Após desistência, saiba como será o processo para substituir Biden como candidato à presidência

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou neste domingo, 21, que não disputará mais a reeleição.

Biden postou uma epístola informando a decisão em seu perfil no X (velho Twitter).

“Foi a maior honra da minha vida servir uma vez que seu presidente. E, embora tenha sido minha intenção buscar a reeleição, acredito que é do melhor interesse do meu partido e do país que eu me retire e concentre exclusivamente em satisfazer meus deveres uma vez que presidente pelo restante do meu procuração”, disse.

O nome que o sucederá na campanha presidencial pelo Partido Democrata ainda será definido. O processo de substituição não está simples e poderá levar o partido a uma situação de caos.

Embora no pretérito dois presidentes americanos tenham resolvido não concorrer à reeleição em março do ano em que a votação foi realizada, se Biden se retirar será a primeira vez que alguém o faz tão tarde no processo eleitoral.

Esta é a primeira vez que um candidato desiste depois de conseguir a maioria dos delegados no processo primordial e menos de um mês antes da Convenção Democrata, marcada para 19 a 22 de agosto em Chicago.

O processo

Apesar de todos estes obstáculos, o Comitê Vernáculo Democrata (DNC), responsável pela organização da convenção, tem regras para substituir Biden.

Decisão formal de retirada

Joe Biden deve exprimir formalmente ao DNC sua decisão de retirar-se.

Reunião de emergência do DNC

O DNC realizaria portanto uma reunião de emergência na qual sua percentagem de normas e regulamentos estabeleceria o processo para efetuar a substituição. A partir daqui, o processo pode se complicar dependendo da atitude de Biden.

Substituição pós-nomeação

O DNC pode resolver realizar uma convenção próprio para nomear um novo candidato à presidência ou nomear diretamente a pessoa depois consultar os líderes democratas.

Porém, essa opção é praticamente impossível por um motivo técnico: cada estado tem prazos próprios para que os nomes dos candidatos presidenciais apareçam nas urnas em novembro.

O primeiro prazo limite era até recentemente o de Ohio, 7 de agosto, embora mais tarde tenha sido aprovada uma lei estadual para alterá-lo. Devido a esta situação, o DNC decidiu que Biden seja ratificado uma vez que candidato democrata virtualmente e antes da convenção de agosto, uma vez que normalmente acontece.

Outro estado com datas muito antecipadas é Arkansas, em 25 de agosto, unicamente três dias depois o término da Convenção Democrata. Os últimos são Rhode Island, Virgínia, Kansas, Maryland, Connecticut e Havaí, em 3 de setembro.

Substituição antes da convenção

Com a saída de Biden, o substituto será resolvido ali. O presidente teria portanto grande capacidade de instituir seu substituto, já que atualmente controla 3.908 dos 3.939 delegados. As leis de cada estado decidem uma vez que esses delegados devem ser escolhidos e 14 deles obrigam, inicialmente, a votar no candidato que venceu as primárias estaduais.

Biden também pode liberar seus delegados para votarem livremente em possíveis candidatos que se apresentarem. O vencedor seria o candidato que obtivesse o escora de pelo menos 1.976 delegados.

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