
Acre celebra a menor taxa de desemprego para um segundo trimestre – ac24horas.com
A taxa de desocupação do Acre, no segundo trimestre de 2024, caiu para 7,2%, recuando um ponto sete percentual (p.p.) frente ao primeiro trimestre e chegando ao seu menor valor para um segundo trimestre desde 2012, quando teve início a série histórica da PNAD Contínua Trimestral do IBGE. No país, a taxa também recuou de 7,9% para 6,9%. Esse recuo na taxa de desocupação do Acre foi escoltado por mais 14 das 27 Unidades da Federação (UF), conforme divulgou o IBGE, no dia 15/8. No gráfico a seguir constam às taxas de desemprego do Acre, para o segundo trimestre, desde 2012, em ordem decrescente.
Na tábua seguir estão disponíveis vários indicadores do mercado de trabalho do Acre para o segundo trimestre do ano. Disponibiliza-se também os valores do primeiro trimestre de 2024 e do segundo trimestre de 2023, para ajudar na tradução dos dados.
Algumas observações são importantes. A primeira é o número de pessoas maiores de 14 anos que entraram no mercado de trabalho. No trimestre em tela foram 356 milénio dispostos a trabalhar, um incremento de 4,3% em relação ao trimestre anterior e 8,1% supra do mesmo trimestre do ano anterior. Outro destaque é o número de pessoas ocupadas, no segundo trimestre do ano, dos 356 milénio no mercado de trabalho, 330 estavam empregados, incremento de 6,3% em relação ao trimestre anterior e 10,7% em relação ao segundo trimestre de 2023. Resultado que fizeram com que a variação no número de desempregados caísse 15,9% em relação ao primeiro trimestre do ano, com 26 milénio desempregados.
Desemprego cai, mas pioram os indicadores de renda, informalidade e desalento
O rendimento médio real mensal habitual no Acre foi de R$ 2.495, caindo em relação ao segundo trimestre de 2023 (R$ 2.503) e frente ao primeiro trimestre de 2024 (R$ 2.547).
Enquanto a taxa de informalidade para o Brasil foi de 38,6% da população ocupada, no Acre a mesma taxa foi de 46,1%. As maiores taxas ficaram com Pará (55,9%), Maranhão (55,7%) e Piauí (54,6%) e as menores, com Santa Catarina (27,1%), Região Federalista (29,8%) e São Paulo (31,2%). Para a comentador do IBGE, as regiões Setentrião e Nordeste possuem taxas de informalidade maiores que a média pátrio em decorrência, principalmente, da maior presença de trabalhadores por conta própria sem registro no CNPJ. No caso do Acre, existiam 72 milénio trabalhadores por conta própria sem CNPJ, que representavam 21,8% de todos os desempregados.
O número de pessoas desalentadas, aquela que estava fora da força de trabalho por desistência, por não conseguir trabalho por muito tempo, aumentou 6% em relação ao trimestre anterior. O percentual de desalentados (frente à população na força de trabalho ou desalentada) no segundo tri de 2024, no Brasil foi de 2,9% e no Acre 6,3%. Maranhão (11,1%), Alagoas (9,5%) e Piauí (8,8%) tinham os maiores percentuais de desalentados enquanto os menores estavam em Santa Catarina (0,3%), Mato Grosso (0,8%), Paraná e Rondônia (0,9%).
Setor primitivo (cultura, pecuária, produção florestal e aquicultura) foi o que mais cresceu
Na tábua aquém constam os dados da mão-de-obra ocupada por grupamento de atividades do trabalho principal. O Destaque é o grupamento do chamado setor primitivo (Lavoura, pecuária, produção florestal e aquicultura) que contava com 34 milénio trabalhadores no primeiro e foi para 43 milénio no segundo trimestre de 2024, um incremento de 28,4%. Em relação ao mesmo período de ano pretérito, a ocupação da mão-de-obra na Lavoura, pecuária, produção florestal e aquicultura, também cresceu 28,4%.
Os demais segmentos que apresentaram as maiores variações positivas, em relação ao trimestre pretérito foram: construção (13,5%), gestão pública (8,2%), serviços domésticos (6,8%) e indústria (6,4%).
Os bons números do Trabalho no Acre, sem incerteza são reflexos do bom momento que vive a economia brasileira. Uma vez que diz a jornalista Miriam Leitão, “o primeiro trimestre do ano foi bom, o PIB cresceu 0,8%, frente ao trimestre anterior, mais do que o inicialmente previsto pelo mercado. Ou por outra, houve queda do desemprego e queda da inflação, dois dados que não costumam desabar juntos. Isso é ainda mais notável quando há um aumento da renda, porquê houve. Entre janeiro e março deste ano, o Brasil exportou US$ 78,3 bi, 3,2% mais do que no ano pretérito. Tanto a exportação, quanto o saldo de US$ 19 bi, foram recordes”.
Temos que aproveitar o bom momento.
Orlando Sabino escreve às quintas-feiras no ac24horas