Esta empresa carioca fará R$ 100 milhões servindo (uma boa) comida de hospital
No imaginário popular, comida de hospital tem renome de ser sem paladar, sem tempero e zero apetente. Chega até a ser ofensa, quando alguém decide falar que a comida “está igual a de hospital”.
Mas o Ateliê SGC, empresa carioca especializada em sustento hospitalar, vem mudando esse estigma. “É provável oferecer uma comida saborosa e que atenda às restrições nutricionais dos pacientes”, diz Thiago Benoliel, fundador da rede.
Foi com esse pensamento que o Ateliê SGC, criado em 2012, está prestes a faturar 100 milhões de reais em 2024. A empresa atende nove hospitais, servindo murado de 500.000 refeições por mês, e conta com uma equipe de mais de 800 funcionários.
E a teoria é crescer ainda mais. Para 2025, a empresa pretende expandir suas operações para o mercado de indústrias e escolas, além de continuar investindo na hospitalidade hospitalar — o noção que une gastronomia de qualidade com um atendimento digno de hotel cinco estrelas.
Qual é a história do Ateliê SGC
A história do Ateliê SGC começa com Thiago Benoliel, que cresceu em uma família que respira gastronomia.
Sua mãe, Monique Benoliel, é uma das banqueteiras mais renomadas do Rio de Janeiro, e eventos grandiosos, porquê casamentos e festas luxuosas, eram o cenário oriundo de Thiago desde cedo.
“Aprendi muito com ela, mas quis seguir meu caminho”, diz.
Depois de experiências no mundo corporativo, em áreas que iam de voga a telecomunicações, Thiago decidiu impor o que sabia de gastronomia para atender empresas e instituições. A grande oportunidade veio em 2012, quando abriu um restaurante no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. “Ficamos lá por quase 10 anos. Foi o laboratório perfeito para aprender sobre sustento corporativa”, afirma.
Em 2015, o Ateliê SGC entrou no segmento hospitalar, servindo refeições para médicos e acompanhantes na Rede D’Or. Mas o foco permaneceu distante dos pacientes até 2020, quando a pandemia da covid-19 transformou o protótipo de negócios da empresa.
“Eu sempre resisti à teoria de fazer comida de paciente”, diz. “Achava que seria perigoso, pelo nível de exigência e complicação. Mas a pandemia mudou tudo”.
A viradela começou com o invitação para operar a sustento no hospital de campanha do Leblon, gerido pela Rede D’Or.
“Foi uma operação de guerra”, diz Thiago. “Durante cinco meses, o Ateliê SGC serviu 2.000 refeições por dia, transportadas em seis turnos ao longo de cada jornada. Cozinhávamos na nossa mediano e organizamos tudo com contêineres refrigerados, descartáveis, equipes separadas e uma logística milimetricamente planejada. Era porquê gerenciar um grande evento todos os dias.”
O esforço valeu a pena. A taxa de aprovação do serviço chegou a 97%, medida por pesquisas realizadas com pacientes e equipes médicas.
“Foi quando eu percebi que estávamos prontos para abraçar o repto de atender também os pacientes nos hospitais”, diz. “Essa operação me deu coragem para dar esse próximo passo”.
A experiência no hospital de campanha também deixou lições valiosas para o porvir da empresa. “Aprendi que parcerias sólidas são fundamentais. Tudo isso só foi provável porque trabalhamos junto com os fornecedores e o cliente, porquê um time. Não acredito em sucesso só”.
Com a demanda crescente e o sucesso do protótipo testado na pandemia, o Ateliê SGC entrou de vez no mercado de refeições hospitalares completas, incluindo pacientes. “Foi a oportunidade de transformar uma crise em um momento de reinvenção e prolongamento”.
r
O que o Ateliê SGC faz hoje
Hoje, o Ateliê SGC opera em nove hospitais, atendendo diferentes públicos dentro das unidades. Além dos pacientes, a empresa serve refeições para médicos, acompanhantes, diretores e colaboradores. “A gente não vende comida, vende experiência”, diz Thiago.
Esse diferencial é impulsionado por uma equipe que inclui profissionais com passagens pelo Copacabana Palace e pelo Country Club do Rio de Janeiro. “Nosso DNA é de hotelaria. Trazemos o padrão de luxo para o envolvente hospitalar, respeitando, simples, as exigências clínicas de cada dieta”, afirma.
No hospital, o cardápio pode incluir desde refeições simples, porquê arroz e feijoeiro, até pratos mais elaborados, sempre feitos com atenção aos detalhes. “Dá para fazer o simples muito feito”, diz Thiago. O Ateliê também implementa ações especiais, porquê produzir versões personalizadas de lanches famosos para crianças internadas, um gesto que, segundo ele, faz toda a diferença na recuperação dos pacientes.
Quais são os planos futuros
Para 2025, o Ateliê SGC planeja expandir suas operações para São Paulo e outros estados, mirando grandes indústrias e escolas.
“Aprendemos na melhor escola provável: o hospital”, diz Thiago. Ele explica que o rigor exigido no envolvente hospitalar torna a ingressão em outros mercados mais simples.
A estratégia de expansão inclui solidificar as operações atuais antes de abraçar novos desafios. “Decidimos segurar as inaugurações em 2024 para amadurecer nossos processos e lideranças”, afirma o fundador.
Com um faturamento projetado de mais de R$ 100 milhões e um protótipo de negócios que une qualidade, eficiência e hospitalidade, o Ateliê SGC mostra que até a comida de hospital pode surpreender — no melhor dos sentidos.