Kamala Harris divulga plano econômico com foco no poder de compra

Julia Nikhinson

Kamala Harris em 10 de agosto em Phoenix, Arizona

Julia Nikhinson

Enfrentar a crise habitacional e sustentar o poder de compra por meio de medidas fiscais e novas regulamentações são as propostas que a vice-presidente dos EUA e candidata democrata à Presidência, Kamala Harris, apresentou nesta sexta-feira (16) em seu programa econômico, imediatamente descrito uma vez que comunista por seu rival republicano, Donald Trump.

“Donald Trump peleja pelos bilionários e as grandes empresas. Nós, eu, lutarei para restituir moeda aos americanos trabalhadores e de classe média”, afirmou Harris, 59 anos, na Carolina do Setentrião.

O republicano “quer impor o que, na verdade, é um imposto vernáculo sobre as vendas de produtos de uso quotidiano e de primeira urgência que importamos de outros países. Isso devastaria os americanos”, afirmou.

“Isso significaria preços mais altos em praticamente todos os produtos de uso quotidiano”, declarou. É “o imposto Trump sobre a gasolina, o imposto Trump sobre a comida, o imposto Trump sobre a roupa”.

O projecto econômico de “Donald Trump custaria a uma família típica 3.900 dólares [R$ 21.300] por ano”, afirmou.

Harris propõe a construção de três milhões de novas casas para resolver a “escassez” habitacional. Isso é complementado pela assistência ao comprador de primeira viagem de até 25 milénio dólares (R$ 136,5 milénio reais), além de leis para desencorajar a especulação imobiliária.

A candidata promete ajudar as famílias com créditos fiscais para quem tem recém-nascidos com valores de até 6 milénio dólares (R$ 32,7 milénio).

Harris também propõe controlar as empresas que “inflacionam” os preços além do necessário, principalmente no setor de provisões.

Em questões de saúde, ela quer estender a toda a população um dispositivo que limita o dispêndio da insulina para idosos a 35 dólares (R$ 191) por mês e encontrar uma solução para o problema das dívidas contraídas para remunerar tratamento médico.

Kamala sabe que o dispêndio de vida, que continua cimalha depois anos de inflação, está prejudicando politicamente o governo que ela integra com Joe Biden, apesar do prolongamento robusto e de um mercado de trabalho sólido.

– “Comunismo” –

“Camarada Harris está indo a fundo no comunismo!”, reagiu nesta sexta-feira Trump, que é particularmente crítico da teoria de controle dos preços.

O termo tem uma potente conotação pejorativa nos Estados Unidos.

“Houve várias tentativas na história de limitar os preços e elas fracassaram porque provocaram filas na frente das lojas, escassez e uma explosão de desigualdade”, criticou o milionário republicano de 78 anos.

A equipe de campanha de Harris acusa o republicano de preparar benefícios fiscais para “seus amigos ultra-ricos”.

Aliás, eles criticam a política de aumento de tarifas promovida pelo ex-presidente porque, segundo eles, isso aumentaria a inflação.

De concórdia com uma pesquisa divulgada na sexta-feira pela Universidade de Michigan, 41% dos consumidores acham que a vice-presidente é uma candidata melhor para a economia, e 38% acreditam que Trump é o indicado nessa questão.

Anteriormente, Trump tinha ampla vantagem sobre Joe Biden nas pesquisas de opinião.

A democrata provocou a fúria de Trump ao propor a eliminação de impostos sobre gorjetas no setor de hotéis e restaurantes, e o republicano a acusou de “plagiar” uma de suas ideias.

A vice-presidente prometeu aumentar o salário mínimo se vencer as eleições presidenciais americanas em 5 de novembro.

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