Dólar fecha no zero a zero, a R$ 5,48, mesmo com ata do Fed indicando corte de juros – ac24horas.com

O dólar fechou a quarta-feira (21) perto da firmeza na presença de o real, em seguida ter salteado altas e baixas em diferentes momentos da sessão. O dia foi marcado pela revisão dos dados de ofício nos Estados Unidos e a divulgação da ata do Federalista Reserve.

Ambos os indicadores contribuíram para a visão de que o banco médio dos Estados Unidos tem condições para iniciar o ciclo de queda das taxas. A incerteza que permanece entre os investidores é sobre a intensidade do galanteio: 25 pontos-base ou de 50 pontos-base em setembro.

Com isso, a cautela se sobrepôs no final da sessão, e agentes do mercado esperam pelo exposição do presidente do Fed, Jerome Powell, no simpósio de Jackson Hole na sexta-feira (23) para conseguir mais informações.

Qual a cotação do dólar hoje?

O dólar mercantil fechou em ligeiro queda de 0,07%, a R$ 5,480 na compra e a R$ 5,481 na venda. Na B3, o contrato de dólar horizonte de primeiro vencimento (DOLc1) recuava 0,01%, a 5.486 pontos.

Na terça-feira, o dólar à vista fechou em subida de 1,34%, cotado a R$ 5,486. Em agosto, a moeda norte-americana acumula queda de 3,07%.

Dólar mercantil
Compra: R$ 5,480
Venda: R$ 5,481

Dólar turismo
Compra: R$ 5,510
Venda: R$ 5,690

O que aconteceu com o dólar hoje?

Em um dia de agenda esvaziada no Brasil, investidores se voltaram nesta quarta-feira (21) para o exterior em procura de indicações sobre a política monetária dos EUA.

Um relatório do Departamento do Trabalho dos EUA solidificou a expectativa de galanteio de juros pelo Federalista Reserve em setembro, ao mostrar redução de 818.000 empregos, ou 0,5% a menos do que o inicialmente informado, nos dados de geração de vagas no país de abril de 2023 a março de 2024.

Já a ata do último encontro de política monetária do Fed, em julho, divulgada à tarde, mostrou as autoridades fortemente inclinadas a um galanteio de juros em sua reunião de setembro e que várias delas estariam até mesmo dispostas a reduzir as taxas imediatamente.

Neste cenário, os rendimentos dos Treasuries cederam — em próprio entre os títulos de dois anos, que refletem a política monetária de limitado prazo. O dólar também caiu na presença de as divisas fortes e em relação a boa secção das moedas de emergentes.

Às 17h10 o índice do dólar (DXY), que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas, caía 0,19%, a 101,190.

No Brasil, porém, outros fatores davam certa sustentação à moeda norte-americana na presença de o real. Porquê investidores reduzindo as apostas de que o Banco Médio elevará a taxa básica Selic, hoje em 10,50% ao ano, em setembro.

Uma Selic não tão elevada, em tese, reduz a pressão baixista para o dólar — o que na quarta-feira já havia feito a moeda norte-americana subir mais de 1% na presença de o real.

“Pela primeira vez a gente tem uma redução de juros totalmente precificada lá fora. E nosso ponto é que ainda há dúvidas sobre qual vai ser a postura do Banco Médio frente a isso”, comentou Matheus Massote, profissional em câmbio da One Investimentos, lembrando que, apesar dos movimentos recentes, o mercado segue precificando uma elevação da Selic em setembro.

“O que pode trazer uma mudança maior para as cotações é se o Fed trinchar 50 pontos-base em setembro, e não 25, ou se o BC de indumento fizer uma subida da Selic”, acrescentou Massote.

Até lá, as atenções estarão voltadas para o exposição do presidente do Fed, Jerome Powell, no simpósio de Jackson Hole na próxima sexta-feira (23), com investidores em procura de pistas sobre o tamanho do galanteio de juros nos EUA.



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