Negócios de saúde e bank vão bem e Porto tem mais um trimestre positivo; lucro cresce 32%
No terceiro trimestre, a Porto viu seu lucro crescer mais uma vez. A última traço do balanço trouxe um proveito de R$ 739,1 milhões, um incremento de 32,3% frente ao mesmo período de 2023, com as verticais de bank e saúde se destacando.
No período o ROAE, uma métrica ajustada para medir o retorno sobre o patromônio, foi de 22,9%, com as quatro verticais (seguros, bank, saúde e serviços) superando a marca dos 20%.
A receita trimestral cresceu 11% quando comparada ao mesmo período do ano anterior, atingindo R$ 9,5 bilhões. O aumento de receita se deve principalmente ao incremento da base de clientes, que chegou a 18 milhões.
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Destaques do trimestre, a Porto Bank e a Porto Saúde ganharam revisões de métricas importantes. No Bank, a direção da empresa passou a prever um incremento de receita de 18% a 24% e não mais de 13% a 19%. Na Porto Saúde a projeção de sinistralidade é que melhorou: passou de 77% a 82% para uma tira de 75% a 79%.
Os bons números apresentados ao longo dos últimos trimestres têm entusiasmado o mercado. No termo de setembro, o time do Bradesco BBI passou a dar compra para ação. Na Bolsa, o papel é um dos poucos que tem conseguido aglomerar ganhos em meio à pressão no mercado de capitais. Em 12 meses sobe na ordem de 40%, negociado a R$ 38,57.
Agora, com capital sobrando e os negócios crescendo, a companhia já enxerga espaço para mudanças na política de alocação de capital. “Não damos guidance, mas a tendência que olhamos com naturalidade, dada essa geração de valor, é que nos próximos anos voltemos a ter a nossa distribuição de 50% de dividendos”, diz Celso Damadi, vice-presidente financeiro e de controladoria, investimento e planejamento na Porto.
E não faltam bons motivos, diz o CEO, Paulo Kakinoff, para permanecer com um nível grande de crédito e exaltação em relação ao que vem pela frente para o grupo.
“A companhia tem desenvolvido a taxas significativas. Nas verticais que não são a Porto Seguro, esse incremento chega a dois dígitos, entre 15% e 25%, tanto em receita quanto em lucro, numa média aproximada dos últimos trimestres. E são mercados ainda subpenetrados. Logo a oportunidade é muito grande”, diz o executivo.
Na Porto Saúde, um desses segmentos ainda subpenetrados pela companhia,as receitas cresceram 41,5%, fortemente impulsionadas pelo aumento de 26% de beneficiários no Seguro Saúde, atingindo 641 milénio vidas seguradas. As receitas também foram favorecidas pela expansão de 28,4% nos beneficiários do Seguro Odonto, alcançando 946 milénio beneficiários. Outrossim, a sinistralidade caiu 2,3 pontos percentuais para 78,1% no período. Esse desempenho contribuiu para um lucro de R$ 76,7 milhões, o que representa um aumento de 104,7% na presença de mesmo período do ano anterior.
Com boa saúde operacional e incremento poderoso, a subdivisão de planos de saúde é uma das que a companhia considera buscar sócios estratégicos para seguir crescendo. “Alguma coisa que mostre o valor que as verticais têm de forma separada”, segundo Kakinoff. Mas, com o mercado de capitais com liquidez muito restrita, operações uma vez que um IPO estão longe dos planos – ao menos por enquanto.
“Acredito que uma segmento importante do vitória que a Porto Saúde vem obtendo é justamente a capacidade de combinar medicina de subida qualidade com preços que de vestimenta são acessíveis e, mais importantemente, isso fundamentado numa jornada facilitada para o cliente. Para esse padrão ser estendido, temos um trabalho gradual e isso se dá com parcerias de toda sorte”, diz o CEO.
Pode ser desde uma parceria com hospitais em determinados bairros, por exemplo, ou um pouco uma vez que a joint venture com a Oncoclínicas, explica o executivo. “Pode ir desde o mais simples até, eventualmente, uma parceria que envolva aporte de capital para que um estratégico participe de uma maneira mais relevante ainda da geração de valor que a Porto Saúde tem apresentado.”
Negócios saudáveis
Além da subdivisão de saúde, os outros segmentos apresentaram números fortes. Responsável por 59% do resultado do grupo, a unidade Porto Seguro teve receita firme na presença de o mesmo período de 2023. Registrou incremento de 8,1% no seguro Patrimonial e de 10,4% no seguro de Vida. No Auto, os prêmios foram 4,6% menores, decorrente da estratégia de manutenção de margens mais saudáveis. Ao longo do período, a companhia observou a redução de preços na tábua FIPE e a maior penetração de veículos novos na frota segurada. A sinistralidade do Auto foi de 57,3%, e a de toda unidade de seguros foi de 50,8%.
No Porto Bank, unidade que concentra os negócios financeiros, as receitas expandiram 24,1%, impulsionadas pelo incremento de todos os seus principais negócios. No Consórcio, o progresso foi de 37,6% enquanto nas demais operações uma vez que Crédito, Riscos Financeiros e Capitalização, o aumento de receita foi de aproximadamente 20% em todos os negócios. A inadimplência das Operações de Crédito supra de 90 dias encerrou o trimestre em 6,4%, firme na presença de o segundo trimestre e 1 ponto percentual melhor do que no mesmo período de 2023, ficando 0,8 ponto percentual inferior da média de mercado.
Na subdivisão de serviços financeiros, a companhia segue com o roll out da oferta de conta do dedo do Porto Bank para clientes pessoa física e pretende, diz o CEO, passar a oferecer o serviço a empresas (contas PJ) até o segundo trimestre de 2025. O foco da conta do dedo são, além dos 18 milhões de clientes do grupo, parceiros comuns ao negócio, uma vez que corretores e oficinas de reparos de carros, por exemplo.
Caçula do grupo, a Porto Serviço, a unidade de negócio que conta com um portfólio de serviços de assistências residenciais, empresariais e automotivas, alcançou uma receita de R$ 620,1 milhões e realizou 1,3 milhão de serviços no trimestre. As receitas obtidas além da Parceria Porto Seguro representaram 23,6% do faturamento do 3T24, decorrente principalmente da ampliação de vendas no segmento B2C (business to consumer), com aumento de 32,7% e do B2B2C (business to business to consumer, com expansão de 25,8% — nesta segunda, são prestadores de serviço contratados na hora da compra de um resultado na loja, uma vez que o serviço de um instalador para a máquina de lavar, por exemplo.
