"O RS não quer ser case de tragédia, e sim de adaptação e reconstrução", diz Marjorie Kauffmann

No primeiro trimestre deste ano, o Rio Grande do Sul passou pela sua pior enchente histórica e quase a totalidade dos municípios (95%) foram fortemente atingidos e devastados. Para além dos prejuízos econômicos bilionários, a tragédia levou a perda de vidas: foram 3 milhões de pessoas impactadas e centenas de mortes — fora os desaparecidos. As águas não levavam só bens materiais, porquê também memórias e histórias do povo divulgado porquê guerreiro.

O Brasil todo se comoveu e o noticiário foi tomado pelos impactos severos de um sinistro que não é originário, e sim revérbero das mudanças climáticas que assolam diversas cidades mundo afora.

Embora a tragédia ainda pulse potente no Estado, Marjorie Kauffmann, Secretária do Meio Envolvente e Infraestrutura do RS, não quer que essa seja a memorandum e imagem do povo gaúcho. “Não queremos ser case de tragédia, e sim de adaptação e reconstrução”, disse em entrevista à EXAME, durante a Conferência do Clima da ONU (COP29), em Baku.

Em razão das enchentes, o Rio Grande do Sul também foi citado na meta climática brasileira (NDC), entregue pelo governo federalista na semana anterior. “Isso nos dá uma oportunidade única de promover uma viradela de chave e nos tornarmos referência em procedimentos de adaptação e resiliência“, destacou a secretária.

E é justamente com oriente foco que o governo do RS participa ativamente das discussões desta COP, buscando mostrar que as mudanças climáticas precisam ser olhadas com a verdade e intensidade necessária nas cidades em todo mundo. “É uma urgência e emergência para a manutenção da vida e é nisso que estamos 100% focados”, acrescentou. 

Na quinta-feira (14), o Estado lançou sua instrumento de suporte para adaptação às mudanças do clima: o “Roadmap Climatológico”, com foco na implementação de políticas públicas. Os 497 municípios gaúchos tem a missão de colaborar com a plataforma respondendo sobre seus maiores desafios, para que ações mais efetivas sejam realizadas e coordenadas no contextura federalista, estadual e municipal.

O que é o Projecto Rio Grande 

Depois as enchentes, a dimensão e relevância da tarifa fez com que Estado provocasse as secretarias para que se refizesse um projeto voltado a adaptação e reconstrução: o “Projecto Rio Grande”. Levante é contemplado com vários eixos que trabalham tanto na resposta a eventos climáticos extremos, porquê a uma série de protocolos visando a preparação para o porvir e a novidade veras imposta pela crise do clima. Levante também se conecta com outro projecto, que é Pro Clima, com metas para 2050.

Segundo Marjorie, o evento fez com que o Rio Grande do Sul antecipasse as estratégias de resiliência e também trouxe um maduração forçado para a população. “As pessoas começaram a interagir em relação ao que é um projecto de contingência e de adaptação. E também para ao que são de indumentária as mudanças climáticas que trouxeram para o Estado um novo patamar de chuvas, inundações, secas e vendavais. Levante novo momento de extremos traz a premência de novas respostas”, ressaltou. 

No projecto, a resposta diz reverência ao salvamento das pessoas. Já a reconstrução é refazer infraestruturas básicas, porquê aeroportos, estradas e escolas, também partindo do princípio de que a enxurrada máxima de inundações é o novo parâmetro. E o terceiro ponto e o mais importante, é o da adaptação.

Até portanto, o Projecto Rio Grande investiu R$ 2,4 bilhões em projetos nestes três eixos de ação e prevê até R$ 200 bilhões no longo prazo. Estes incluem iniciativas básicas, porquê revisão da topografia, da batimetria, da modelagem hidrológica e hidrodinâmica das cidades — e que vão definir as faixas de inundação. E algumas mais audaciosas dentro de um projecto de desenvolvimento econômico, contemplando a ampliação de fontes de energias renováveis — porquê é o caso do hidrogênio verdejante. 

“Muitos dizem que a enchente aconteceu e passou. Mas para nós, que somos agentes públicos, e para muitas pessoas da comunidade, esta não é a veras. Vão levar muitos anos para que consigamos voltar a uma vida normal. Por isso, todos os projetos que pensamos dentro do governo precisam ser pensados à luz do Projecto Rio Grande“, destacou. 

Marjorie não nega os prejuízos da tragédia, e friza que estão olhando para isto também dentro do projecto. Em alguns casos, ela cita que a adaptação envolve o deslocamento de populações, o que tem um dispêndio significativo. Além da secção econômica, há os prejuízos culturais.

“Muitas comunidades vivem próximas a recursos hídricos, que historicamente sempre foram manadeira de sustento e convívio. Isso não é um tanto restrito do Brasil ou do Rio Grande do Sul, mas um fenômeno mundial. Portanto, redesenhar essas relações não é um tanto que se faz da noite para o dia. Nós insistimos em manifestar que oriente é um novo momento climatológico e que sim, pode intercorrer de novo”, reforçou. 

Outro ponto de atenção se volta para a retenção de talentos e da capacidade técnica no Estado, também considerando as novas fontes econômicas que devem surgir e exigem qualificação diferenciada.

Um dos maiores desafios é a dificuldade burocrática de entrada a recursos para implementação, contou Marjorie. A tarifa está conectada com o tema medial da COP29, que é o financiamento climatológico.

O Fundo Clima do governo federalista, por exemplo, poderia disponibilzar investimentos para os Estados, mas ainda não há procura proporcional à oferta, explicou ela. “Pouquíssimas prefeituras submeteram projetos para acessar os valores e acredito oriente ser um dos problemas graves. Também há uma falta de capacidade técnica nos municípios para desenvolverem as ações que beneficiem a adaptação“, contou. 

Para prometer o entrada, o governo tem articulado a nível estadual e municipal comissões de mudanças climáticas e buscado financiadores.

Olhando para a COP30 em Belém, Marjorie acredita que o Brasil precisa aproveitar para mostrar o que realmente é. “No Rio Grande do Sul, temos capacidade produtiva agropecuária, produção de biodiesel, um polo metalmecânico e um bioma único, o Pampa, além da Mata Atlântica. Ambos registraram redução no desmatamento. São pontos que temos levado para a COP”, destacou. 

Ela complementa que as pautas estão todas conectadas e que talvez, o grande duelo brasílico, seja o de enviar. “Precisamos mostrar o que realmente somos e explorar os potenciais para nos posicionarmos porquê líderes na agenda climática“, concluiu. 

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