Millennials e geração Z têm maior afinidade com pauta ESG

ESG Insights

Millennials e geração Z têm maior afinidade com tarifa ESG

POR BÁRBARA VETOS

Pela primeira vez, quatro gerações estão atuando ativamente no mercado de trabalho. São múltiplos repertórios, ideologias, visões de mundo e percepções de horizonte que impactam os negócios. E, é evidente, diferentes percepções sobre a tarifa ESG. Apesar de ser uma temática em subida, ela pode ser vista com mais ou menos prioridade a depender da filete etária dos envolvidos.

A geração Z – nascida entre 1997 e 2010 – é a que afirma estar mais preocupada com a agenda. Para eles, falar sobre ESG chega a ser óbvio. Segundo pesquisa
de 2024 da Deloitte, tapume de dois terços desse público (64%) está disposto a remunerar mais para comprar produtos ou serviços ambientalmente sustentáveis e metade deles pode vir a recusar empregos por preocupações ambientais.

Os millennials
– nascidos entre 1981 e 1996 – também não ficam para trás. Um levantamento da consultoria Korn Ferry mostrou que mais de 60% deles se sentiriam mais inspirados em uma empresa que tenha uma boa política de ESG. Ou por outra, eles também são mais propensos a permanecerem nessas companhias e 54% considerariam mudanças de curso para assumir uma função focada em sustentabilidade.

Para Daniela Fontana, professora e consultora de sustentabilidade, ESG e economia circunvalar, a influência das gerações pode ser um fator determinante para incentivar ou não a adoção da agenda ESG nas empresas e no país. “Uma vez que são quatro gerações juntas, podem ocorrer algumas divergências de opiniões em um primeiro momento”, explica, “mas a inconstância é muito importante para a redução de vieses inconscientes, para a inovação e aumento da produtividade”.

Uma vez que e de que forma cada geração se relaciona com ESG

O indumentária de os baby boomers
– nascidos entre 1946 e 1964 – e a geração X – nascida entre 1965 e 1980 – serem menos engajados com o tema se dá por uma série de fatores históricos, socioculturais e econômicos. Segundo a consultora, os baby boomers
tendem a ser mais tradicionais e conservadores em suas decisões, enquanto a geração X é a grande influenciadora do mercado atualmente.

São gerações mais pragmáticas, acostumadas a ter foco em “entregar resultados”, o que faz com que nem sempre incluam nas tomadas de decisões as questões sociais e ambientais de médio e longo prazo.

Ou por outra, boomers
e geração X conviveram com ambientes de trabalho muito diferentes – e piores. Grandes jornadas de trabalho eram normalizadas e questões uma vez que representatividade de grupos minorizados e sátira ao assédio moral ou sexual eram pouco frequentes. Para as novas gerações, essas práticas são altamente condenáveis – embora ainda sobrevivam em segmento do mercado.

Um paisagem que é determinante para a afinidade das gerações posteriores é a conectividade. Os millennials
foram os primeiros a crescerem com entrada à internet, enquanto a geração Z veio ao mundo imersa em modernidade, inovação e tecnologia.

Diferentemente das demais gerações, os chamados genZ buscam empregos que estejam conectados aos seus ideais. De pacto com levantamento da Deloitte, eles estão dispostos a recusar atribuições e empregadores com base na sua moral ou crenças pessoais. Os motivos incluem questões uma vez que ter um impacto ambiental negativo ou contribuir para a desigualdade por meio de práticas não inclusivas. O mesmo acontece entre os millennials.

Para Fontana, ambos se assemelham por serem movidos por propósitos e por possuírem uma maior consciência socioambiental. “Propósito é uma tendência muito possante na agenda ESG”, comenta. “Essas duas gerações tendem a assumir cargos de liderança e conselhos administrativos, sendo os tomadores de decisão no horizonte.”

Inconstância geracional pode ser positiva para as empresas

As diferentes faixas etárias podem proporcionar uma troca de conhecimentos no mundo corporativo, mas também tornar o envolvente de trabalho mais diverso e combinar a experiência dos baby boomers
e genX com as preocupações socioambientais dos millennials
e genZ.

“As empresas que entenderem que essas duas [últimas] gerações estarão no poder das decisões e serão responsáveis pela maior fatia do mercado consumidor deverão estar alinhadas com a agenda ESG”, reforça a perito.

De pacto com ela, a tarifa é urgente e tem uma vez que objetivo contribuir para uma sociedade mais justa e inclusiva. “A hora de proceder é agora, porque as mudanças climáticas afetam não somente os negócios, uma vez que a nossa própria sobrevivência.”

Entenda as gerações presentes no mercado de trabalho


  • Baby boomers

    – Nascidos entre 1946 e 1964.
  • Geração X
    – Nascidos entre 1965 e 1980.
  • Geração Y ou millennials

    – Nascidos entre 1981 e 1996.
  • Geração Z
    – Nascidos entre 1997 e 2010.

Foto: gpointstudio/Freepik

Um paisagem que é determinante para a afinidade das gerações mais novas com ESG é o entrada à internet

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