
À frente do G20, Lula pede que o mundo se mobilize contra a fome
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participa do pré-lançamento da Associação contra a Penúria e a Pobreza, durante reunião do G20 no Rio de Janeiro, em 24 de julho de 2024
Pablo PORCIUNCULA
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva convocou os governos do mundo, nesta quarta-feira (24), a agirem juntos e adotarem soluções duradouras contra a rafa, um flagelo que considerou “intolerável” no mundo moderno.
“A rafa é a mais degradante das privações humanas, é um atentado à vida, uma agressão à liberdade”, disse Lula durante o lançamento, no Rio de Janeiro, da Associação contra a Penúria e a Pobreza.
“Em pleno século XXI, zero é tão paradoxal e intolerável que a persistência da rafa e da pobreza”, sentenciou.
O novo mecanismo, que será lançado oficialmente em novembro, é uma prioridade da presidência brasileira do Grupo das 20 maiores economias do planeta, o G20, cujos ministros das Finanças vão se reunir na quinta e na sexta-feira no Rio.
O encontro dos grandes tesoureiros do G20 será uma das últimas etapas-chave antes da cúpula de chefes de Estado e governo, em 18 e 19 novembro, também no Rio.
A Associação Global contra a Penúria e a Pobreza buscará recursos financeiros comuns para combater a rafa e replicar iniciativas que funcionem a nível lugar.
E o duelo é enorme.
Segundo um relatório publicado nesta quarta-feira pela Organização das Nações Unidas para a Sustento e a Lavradio (FAO), a rafa afetou, em 2023, 733 milhões de pessoas – mais de 9% da população mundial, devido à persistência de guerras e dificuldades econômicas e à mudança climática.
“A rafa não tem lugar no século XXI. Um mundo com rafa zero (…) não é somente necessário: com ações financeiras, é alcançável”, disse o secretário-geral da ONU, António Guterres, em mensagem de vídeo exibida no Rio durante a apresentação do relatório.
“Podemos resolver esta crise”, acrescentou.
Erradicar a pobreza extrema e a rafa até 2030 faz secção dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) adotados pelos Estados-membros da ONU em 2015.
– Taxação dos super-ricos –
Depois uma primeira reunião em fevereiro pretérito, em São Paulo, os ministros das Finanças do G20 devem também tentar continuar na teoria de uma taxação dos “super-ricos”, outra prioridade anunciada pelo governo brasílico.
“Os super-ricos pagam proporcionalmente muito menos impostos do que a classe trabalhadora”, observou Lula em seu oração nesta quarta-feira, pedindo para “emendar essa anomalia”.
“O Brasil tem insistido no tema da cooperação internacional para desenvolver padrões mínimos de tributação global, fortalecendo as iniciativas existentes e incluindo os bilionários”, disse o presidente.
Apoiada por França, Espanha, África do Sul, Colômbia e União Africana, a iniciativa prevê taxar as maiores fortunas tendo porquê base os trabalhos do técnico galicismo sobre desigualdades Gabriel Zucman, responsável de um relatório publicado em junho a pedido do Brasil.
“As negociações estão indo bastante muito”, afirmou na terça-feira a secretária de Assuntos Internacionais do Ministério da Quinta, Tatiana Rosito.
Mas “não há nenhum consenso até o momento”, reiterou o ministério das Finanças teutónico.
Os Estados Unidos se opõem às negociações internacionais sobre o tema, porquê a secretária do Tesouro, Janet Yellen, lembrou durante uma reunião do “G7 Finanças” em maio, na Itália. Eventuais impostos deste tipo “quase certamente variarão consideravelmente” de um país para outro, segundo um superior funcionário de sua gestão.
O ministério da Economia galicismo, avante do projeto juntamente com o Brasil, quer confiar, por sua vez, que “uma primeira lanço pode ser alcançada de forma rápida” no que diz saudação à troca de informações entre os Estados.
Enquanto isso, os países-membros do G20 querem tentar continuar no tema do sistema fiscal das multinacionais, murado de três anos depois da assinatura de um convenção por murado de 140 países.
– Comunicados separados –
Com o G20 marcado por divisões entre os países ocidentais e a Rússia desde o início da guerra na Ucrânia, em fevereiro de 2022, a questão de um enviado geral é delicada.
De convenção com Brasília, as questões geopolíticas não entrarão no enviado final previsto para sexta-feira à noite, mas serão mencionadas em uma nota separada da presidência brasileira.
“A expectativa é que todas as reuniões ministeriais, daqui para diante, possam exprimir declarações, documentos ministeriais com um adendo, ou seja, documentos que não precisarão ter um parágrafo sobre o tema geopolítico, mas terão separado uma enunciação da presidência com um texto que já foi acordado em todos os países”, explicou o responsável brasílico das negociações do G20, Mauricio Lyrio.
O Brasil trabalha para exprimir três declarações finais, sendo uma dedicada exclusivamente à cooperação internacional em questões tributárias, que incluiria impostos sobre as grandes fortunas, explicou Rosito.
Fundado em 1999, o G20 reúne a maior secção das principais economias mundiais, assim porquê a UE e a União Africana. Em um primeiro momento, sua vocação foi econômica, mas cada vez mais vem se ocupando de temas quentes da atualidade mundial.