Marlon Freitas assume papel de líder incendiário do vestiário do Botafogo

Foto: Vitor Silva/Botafogo

Freitas desfila categoria sobre o gramado do Colosso do Subúrbio

Na viradela do ano, a torcida do Botafogo pregou Marlon Freitas sobre a cruz. Por fim, o volante foi um dos rostos da derrocada histórica de um título que estava nas mãos para um melancólico quinto lugar no Campeonato Brasiliano. No Carioca, a cada toque na globo, apupos. O lateral-esquerdo Marçal, o meia Eduardo e até mesmo o centroavante Tiquinho também não receberam, naquele momento, paparicos. Meses depois, o camisa 17 é o líder incendiário do vestiário. Assim, coube a ele – único remanescente, entre os titulares, do fatídico ano pretérito -, reconquistar a crédito e o saudação da galera.

A trajetória de Freitas mudou radicalmente. Da chuva para o vinho. O volante termina 2023 com a imagem da piscadela, antes de o Botafogo permitir ao Palmeiras um 4 a 3 que antes era um 3 a 0 favorável à Estrela Solitária. Em 2024, porém, o meio-campista, com a braçadeira de capitão, se notabiliza por discursos inflamados antes de o Glorioso entrar em campo, fora de mansão ou no Nilton Santos. Dentro das quatro linhas, acumula, também, boas apresentações. Hoje, vive lua de mel com a maior segmento do público alvinegro. Em março, aliás, a torcida até cantou “parabéns” na data do seu natalício.

‘Não queria estar do outro lado’, discursa o volante do Botafogo

Nas oitavas de final da Despensa Libertadores, antes de o Botafogo expulsar o Palmeiras, em pleno Allianz Parque, Freitas voltou a assumir a responsabilidade de gafar o restante do elenco. Com o dom da termo, ele, portanto, cobrou personalidade dos companheiros.

“Não tem muito o que falar, todo mundo sabe da valor do jogo, são os primeiros 90 minutos, na nossa mansão, quem manda cá é o Botafogo. Foi muito difícil chegar cá. Ele (Artur Jorge) chegou e falou que nos classificaríamos. Compramos a teoria e classificamos. E vou falar de novo, nós vamos qualificar. Foi a coragem que nos trouxe até cá. Ninguém acreditava, nós classificamos, estamos cá. Bota a globo no pavimento, joga, sem temor de errar. Não queria estar do outro lado para encarar o Botafogo. Vamos passar para c******”, bradou Freitas.

As imagens da “Botafogo TV” mostram um jogador obstinado por concretizar a volta por cima. Ou seja, erguer uma taça, ao termo da temporada, é o único desfecho verosímil para o volante alvinegro. Seja a Libertadores ou o Brasileirão. Pode ser no Monumental de Núñez, em Buenos Aires, ou em qualquer estádio vernáculo. O importante é sepultar, enfim, 2023 e colocar um caneco sobre aquela lápide.

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