Acre teve 74 vítimas de feminicídio entre 2018 e 2024, mostram dados da Segurança – ac24horas.com

O Acre continua sendo um dos estados em que mais se mata mulheres no Brasil, proporcionalmente, com taxa de 2,4 mortes por 100 milénio habitantes em 2023, segundo dados de um relatório publicado pelo Fórum Brasílio de Segurança Pública (FBSP), em março pretérito.

O estado registrou 74 vítimas desse tipo de transgressão no período de 2018 a 2024, com dados atualizados até 12 de junho, de negócio com o Feminicidômetro, utensílio criada pelo Observatório de Violência de Gênero (Obsgênero) do Ministério Público do Estado do Acre (MPAC).

Segundo os dados do Obsgênero, em 2024 já foram registrados cinco casos de feminicídios no estado. Nos anos anteriores, foram 14 ocorrências em 2018; 11 em 2019; 12 em 2020; 13 em 2021; 9, em 2022; e 10 em 2023. A maioria das vítimas está localizada na tira etária dos 20 aos 24 anos de idade.

Um oferecido que labareda a atenção é que a maioria das vítimas está no interno do estado, 63,51%, contra 36,49% se concentrando na capital, Rio Branco. A maior parcela das vítimas, 85%, é de cor parda ou preta, contra 11% de cor branca.

Do totalidade de crimes, 62% foram cometidos com o uso de arma branca, 11% de arma de queimada e 9% com outros tipos de armas. 81% das vítimas são de classe baixa contra 5% de classe baixa e 14% de classe não determinada.

Outro oferecido relevante é quanto à quantidade de vítimas que eram mães, 77%. Esses crimes resultaram em 129 órfãos. 91% dos crimes foram cometidos no contexto doméstico/familiar e 89% das vítimas não estavam amparadas por medida protetiva.

Sobre o perfil dos autores, 41% tinham antecedentes criminais e em 59% dos casos o precedente era por violência doméstica. 55% eram contra a própria vítima. 45% dos autores estavam sóbrios ao cometer o transgressão e 34% sob o efeito de alguma substância.

A maioria dos autores era companheiro das vítimas. 45% deles fugiram depois cometer o transgressão e 68% estão presos no contexto dos processos que respondem. Já ocorreram 34 condenações relacionadas aos casos registrados no período.

Ao nível pátrio, foram 1.463 casos de mulheres vítimas de feminicídio no ano pretérito – ou seja, muro de 1 caso a cada 6 horas. Esse é o maior número registrado desde que a lei contra feminicídio foi criada, em 2015. O número também é 1,6% maior que o de 2022.

Saiba porquê denunciar casos de violência doméstica:

A PM disponibiliza os seguintes números para que a mulher peça ajuda:

(68) 99609-3901

(68) 99611-3224

(68) 99610-4372

(68) 99614-2935

Polícia Militar – 190: quando a moçoilo está correndo risco súbito;

Samu – 192: para pedidos de socorro urgentes;

Delegacias especializadas no atendimento de crianças ou de mulheres;

Qualquer delegacia de polícia;

Disque 100: recebe denúncias de violações de direitos humanos. A denúncia é anônima e pode ser feita por qualquer pessoa;

Profissionais de saúde: médicos, enfermeiros, psicólogos, entre outros, precisam fazer a notificação compulsória em casos de suspeita de violência. Essa notificação é encaminhada aos conselhos tutelares e polícia;

WhatsApp do Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos: (61) 99656- 5008;

Ministério Público;

Videochamada em Língua Brasileira de Sinais (Libras) (https://atendelibras.mdh.gov.br/chegada).

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