Com mandato garantido, Moro sinaliza apoiar Caiado a presidente

Um dia depois a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) rejeitar os pedidos de cassação de seu procuração, o senador Sergio Moro (União/PR) anunciou nesta quarta-feira (22/5) sua intenção de permanecer no Senado e concordar um candidato à presidência da República nas eleições de 2026. Durante coletiva de prensa na capital federalista, o ex-juiz federalista da Lava Jato indicou seu base ao governador de Goiás, Ronaldo Caiado, também filiado ao partido União Brasil.

Ao ser questionado se concorreria à presidência nas próximas eleições gerais, Moro afirmou que seu foco está no Senado e que irá seguir a decisão partidária quanto à sucessão presidencial em 2026. “Temos um projecto no União Brasil com o governador (de Goiás) Ronaldo Caiado. Meu projecto em 2026 é concordar um candidato”, declarou.

Aliás, o senador afirmou sua intenção de manter-se na oposição ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e revelou seu base a um projeto contra o Partido dos Trabalhadores (PT) nas próximas eleições.

“Sempre fui e sempre serei oposição ao governo Lula. Em 2026, estarei defendendo um projeto para derrotar o PT”, pontuou.

Durante a entrevista, Moro afirmou que não tem mantido contato com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), mas agradeceu sua tentativa de desmobilizar recursos do PL no processo que resultou em sua vitória na Justiça Eleitoral.

“O presidente Bolsonaro e, diga-se, a bancada dos senadores do PL, pediram que não fosse interposto nenhum recurso ou que houvesse desistência. Infelizmente, lideranças locais, mais especificamente Paulo Martins e Fernando Giacobo, não acolheram o pedido do presidente Bolsonaro”, acrescentou Moro.

Por termo, o senador enfatizou a valor de deixar de lado o que chamou de “espírito de revanchismo e a polarização exacerbada” e elogiou o julgamento do TSE uma vez que “técnico e independente”.

Para Moro, julgamento do TSE foi unânime, técnico e independente // Foto: Geraldo Magela/Escritório Senado

Senador obtém vitória por unanimidade no TSE

Nesta terça-feira (21/5), o TSE rejeitou, por decisão unânime, a cassação do procuração de Sergio Moro. O tribunal negou recursos do PL e do PT contra a decisão do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Paraná, que manteve o procuração do parlamentar no mês pretérito. Moro foi culpado pelos partidos de realizar gastos irregulares no período de pré-campanha. Cabe recurso da decisão.

No final de 2021, Moro estava no partido Podemos e realizou atos de pré-candidatura à Presidência da República. De contrato com a arguição, houve “desvantagem ilícita” em obséquio dos demais concorrentes ao função de senador diante dos “altos investimentos financeiros” realizados antes de Moro deixar a {sigla} e se candidatar ao Senado pelo partido União Brasil.

Ao julgar os recursos, o TSE seguiu voto proferido pelo relator, ministro Floriano de Azevedo Marques, para quem não há prova suasivo de ramal de recursos partidários.

O ministro considerou gastos irregulares de R$ 777 milénio, mas entendeu que não ficou comprovada tentativa de fraudar a candidatura. Aliás, o relator ponderou que não há regra objetiva para gastos de pré-campanha.

“Para caracterizar uma conduta fraudulenta ou ramal de finalidade, aptos a atrair a severa sanção de cassação de procuração e de inelegibilidade, é preciso mais que indícios, é preciso possuir prova robusta”, afirmou o ministro.

O voto foi seguido pelos ministros André Ramos Tavares, Nunes Marques, Raul Araújo, Maria Isabel Galotti, Cármen Lúcia e o presidente, Alexandre de Moraes.

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