Em NY, governador do Pará anuncia venda de quase R$ 1 bi em créditos de carbono

O governador do Pará, Helder Barbalho, anunciou nesta terça-feira a venda de 12 milhões de créditos de carbono. A quantia, comercializada a US$ 15 por tonelada, se tornou o maior contrato de comercialização de créditos de CO2 na história, atingindo a quantia de R$ 982 milhões (ou US$ 180 milhões).

Os créditos de subida integridade são gerados a partir da redução no desmatamento no Estado entre 2023 e 2026. O contrato prevê ainda que, a partir de 2025, o valor recebido pelo governo paraense será utilizado para estribar a redução do desmatamento e no incentivo ao desenvolvimento econômico sustentável entre as comunidades indígenas e originárias da região.

A obtenção foi feita pela Coalizão LEAF, uma iniciativa pública e privada internacional que reúne grandes empresas porquê Amazon, Bayer e BCG, além de governos porquê Noruega, Reino Uno, Estados Unidos e Coreia do Sul.

Os compradores da Coalizão LEAF têm o compromisso de comprar 5 milhões de créditos de redução de emissões. A gerenciadora da LEAF, a Emergent, ainda disponibilizará 7 milhões de créditos para compradores adicionais, uma vez que antecipa uma potente demanda do mercado pelos créditos de qualidade da Amazônia.

O proclamação foi feito na Moradia Amazônia NY, evento que integra a Semana do Clima de Novidade York. O encontro procura anunciar ao maior meio econômico do mundo as práticas de manejo sustentável e economia aliada da floresta praticadas pela Amazônia.

Créditos de carbono da Amazônia

O governador afirmou que o preço atingido, de US$ 15 por tonelada – supra dos níveis do mercado –, demonstra a crédito dos compradores na qualidade do carbono amazônico e nos esforços do Pará para reduzir as crises ambiental e climática. “Esperamos que o Pará possa ser um exemplo para outros governos florestais, tanto na Amazônia quanto em outros territórios, seguirem nesta luta”, afirma Barbalho.

Eron Bloomgarden, CEO da Emergent, contou que a abordagem da Coalizão é a melhor forma de frear o desmatamento. Ele ainda afirmou que encanar bilhões em financiamento climatológico para o sul global garante também a participação das comunidades locais na geração de planos para a melhoria ambiental.

“Um repto crucial agora é aumentar a demanda, principalmente do setor privado. Vamos redobrar nossos esforços para perceber mais acordos com governos florestais e trazer financiamento do setor público e privado na graduação necessária”, apontou.

Além do contrato com o Pará, a Coalizão LEAF já havia anunciado contratos com a Costa Rica e Gana durante a COP28, em dezembro de 2023. Outros contratos e acordos devem ser firmados com Vietnã, Nepal, Equador e o Estado do Acre.

O Pará conta com a meta de zerar suas emissões líquidas de carbono até 2036. Responsável por 25% da Amazônia e sede da Conferência do Clima da ONU de 2025, a COP30, o Estado reduziu seus casos de desmatamento em 42% na verificação com 2023, de tratado com dados do Instituto Vernáculo de Pesquisas Espaciais (INPE).

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