
Brasil está confiante de que Trump respeitará acordos firmados na cúpula do G20
O governo federalista mantém crédito de que o próximo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, respeitará os “principais acordos” firmados na cúpula do G20, que ocorrerá no Rio de Janeiro nos dias 18 e 19 de novembro, segundo fontes oficiais.
“Um dos objetivos da presidência brasileira do G20 foi focar na procura de resultados concretos em questões que possam gerar consenso”, afirmou o diplomata Mauricio Lyrio, principal representante da delegação brasileira no grupo das maiores economias.
Entre os acordos destacados por Lyrio está a geração da Confederação Global contra a Lazeira e a Pobreza, iniciativa à qual o atual presidente dos EUA, Joe Biden, já anunciou adesão. Esse projeto, segundo Lyrio, será o “maior legado” da presidência brasileira do G20, que procura superar desigualdades globais.
Expectativas para o procuração de Trump
“Não há nenhum país que considere negativo tirar mais de 700 milhões de pessoas da inópia”, destacou Lyrio, mas ele também expressou reservas sobre as possíveis posições dos EUA a partir de janeiro de 2025, quando Trump tomará posse. Em temas uma vez que mudanças climáticas, Lyrio lembrou das posições negacionistas do presidente americano em seu procuração anterior.
Esses pontos, todavia, serão objeto de novas “conversas e negociações” em 2025, durante a presidência da África do Sul no G20, e seguirão em 2026, sob liderança dos EUA. “Durante 2025, o Brasil estará na troika junto com África do Sul e EUA, o que garante alguma influência nas discussões”, pontuou o diplomata.
Declarações e temas controversos
O trabalho do G20, sob a presidência do Brasil, resultou em 41 declarações ministeriais que devem ser ratificadas no Rio. Esses documentos, segundo Lyrio, comporão uma enunciação conjunta, ainda em negociação, que procura uma “linguagem consensual” sobre temas controversos, uma vez que os conflitos na Ucrânia e Oriente Médio.
Outro ponto de debate é a inclusão das mulheres em várias esferas da sociedade, questão que encontrou resistência de governos de extrema-direita, uma vez que o da Argentina. O presidente Javier Milei já confirmou presença na cúpula.