante devido à acessibilidade dos produtos, justamente quando os consumidores passam a fazer substituições para forrar. “Ao mesmo tempo, a oferta está demorando para escoltar a demanda, pois as indústrias enfrentam desafios técnicos para aumentar a produção”, acrescentam Lucas Ferreira, Sebastian Hickman e Froylan Mendez.
O time do banco passou a prever um Ebitda de R$ 8,1 bilhões no segundo trimestre, 15% supra do consenso e aumentou a previsão de Ebitda no ano para R$ 30,3 bilhões, 17% supra da projeção anterior e 10% supra do consenso.
“Vemos a ação negociando a um preço grave de 4,8x EV/EBITDA e rendimento de 13% fluxo de caixa livre. Com a taxa de câmbio atual, o Ebitda para 2024 aumentaria para R$ 31,5 bilhões e a avaliação seria de 4,6x EV/EBITDA”, escrevem os analistas.