Onda de calor, baixa umidade e alerta vermelho para o RS; veja previsão do tempo para esta quarta

O Instituto Vernáculo de Meteorologia (Inmet) emitiu alertas de “risco” de vaga de calor e “risco potencial” de baixa umidade para grande secção do país, além de um alerta vermelho para aglomerado de chuva e tempestades no Rio Grande do Sul e no litoral de Santa Catarina. A primavera começou neste domingo com uma expectativa de ondas de calor intensas, mormente nas regiões Núcleo-Oeste, Nordeste e Sudeste. Nesta primeira semana, a previsão é de altas temperaturas para todo o país. Veja a previsão para esta quarta-feira.

Segundo o Inmet, a chegada de uma frente fria a partir de domingo no Sul deve provocar chuvas fortes no Rio Grande do Sul até esta quarta-feira.

O Inmet emitiu um alerta de “risco” para a vaga de calor que cobre uma filete de 11 estados, desde o Amazonas, até o Rio Grande do Sul. Nestas regiões, a temperatura deve permanecer 5ºC supra da média por até 5 dias.

Além do alerta de vaga de calor, um aviso de baixa umidade abrange 19 estados, além do Província Federalista, nesta terça-feira. O aviso indica que a umidade relativa do ar deve variar entre 30% e 20%.

Chuvas no Rio Grande do Sul

Segundo o Inmet, o estado enfrentará tempestades em dois níveis de alerta: amarelo, que significa “risco potencial”, e laranja, “risco”. Nestas regiões, a previsão é de ventos intensos e risco de queda de saraiva.

Na dimensão vermelha, o alerta é de “grande risco”. A resguardo social do Rio Grande do Sul emitiu neste domingo um alerta para o risco de inundação. Até quarta-feira, diversas regiões do estado poderão ter acumulados de chuva de até 300 milímetros. Em quatro dias, estima-se que pode chover o correspondente ao volume somado de dois meses.

Os 300mm correspondem à soma do que chove em junho e julho historicamente em Porto Feliz, que são dois dos três meses de maior precipitação na região. A situação mais preocupante se refere às regiões da Campanha, Sul, Litoral Sul e Costa Rebuçado.

Além da precipitação, os ventos são sinal de alerta, pois podem chegar a até 80 km/h. Os temporais também poderão vir acompanhados de descargas elétricas e saraiva.

A elevação nos níveis dos mananciais alcança as bacias hidrográficas da metade sul, incluindo Butuí-Icamaquã, Ibicuí, Quaraí, Santa Maria, Preto, Vacacaí-Vacacaí Mirim, Ordinário Jacuí, Camaquã, Mirim-São Gonçalo e Litoral Médio.

Veja todos os alertas emitidos pelo Inmet

“Primaverão”

Durante a estação, o Brasil deve testar temperaturas supra da média histórica, que poderão ser uma das principais preocupações deste período. Segundo o Prognóstico Climatológico para a Primavera de 2024, publicado pelo Inmet, a primavera será marcada por episódios de calor extremo, influenciados pelo fenômeno La Niña, com impactos tanto na saúde pública quanto na lavoura.

O calor deve ser um problema recorrente nas regiões Núcleo-Oeste e Sudeste. O ar sequioso e a irregularidade das chuvas vão intensificar os períodos de temperaturas elevadas, com maior risco de ondas de calor entre outubro e dezembro.

As precipitações, que retornam gradualmente a partir de outubro, não serão suficientes para impedir o progressão da seca em partes dessas regiões, afetando diretamente a lavoura, principalmente nas fases iniciais do plantio de soja e milho. O Inmet alerta que a primavera será um período crítico para monitoramento, visto que as altas temperaturas podem frisar a evaporação do solo, prejudicando as plantações.

Na Região Setentrião, mormente no sul da Amazônia, a combinação de calor intenso e baixa umidade trará um aumento na incidência de queimadas e incêndios florestais, com outubro sendo o mês mais crítico.

A previsão indica menos chuvas do que o esperado para o período, tornando a região ainda mais suscetível ao queima. Em contrapartida, áreas uma vez que o sudoeste do Amazonas e o Acre podem receber volumes de chuvas dentro ou supra da média, mas ainda enfrentam riscos relacionados ao calor prolongado.

O Nordeste também será afetado pelo calor, mormente no interno e oeste da região, onde as temperaturas devem ultrapassar a média histórica. O término da estação chuvosa trará meses mais secos para grande secção do território, com cimeira risco de ondas de calor, principalmente nos estados do Piauí e Maranhão. O sudeste da Bahia será uma exceção, com chance de registros chuvas mais próximas da média, o que deve amenizar a situação no sítio.

A Região Sul terá uma primavera marcada pela irregularidade das chuvas. Estados uma vez que Paraná e Santa Catarina devem registrar precipitações aquém da média, o que poderá impactar o solo e prejudicar as lavouras. No entanto, o Rio Grande do Sul pode apresentar chuvas mais regulares, favorecendo as plantações. A chegada de ondas de calor em dezembro também prenúncio a umidade do solo, principal para a novidade safra agrícola.

De concórdia com o Inmet, o calor extremo durante a primavera será impulsionado por altos níveis de radiação solar e padrões climáticos intensificados pelo La Niña; a situação deverá colocar as regiões mais quentes do país em estado de alerta.

Para ser caracterizado uma vez que vaga de calor — sentença que se popularizou no ano pretérito depois nove ocorrências do fenômeno —, é preciso permanecer pelo menos cinco graus supra da média por um período de cinco dias ou mais.

O cenário, conforme explicam os especialistas, tem implicações diretas na saúde pública, com o aumento questões relativas à desidratação e problemas respiratórios, além dos impactos na lavoura, com risco de perdas em culturas sensíveis ao calor e à falta de chuva.

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