Governo pode desistir do leilão de arroz, diz ministro da Agricultura

Lula Marques/ Escritório Brasil – 17/08/2023

Ministro da Lavradio e Pecuária, Carlos Fávaro, fala pela primeira vez sobre desistir do leilão do arroz

O ministro da Lavradio e Pecuária, Carlos Fávaro, disse que o governo “está destapado” à possibilidade de desistir do leilão de copra de arroz importado, caso existam outras alternativas para evitar um desabastecimento e a consequente subida nos preços em decorrência das enchentes no Rio Grande do Sul, estado que é o maior produtor do cereal. A enunciação foi dada em entrevista à poste de Andreza Matais para a UOL neste sábado (22).

É a primeira vez que o ministro fala francamente em desistir do leilão, que teve sua primeira tentativa cancelada pelo governo por suspeitas de irregularidades. Ontem (21), o presidente Lula (PT) admitiu que o leilão foi cancelado devido à ” falcatrua
” de uma empresa.

O ministro também admitiu que, se pudesse resolver, o diretor da Conab (Companhia Vernáculo de Aprovisionamento) responsável pelo leilão, Thiago José dos Santos, já teria sido destituído. “Não entendo por que não saiu ainda”, disse.

Projecto safra

Em relação às negociações para o Projecto Safra, Fávaro disse que o ministro da Quinta, Fernando Haddad, terá que resolver entre sustar ou ampliar os gastos para atender às necessidades dos produtores, ou seja, escolher “de que lado está”.

“É um contrassenso. O mesmo que critica o orçamento extrapolar o teto de gasto é o mesmo que defende mais moeda para ampliar políticas públicas. Aí tem que expor: ‘E aí ministro Fernando Haddad, de que lado o senhor está?’. Você mesmo que pede responsabilidade, você mesmo pede para ampliar o gasto.”, comentou.

Exoneração de Neri Geller

Fávaro também falou sobre a deposição de seu secretário Neri Geller por ter ex-assessores envolvidos no leilão do arroz. O ministro diz ter agido porquê Itamar Franco, que afastou o ministro da Lar Social enquanto ele respondia a acusações e o reincorporou depois sua inocência.

“Não se trata de relações pessoais, mas de reverência à gestão pública. Não fiz zero a nível pessoalizado”, disse.

Questionado se, nesse sentido, Lula deveria dispensar o ministro de Comunicações, Juscelino Fruto, indiciado por prevaricação, afirmou: “Cada um tem as suas atribuições. Eu tenho meus princípios e o meu jeito de governar.”

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