
Boeing suspende voos de teste do modelo 777X após identificar falha em componente
Gigante americana Boeing tem sido intuito de preocupações e sofrido questionamentos nos últimos anos
Jennifer Buchanan
A Boeing suspendeu os voos de teste de seu novo avião protótipo 777X, de fuselagem larga, em seguida identificar uma falta em uma peça de fixação do motor ao corpo da avião, o último de uma longa série de problemas para a gigante americana.
“Durante a manutenção programada, identificamos um componente que não funcionou uma vez que deveria”, afirmou a empresa à AFP em um enviado.
“Nossa equipe está substituindo a peça e coletando informações sobre o componente, e retomará os voos de teste quando estiver pronto”, acrescentou o enviado, confirmando um relatório anterior do site especializado The Air Current.
Nos últimos anos, a Boeing enfrentou preocupações com a segurança e questionamentos sobre o controle de qualidade de suas aeronaves, incluindo um incidente quase catastrófico com um Boeing 737 MAX da companhia Alaska Airlines em janeiro, quando uma porta cega se desprendeu da fuselagem em pleno voo.
O novo diretor executivo da Boeing, Robert Kelly Ortberg, de 64 anos, assumiu no início deste mês com a promessa de restaurar a crédito na operário e anunciou que se mudaria para a cidade de Seattle (noroeste) para estar perto dos programas de fabricação de aviões comerciais.
O programa de fuselagem larga 777X da Boeing, apresentado em novembro de 2013, é a mais recente soma à sua popular família 777.
A novidade avião de dois corredores está destinada a ser a maior avião bimotor em operação no mundo. Mais de 500 aviões 777X já foram encomendados, mas ainda não entraram em operação.
A peça que causou a suspensão dos testes de voo é feita sob medida para o protótipo 777-9 e conecta o motor à estrutura da avião, conforme detalhou a Boeing.
Os outros 777-9 utilizados para testes preliminares também estão sendo inspecionados, acrescentou.
A ingressão em serviço do avião estava prevista inicialmente para 2020, mas foi adiada para 2025 devido a problemas durante o processo de certificação.