Olimpíadas 2024: “Meu foco e minha cabeça estão 100% em Paris”, diz a ginasta Rebeca Andrade

O Brasil já conquistou seis medalhas olímpicas (dois ouros, três pratas e um bronze) com a ginástica artística – duas dessas foram conquistadas pela ginasta Rebeca Andrade. A desportista fez história nos Jogos Olímpicos de Tóquio, em 2020, aos mostrar para o mundo o talento que tem com a ginástica artística ao subir no pódio duas vezes na mesma Olimpíada. Ela conquistou prata no individual universal e ouro no salto, se tornando a primeira brasileira de ginástica artística a subir no pódio no maior campeonato de esporte do mundo.

O talento porquê desportista foi revelado ainda quando menino, em um projeto social que é realizado ainda hoje em Guarulhos, São Paulo, em sua cidade natal.

“Eu era muito pequena, tinha uns 5 anos, e minha tia me levou para saber um projeto social de ginástica que tinha na cidade onde nasci. Na estação ela achava que eu tinha jeito e conversou com a minha mãe, que a deixou me levar para testar o treino. De lá para cá, acho que todo mundo sabe a história [rs]”.

Assim porquê nas Olimpíadas de Tóquio, Rebeca se tornou a primeira brasileira a invadir duas medalhas em uma única edição do Campeonato Mundial, em 2021, e apesar de tantos pódios, o que vale ouro mesmo em sua vida é a sua família, que segundo ela foi e continua sendo o seu maior pedestal.

“Desde que eu era pequena até os dias de hoje, minha família é o meu maior pedestal. Apesar da intervalo, sinto que estão sempre perto de mim.”

Um repto e um foco

O maior repto da desportista foram as lesões que teve no meio do caminho. Para Rebeca, passar por cirurgias é o pior momento da curso de um desportista.

“Tive três cirurgias de joelho, entre outras lesões. Foram momentos difíceis, de muita incerteza, onde a minha família, meu time, minha rede de pedestal e minha equipe foram fundamentais para que eu não desistisse e pudesse chegar cá hoje.”

A campeã olímpica saiu de Guarulhos ainda menino e desde os 11 anos mora no Rio de Janeiro. Sobre os planos para o pós-Olimpíada, Rebeca não sabe expressar. “Meu foco e minha cabeça estão 100% em Paris.”

A paridade de gênero

Felicidade e orgulho são as palavras que definem os sentimentos de Rebeca que será uma das mulheres que irão simbolizar o Brasil em Paris, que terá depois 100 anos paridade de gênero entre os atletas.

“Fico feliz e orgulhosa de ver a força do esporte feminino, em ver as atletas mulheres cada vez mais ocupando espaços e mostrando seu valor. A presença feminina na delegação brasileira tem aumentado a cada ciclo, não exclusivamente entre atletas, mas também em outras áreas, com profissionais de vários setores, e isso é uma conquista importante.”

Para mulheres que buscam um dia realizar seus sonhos, no esporte ou em outra superfície, Rebeca deixa uma mensagem: não desistam.

“Libido que vocês sonhem, que lutem, que corram detrás. Seja pensando ou tendo a Olimpíada porquê objetivo, seja mirando em outro sonho pessoal ou profissional, dê o seu sumo, se dedique e não deixe que zero ou ninguém te faça desistir. Faça sempre o seu melhor.”

Expectativas para os Jogos Olímpicos de Paris

Rebeca Andrade foi classificada com um time de peso para disputar a medalha olímpica de ginástica artística em Paris. Além da guarulhense, a seleção brasileira contará com Flávia Saraiva, Jade Barbosa, Lorrane Oliveira, Júlia Soares.

A disputa de Rebeca será com a americana Simone Biles e para depreender a melhor pontuação, a desportista brasileira apostará em um novo salto que, se for realizado nos jogos de Paris, ganhará o nome de “Andrade”, em sua homenagem. A classificatória do time feminino de ginástica artística será no dia 27 de julho.

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