
Universidades e institutos federais mantêm greve; UFG decide neste sábado
As universidades e institutos federais de ensino superior (Ifes) vão continuar em greve. As entidades coordenadoras da paralisação disseram que não pretendem assinar o convenção anunciado pelo Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos na segunda-feira (20/5). Em entrevista coletiva na manhã desta sexta-feira (24/5), as entidades cobraram a perpetuidade das negociações.
Na quarta-feira (22), o ministério encaminhou expedido às entidades informando que estavam encerradas as negociações com os professores das universidades e institutos federais. Segundo o texto, o encontro marcado para a próxima segunda-feira (27) tem uma vez que objetivo a assinatura de um termo de convenção, “não restando, portanto, margem para recepção de novas contrapropostas”.
O presidente do Sindicato Pátrio dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes), Gustavo Seferian, disse que o expedido demonstra a intransigência do governo, ao preceituar de forma unilateral o término das negociações.
“Repudiamos a interrupção unilateral do processo democrático de negociação pelo governo federalista”, afirmou Seferian, em entrevista coletiva.
“Queremos seguir conversando com o governo federalista e entendemos que há, sim, espaço no orçamento deste ano para comportar, não só as demandas remuneratórias, mas sobretudo a recomposição de investimentos nas instituições federais de ensino superior”, acrescentou.
Pela proposta do governo, apresentada em maio, os professores de universidades e colégios federais teriam aumento de 13,3% a 31% até 2026. Os reajustes, entretanto, só começariam a ser aplicados em 2025.
Os índices de reajuste deixarão de ser unificados e variarão com base na categoria. Os que ganham mais terão o aumento mínimo de 13,3%. Quem recebe menos ganhará o reajuste sumo de 31%. Com o reajuste linear de 9% facultado ao funcionalismo federalista em 2023, o aumento totalidade ficará entre 23% e 43% no aglomerado de quatro anos, informou o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos.
Um dos questionamentos da categoria é que a proposta não prevê nenhum reajuste levante ano.
“Nesse momento, temos mais de 30 assembleias, já concluídas e em curso, que vêm sinalizando rechaço à proposta do governo federalista. A greve não só continua, mas segue mais possante do que nunca”, afirmou Seferian.
Segundo o comando de greve, há espaço no orçamento para atender às demandas da categoria, a partir do desbloqueio de R$ 2,9 bilhões no relatório orçamentário, informado pelo governo na quarta-feira (22). De convenção com os líderes do movimento, o recurso deve ser voltado para reconstituir as perdas salariais dos últimos anos. (Com informações da Dependência Brasil)
Sindicato dos docentes da UFG defende término da greve

A greve dos professores e dos técnicos administrativos das instituições federais de ensino superior e colégios federais começou em 15 de abril. Segundo balanço do Andes, assembleias realizadas até esta sexta-feira nas instituições de ensino indicam a perpetuidade da greve em 59 universidades e mais de 560 colégios federais.
Em Goiânia, posteriormente quase quatro horas de debate, os docentes presentes na Plenário Extraordinária da Universidade Federalista de Goiás (UFG), realizada nesta quinta-feira (23/5) no Campus Samambaia, optaram pela repudiação da proposta do Governo Federalista à categoria. A decisão final sobre o matéria, no entanto, ocorrerá por meio de plebiscito eletrônico, conforme prevê o Regime do Adufg-Sindicato. Na votação, os docentes também vão sentenciar sobre a manutenção ou não da greve.
Em nota aos associados, a Diretoria do Adufg-Sindicato explicou que defende o término da greve porque a novidade proposta do Governo Federalista “apresentou avanços em relação ao reajuste salarial, por meio da restruturação de nossa curso”.
“Diante disso e considerando a estudo sobre o teor da novidade proposta e encaminhamentos do Parecer Deliberativo do Proifes-Federação, a Diretoria do Adufg Sindicato defende a aprovação da proposta, a assinatura do convenção e, portanto, o fecho da greve de docentes da Universidade Federalista de Goiás (UFG)”, diz a nota, que ainda elenca vários pontos da proposta do governo considerados positivos pelo sindicato.