
Happn quer ser "número um" no Brasil, mas, para isso, precisa tirar a Geração Z de casa
O mercado global de aplicativos de namoro deve atingir US$ 11 bilhões até 2028. Ainda assim, aumentar a base de usuários mais jovens é um duelo para plataformas porquê o Happn, que completa uma dezena em 2024.
O app gálico se diferencia pela forma ‘não convencional’ de apresentar perfis. Utilizando geolocalização, ele permite que pessoas se reencontrem (ou se conheçam pela primeira vez) depois cruzarem fisicamente em qualquer lugar. Enquanto concorrentes focam em usuários que passam horas nas telas, o Happn procura incentivar conexões reais. Ainda assim, precisa prometer que o usuário solteiro ainda passe qualquer tempo online.
A empresa entendeu que precisa intensificar a aposta nas ‘conexões da vida real’ e, por isso, lançou uma novidade utensílio que permite o compartilhamento de locais favoritos. A teoria é ajudar os usuários a encontrar interesses comuns em pessoas que frequentam os mesmos espaços.
A utensílio Spots foi lançada recentemente no Brasil, o segundo maior mercado da plataforma, com 22 milhões de usuários registrados. Globalmente, o Happn soma 135 milhões de usuários em países porquê França, Turquia e Índia. O público brasílio é considerado principal para o incremento, segundo a CEO Karima Ben Abdelmalek. “Nosso objetivo é simples: ser o número um no Brasil”, afirma.
Uma aposta na vida real e na Geração Z
Uma vez que invocar atenção de uma geração que prefere saber pessoas pessoalmente e está abandonando os apps de namoro? Para o Happn, a solução está em um novo posicionamento de marca. A plataforma quer ser vista porquê um “social dating”, mesclando rede social e aplicativo de encontros.
Karima afirma que a Geração Z valoriza experiências autênticas, com encontros que vão além do do dedo. “Eles estão focados em conexões com base em vivências reais”, explica. Pesquisas reforçam essa tendência: um estudo do Kinsey Institute de 2023 mostrou que jovens dessa geração preferem saber pessoas presencialmente. Outro levantamento revelou que 79% dos universitários nos EUA estão deixando de lado os apps, optando por interações mais significativas no mundo offline.
Olhando para o mercado, competidores porquê Tinder e Bumble vêm enfrentando uma queda lenta e metódico em números de download. Apps de namoro no universal tiveram 50 milhões de instalações a menos de 2020 para 2022, e o número de usuários ativos mensais também diminuiu. Foram 154 milhões em 2021 para 137 milhões no segundo trimestre de 2023, segundo dados da plataforma de monitoramento Sensor Tower.
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Mais off do que on
Por conta disso, eventos presenciais têm ganhado força. A startup americana Thursday, por exemplo, organiza encontros semanais em cidades porquê Londres e Novidade York para promover a socialização fora das redes. A plataforma de venda de ingressos EventBrite registrou um aumento de 42% na demanda por “eventos voltados para solteiros” entre 2022 e 2023, logo depois o termo do isolamento social.
Em São Paulo, lojas e restaurantes anunciam opções de “encontros perfeitos”, misturando a degustação de comidas e bebidas com a pintura de um quadro. No último ano, o app Timeleft chegou no Brasil e passou a oferecer jantares, ao dispêndio de R$ 40, nos quais os convidados dividem a mesa com desconhecidos que dividem interesses em generalidade.
Os números no Brasil sugerem que o Spots pode ser uma solução promissora. A utensílio já oferece mais de 1 milhão de locais integrados, com São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte liderando a adesão.
Além de atrair a Geração Z, o Happn procura expandir seu padrão B2B. O Spots gera visibilidade para estabelecimentos locais e permite colaboração com marcas, além de oferecer anúncios mais direcionados. A expectativa é vergar as receitas B2B até 2025, embora os valores exatos ainda não tenham sido divulgados.
Karima visualiza o horizonte do Happn porquê uma plataforma inclusiva, que não se limita a encontros amorosos e favorece conexões sociais. A aposta é que a integração entre vida online e offline seja a chave para transformar a experiência de namoro do dedo, principalmente para as novas gerações.