
Supremo de Bangladesh anula cotas de emprego que geraram protestos com mais de 100 mortos
O Supremo Tribunal de Bangladesh anulou, neste domingo,21, a ordem judicial que permitia amplas cotas de serviço público para os filhos de veteranos de guerra no país, um privilégio que desencadeou protestos estudantis em tamanho e uma vaga de violência com mais de 100 mortos.
Em uma audiência próprio realizada prematuramente devido à violência nas ruas, o Supremo decidiu anular a decisão do Supremo Tribunal de Daca proferida no mês pretérito, que permitia ao governo conceder um terço dos empregos aos descendentes dos combatentes da guerra de libertação de Bangladesh (1971).
Com isto, o mais cimeira tribunal do país ordenou uma reforma totalidade das cotas de serviço no serviço público, que caíram de 30% para 5% para os filhos dos combatentes, e 2% para as minorias étnicas e pessoas com deficiência, disse o legisperito Shah Monjurul Haque, representante dos estudantes.
“A sala de apelações deu uma solução final para a questão judicial. A solução é que, tendo em conta a situação atual, a quota universal será de 93%, 5% para os descendentes dos combatentes da liberdade, 1% para as minorias étnicas e 1% para pessoas com deficiência e pessoas do terceiro gênero (transexuais)”, indicou na porta do tribunal.
Isto significa que 93% dos cargos públicos terão de ser atribuídos com base no préstimo.
Essa foi a principal reivindicação dos estudantes que saíram às ruas há duas semanas com um movimento que se tornou violento há poucos dias com a repressão das forças de segurança e que deixou tapume de 120 mortos, segundo relatório elaborado pela Escritório EFE.
Neste sentido, “o tribunal apelou aos estudantes que regressem às aulas e pediu também aos responsáveis que avisassem os seus filhos para regressarem”, acrescentou.
Esse mesmo pedido também foi feito pelo procurador-geral ao trespassar do tribunal.
“Uma vez que todas as exigências dos estudantes foram atendidas com levante veredicto, eles deveriam retornar às aulas”, disse o procurador-geral AM Amin Uddin.
Um porta-voz dos estudantes, Abdullah Saleheen, disse à EFE que eles anunciarão sua reação à decisão no final do dia, mal os líderes estudantis se reunirem.