Clima de tensão: Austrália e Turquia entram em impasse para sediar COP31

A poucos dias do termo das negociações da Conferência do Clima da ONU (COP29), em Baku, no Azerbaijão, aumentam as expectativas sobre quem será o país-anfitrião da COP31 em 2026. De olho em sediar o maior evento de combate à crise climática do mundo, esta quarta-feira (20) foi marcada por impasses entre dois países que apresentaram candidaturas: Austrália e Turquia.

Enquanto a Austrália propõe uma “COP do Pacífico” com ênfase nos desafios climáticos que afetam estados insulares vulneráveis da região, a Turquia argumenta que sua localização no Mediterrâneo a aproxima dos últimos países-sedes da Cúpula e enfatiza que possui uma indústria de petróleo e gás menor.

A decisão requer o espeque unânime dos 29 países do grupo regional “Europa Ocidental e Outros” das Nações Unidas e deve ocorrer a portas fechadas nos últimos dias da COP29 — prevista para terminar nesta sexta-feira (22), mas com verosímil desenrolar até o termo de semana.

Se espera que quem ligeiro a vitória é a Austrália, com o verosímil espeque de 23 dos 29 países do grupo.  Caso o jogo vire e a Turquia seja a escolhida, isto significaria que a COP permaneceria na região do Oriente Médio e Ásia Mediano por três anos seguidos: Egito (COP27);  Emirados Árabes Unidos (COP28) e Azerbaijão (COP29). No ano que vem, a Cúpula será pela primeira vez no Brasil, em Belém do Pará. 

Especialistas ressaltam que a definição do país-sede é crucial para alavancar a ação climática até o marco de 2030 e limitar o aquecimento do planeta a 1,5ºC porquê previsto pelo Negócio de Paris.

Na COP29, o governo australiano assumiu o papel ao lado do Egito de conduzir o novo convenção de financiamento. “Ouvi dos países em desenvolvimento uma exigência de US$ 1,3 trilhão recursos. Mas ao mesmo tempo ouvimos diferentes propostas para a subdivisão entre os elementos fornecidos [subsídios] e os elementos que seriam mobilizados [empréstimos e investimentos privados]”, disse Chris Bowen, ministro da mudança climática da Austrália, retratando a dificuldade de um concenso nas negociações.

Para trespassar na frente da corrida da COP31, Bowen também anunciou uma tributo de US$ 50 milhões para perdas e danos causados pela crise climática. Ele também declarou que respeitaria a escolha pela Turquia, mas “a perspicuidade seria boa para todos os envolvidos, particularmente para seus colegas do Pacífico, que estão muito entusiasmados com as oportunidades”, destacou. 

Os países da região do Pacífico declararam largo espeque à Austrália. O presidente de Palau, Surangel Whipps, disse durante a COP em Baku que “esperava muito” que a candidatura da Austrália fosse bem-sucedida. 

Durante o G20 no Rio de Janeiro, o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdoğan, reiterou que não retiraria sua candidatura. Algumas autoridades turcas também argumentaram que ao contrário da Austrália, o país não era um grande exportador de combustíveis fósseis poluentes. 

Reta final frusta com desacordos

No fechamento do dia de hoje na COP29, as nações ainda estavam divergindo sobre pontos-chaves relacionados a questão do financiamento climatológico. Oriente é o grande tema desta COP, visando um convenção global de recursos na vivenda de trilhões de países ricos para os em desenvolvimento.

Até agora, as nações se recusaram a colocar promessas concretas de verba no fundo, em desacordo sobre quem deveria remunerar e em protesto contra o vestimenta da China e outros petroestados porquê a Árabia Saudita não serem incluídos na conta. 

O Azerbaijão prometeu produzir novos textos do convenção até as primeiras horas da manhã de quinta-feira (21), na tentativa de açodar o progresso necessário nas negociações que se encontram paralisadas.

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