"Reduzimos o déficit fiscal em 85%", diz secretário da Fazenda após críticas sobre contingenciamento

Membros da equipe econômica do governo federalista defenderam nesta segunda-feira, 23, a revisão feita pelo Ministério do Planejamento no Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas do 4º bimestre. Segundo o secretário-executivo do Ministério da Rancho, Dario Durigan, há qualquer “incômodo” entre os técnicos quando percebem “irracionalidade” na reação dos agentes econômicos.

“Teremos o melhor resultado fiscal dos últimos três ciclos de governo. A despesa primária vai fechar em torno de 19% do PIB, subordinado aos outros governos. A relação do déficit e PIB é muito subordinado aos ciclos anteriores. Gostaríamos de fazer o ajuste fiscal o mais rápido o provável, mas de um ano para cá reduzimos o déficit primitivo em 85%”, afirmou Durigan em entrevista coletiva na sede do Ministério do Planejamento.

“Tivemos que remunerar precatórios, mais R$ 20 bilhões para governos. Saímos de um déficit R$ 230 bi para o cumprimento da meta [do arcabouço fiscal, cuja banda é de um déficit de 0,25 do PIB]. É preciso reconhecer esse esforço. Não é razoável que não seja reconhecido. Saímos da descrença quase que completa, de quase 1% de déficit primitivo, para hoje o que muitos consideram razoável o cumprimento da meta”, prosseguiu.

Durigan pontuou que houve uma ampliação de R$ 4,4 bilhões em relação ao terceiro relatório bimestral. “Mesmo com a retirada quase que completa das previsões de receita com o Carf e a novidade redução das outorgas ferroviárias”, disse.

Na sexta-feira, 20, contrariando as expectativas do mercado, que esperava uma elevação do contingenciamento de despesas, o governo anunciou um bloqueio de R$ 2,1 bilhões e a reversão dos R$ 3,8 bilhões contingenciados. Com isso, a contenção totalidade de gastos diminuiu em R$ 1,7 bilhão em relação ao terceiro bimestre, passando de R$ 15 bilhões para R$ 13,3 bilhões.

A mudança gerou críticas de agentes econômicos, principalmente em seguida o TCU ter alertado o governo sobre o risco de a meta de déficit zero em 2024 não ser cumprida. O motivo, segundo a golpe, é que as receitas arrecadadas poderão não ser suficientes para vedar as despesas.

O secretário-executivo do Planejamento, Gustavo Guimarães, afirmou que, a cada bimestre, a equipe procura mostrar o “esforço do governo” para que a meta fiscal seja cumprida.

“Estamos cada vez mais próximos às expectativas do realizado. Temos visto porquê as receitas têm performado e o prolongamento brasílico, surpreendido”, afirmou Guimarães. “Outro ponto importante é que miramos na meta desde o início. Ao longo da realização, todas as medidas são para que a gente atinja o estabilidade da meta. Sabemos que temos o pausa [de déficit possível dentro do arcabouço fiscal] e temos limitações legais. O resultado que permite o descontingenciamento. Não poderíamos descontingenciar.”

Guimarães ponderou que os R$ 13,3 bilhões bloqueados no quarto bimestre dificilmente serão revertidos. “O que teria reversão seria o contingenciamento. Agora, temos novidade situação.  bloqueio maior e sem contingenciamento nesse bimestre.

“Temos que lembrar que o bloqueio é mais restrito que o contingenciamento. Esses bloqueios possivelmente nao serão revistos. Vamos manter o faseamento no esforço [das despesas] e no pagamento das despesas. O decreto vai manter a regra de contenção a despeito do bloqueio existente”, disse Guimarães, em referência ao decreto que detalhará a contenção, por órgão da gestão federalista, no dia 30 de setembro .

Em resposta aos questionamentos de por que o governo não aumentou o contingenciamento para recompensar os riscos fiscais, Guimarães ponderou que não cabe à equipe econômica deliberar porquê será o bloqueio. “Temos uma matriz de responsabilidade. Cada órgão responsável por estimativa de receita, e trabalhamos com isso. É porquê se estivéssemos trabalhando com o cenário base que tem riscos. Na nossa segmento não cabe aumentar o bloqueio para recompensar o descontingenciamento. Se não eu não tiver uma pressão mapeada de despesas obrigatórias que me dê essa regalia, não posso seguir”, afirmou Guimarães.

Segundo ele, o decreto permitirá fazer esse controle. “Podemos fazer esse controle, e agir com prudência atendendo tanto aos pontos do TCU quanto às preocupações que vêm dos agentes externos”, disse.

De convenção com o Planejamento, o aumento do bloqueio ocorreu por motivo do prolongamento das despesas obrigatórias, em próprio de sentenças de processos de “pequeno valor”.

Já a reversão do contingenciamento de R$ 3,8 bilhões ocorreu por motivo do aumento da receita líquida. “O déficit estimado de R$ 28,3 bilhões é menor do que o limite subordinado da meta (déficit de R$ 28,8 bi)”, informou Gláucio Charão, Subsecretário de Gestão Orçamentária do Planejamento.

Com isso, a redução no contingenciamento será de R$ 1,7 bilhão — ou o contingenciamento sairá de R$ 15 bilhões para R$ 13,3 bilhões.

Novas medidas para aumentar a arrecadação

Durigan também

Agências de classificação de risco

Durigan, da Rancho, também respondeu às especulações sobre a trajetória da nota de crédito do Brasil por agências de classificação de risco. O ministro, Fernando Haddad, está em Novidade York e tem agenda com agências as Moody’s e S&P.

“Nessa gestão, todas as agências de relevo e que tiveram interlocução com a Rancho melhoraram a nota de crédito do Brasil. Os investidores internacionais têm reconhecido o bom estado da economia brasileira”, disse.

Segundo ele, os estrangeiros olham para o risco-país, medido pelo Credit Default Swap (CDS) de 5 anos para calcular a possibilidade de calote de uma economia. “Saímos de um índice de 244 pontos-base, em 2022, para 186 pontos-base, em 2023, para um tanto porquê 145 pontos-base em 2024, o que é uma trajetória de subtracção do risco-pais”, afirmou Durigan.

Em atualização.

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