A ascensão do cobre impulsionada pela transição energética

Emmet Livingstone

Toneladas de cátodos de cobre, armazenados na mina Tenke Fungurume, na República Democrática do Congo, em 17 de junho de 2023

Emmet Livingstone

O preço do cobre está em subida devido a uma demanda impulsionada pelo uso deste metal na transição energética, desde em veículos elétricos aos painéis solares, passando também pela indústria eólica.

Os preços do cobre estão em subida desde fevereiro e nesta sexta a tonelada passou de 10.000 dólares (R$ 51 milénio) pela primeira vez desde abril de 2022 na Bolsa de Metais de Londres (LME), chegando aos 10.033,50 dólares antes de recuar levemente.

Neste contexto de subida, a mineradora britânica Anglo American rejeitou nesta sexta-feira (26) uma oferta de compra da concorrente australiana BHP, por 38,8 bilhões de dólares (R$ 200,4 bilhões, na cotação atual), por considerá-la baixa e “pouco atrativa”.

Os preços do cobre estão em subida desde fevereiro e nesta sexta, a tonelada chegou à moradia dos 10.000 dólares (R$ 52.628) pela primeira vez desde abril de 2022 na Bolsa de Londres.

Com esta elevação, o metal se aproxima dos 10.845 dólares (R$ 57.075) por tonelada, maior marca da história registrada em março de 2022 devido ao aumento das matérias-primas com a guerra na Ucrânia.

– “O novo petróleo” –

“Se o mundo continuar para um horizonte mais verdejante, o cobre se tornará o novo petróleo”, afirma Kathleen Brooks, exegeta da XBT.

O cobre, um metal altamente condutivo, tem muitos usos na transição energética. Anteriormente, era utilizado na construção, fiação elétrica e fabricação de utensílios de cozinha.

Para Ole Hansen, exegeta do Saxobank, ele é “crucial” para a transição verdejante e para “infraestruturas de energias renováveis, devido à sua utilização em cabeamentos e condutores de painéis solares, turbinas eólicas e outros equipamentos”.

Também é uma matéria-prima fundamental para os veículos elétricos.

Outros fatores que contribuem para leste aumento da procura são a premência de modernizar as redes elétricas devido à subida do consumo de vigor e à sua utilização para armazenamento de vigor em baterias.

“A transição mundial para a vigor elétrica atua uma vez que um catalisador suplementar (para a demanda), já que fontes de vigor renováveis, uma vez que as eólicas e os painéis solares e veículos elétricos, necessitam quantidades significativas de cobre”, analisou o exegeta da AJ Bell Dan Coatsworth.

Segundo a Sucursal Internacional de Robustez (AIE), o mercado deste metal cresceu 50% entre 2017 e 2022 e está próximo dos 200 bilhões de dólares (R$ 1 trilhão).

A quantidade de cobre consumida no mundo dobrou nos últimos 20 anos.

– Oferta em tensão –

A oferta está sob pressão devido a inúmeras greves, tensões geopolíticas, novas regulamentações e um declínio na quantidade de metal que pode ser tirado de reservas em declínio.

Os principais produtores do mundo são o Chile, seguido pelo Peru, República Democrática do Congo, China e Estados Unidos, segundo o Statista.

“A exploração mineira é um processo incrivelmente custoso. Muitas vezes se passam dez anos entre a invenção de uma manancial de cobre e sua extração mercantil”, afirma Coatsworth.

O perito destaca ainda que é um repto encontrar minas de cobre e quando são localizadas, é preciso ter “material suficiente na rocha para tornar a extração economicamente viável”.

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