Ataque de Israel ao Líbano é revoltante e há risco de guerra total, diz Celso Amorim

Para Celso Amorim, assessor privativo da Presidência do Brasil, a escalada do conflito entre Israel e Hezbollah traz o risco de uma guerra totalidade e que o governo brasílio poderá ter de produzir um projecto de retirada de brasileiros que estejam na região.

“Falando em meu nome, [o ataque de Israel] é uma coisa tremendamente revoltante e perigosa, porque ali o risco de guerra totalidade… e estamos falando de um lugar onde tem muitos brasileiros. Inclusive aquelas coisas colocadas podia explodir na mão de uma menino brasileira”, disse Amorim, a jornalistas, em Novidade York.

Amorim lembrou ainda da guerra entre Israel e Hezbollah em 2006, que durou um mês. Na quadra, ele era ministro das Relações Exteriores do Brasil no primeiro governo de Lula. “Naquela ocasião, deu muito trabalho excretar os brasileiros. Tenho certeza que o Itamaraty está preparando um pouco neste sentido. Mas a experiência é dura. Hoje as rotas são mais difíceis, porque a rota que ia pelo setentrião do Líbano direto para a Turquia hoje em dia não dá, porque se tornou mais perigoso”, afirmou.

Crise começou com ataque a pagers

Israel faz uma vaga de ataques ao grupo Hezbollah, do Líbano, desde a semana passada. Primeiro, houve uma vaga de explosões de pagers e rádios de notícia usados pelo grupo, que matou dezenas de pessoas e deixou tapume de 3.000 feridos.

Em seguida, houve uma vaga de ataques de bombardeios do Israel ao Líbano, em alvos ligados ao Hezbollah, que já dura alguns dias. Só nesta segunda, ouve quase 300 mortos em ataques no Lìbano.

O Hezbollah é considerado uma entidade terrorista pelos Estados Unidos, por Israel e outros países. O grupo foi formado nos anos 1980, para lutar contra Israel, que ocupava partes do Líbano na quadra. Mesmo com o término da guerra entre os países, nos anos 2000, os dois lados seguiram trocando ataques.

Em outubro de 2023, o Hezbollah fez ataques a Israel porquê represália pela invasão israelense da Fita de Gaza, o que fez com que centenas de moradores da região tivessem de deixar suas casas. O governo israelense diz que a operação atual contra o Hezbollah tem porquê objetivo permitir que os moradores israelenses desalojados voltem para moradia.

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