‘Turismo de paixão’ para ver shows tem crescido muito no Brasil, diz diretora do Airbnb

As viagens para ver shows, apelidadas de “turismo de paixão”, tem ganhado espaço no Airbnb no Brasil e ajudado a empresa a manter bons números no país.

Outrossim, o aplicativo tem se expandido para mais cidades e já teve hospedagens em 2.330 municípios do país, quase metade do totalidade.

“A gente viu as buscas subirem 80% por justificação dos shows do Bruno Mars, de mais de 1.000% para o show da Madonna e de 2.000% no Rock in Rio”, conta Fiamma Zarife, diretora do Airbnb para a América do Sul, em conversa com a EXAME.

“O brasílico adora viajar. Ele arranja sempre um um jeitinho de dar uma escapada. A gente teve menos feriados desse ano. Às vezes, para ressarcir isso, as pessoas falam ‘logo vamos para o show'”, prossegue Zarife.

Ela aponta que o Airbnb teve um desenvolvimento de 17% na América Latina no segundo trimestre, em relação com o mesmo período do ano pretérito, e que há otimismo com o Brasil.

Zarife conversou com a EXAME durante um evento em São Paulo em que o Airbnb anunciou novidades na plataforma, uma vez que a geração do protótipo de co-anfitrião. O possuidor de um imóvel poderá encontrar, dentro da plataforma, outra pessoa que já aluga casas e se dispõe a cuidar de tudo, uma vez que tirar fotos do imóvel, preparar o sítio e falar com os visitantes. Em troca, esta pessoa pode receber uma taxa fixa ou um percentual do totalidade da locação, a ser negociado. O valor geralmente fica entre 15% e 25% do totalidade da locação. Veja a seguir outras partes da entrevista.

Uma vez que estão as perspectivas do Airbnb para o Brasil?

Os resultados do segundo trimestre mostraram a América Latina com um resultado bastante significativo para o Airbnb, com desenvolvimento de 17% ano contra ano. No Brasil, temos números bastante positivos. Pela primeira vez, mais de 2.330 cidades tiveram reservas pelo Airbnb. Foi a maior distribuição de turismo que vimos na plataforma. Tivemos mais de 965 cidades com hospedagens do Airbnb que foram visitadas pela primeira vez. Estamos vendo essa tendência de distribuição continuar em 2024, com o turismo doméstico bastante poderoso na plataforma e muitas viagens para destinos não urbanos. As viagens em famílias e em grupos são uma tendência muito poderoso no Brasil, até pela nossa cultura. A gente gosta de viajar junto, de levar a família. Estamos positivos que vamos fechar o ano com bons resultados. Estamos também nos preparando também para a COP30, no ano que vem. Fechamos uma parceria com o governo do Pará, para trazer turismo sustentável e ajudar com informações mercadológicas para políticas públicas.

Uma vez que a redução do home office tem afetado o mercado de viagens? 

No Airbnb, continuamos com uma política bastante maleável. A gente acha que não pode limitar a compra de talentos pela geografia. A redução do home office diminui um pouco a flexibilidade das pessoas, uma vez que a de poderem trabalhar durante a semana de qualquer outro lugar, mas vemos as pessoas aproveitando muitas oportunidades para viajar, uma vez que os shows. A gente viu as buscas subirem 80% por justificação dos shows do Bruno Mars, de mais de 1.000% para o show da Madonna e de 2.000% no Rock in Rio. É um turismo de paixão. São viagens que continuam acontecendo fora do término de semana e de feriados prolongados. Continuamos vendo um aumento dessas viagens curtas. Vamos estimar agora uma vez que vai ser essa colocação do home office, mas o brasílico adora viajar. Ele arranja sempre um jeitinho de dar uma escapada. A gente teve menos feriados desse ano. Às vezes, para ressarcir feriados em que não vão viajar, as pessoas falam ‘logo vamos para um show’. 

Uma vez que a situação da economia, com dólar um tanto instável, afeta o mercado brasílico?

O mercado doméstico sempre foi muito mais poderoso. Nos últimos trimestres, 80% das viagens dos brasileiros são feitas no Brasil. Essa média pode aumentar um pouquinho. Quando há uma valorização maior do dólar, as pessoas seguram e viajam cá dentro. Elas aprenderam a deslindar as belezas do Brasil. Elas podem não ir para fora, mas compensam cá dentro. 

Uma vez que está o mercado de turismo em outros países da América Latina, principalmente na Argentina?

A gente passou por um momento mais tumultuado ali nas eleições e geralmente nesses momentos as pessoas recuam seus gastos. Elas ficam esperando um pouco para ver a situação se acalmar.  Não posso transfixar números, mas temos visto uma volta gradual do turismo doméstico na Argentina. Ainda vai ter muitos altos e baixos, mas as pessoas estão começando a ter um pouco mais de de tranquilidade para fazer algumas viagens ainda dentro da Argentina. Para alguns outros destinos, uma vez que o Brasil, vai se restaurar aos poucos. Depende de muitas variáveis. Vemos também um movimento interessante de turismo de compras do Chile na Argentina, porque ficou barato para os chilenos. O turismo intraregional é muito poderoso. 

O Airbnb enfrentou restrições severas em Novidade York no ano pretérito e cidades na Europa, uma vez que Barcelona, tiveram protestos contra o turismo em tamanho. Uma vez que vê essas questões?

Temos um histórico de colaboração muito próximo com os governos do mundo inteiro para estabelecer boas políticas. O Airbnb tem conversado com o governo de Novidade York há muitos anos para tentar ter regras justas. A maioria das pessoas usa a renda extra do Airbnb para remunerar despesas da família. Em Novidade York, o processo de registro dos imóveis é dificil, você tem que estar dentro da mansão para receber um hóspede. Foi praticamente uma proibição. E um ano depois, a promessa de melhorar a crise de falta de moradias na cidade não se materializou. Estamos vendo os preços de aluguel de longa duração aumentarem, assim uma vez que o preço dos hoteis, porque uma vez que tiraram milhares de acomodações do mercado, os preços dos hoteis aumentaram. Os residentes de Novidade York perderam uma renda extra e o turismo nos bairros foi prejudicado. Tem muito menos hoteis no Brooklin, no Queens do que em Manhattan.

E uma vez que vê a situação na Europa?

Estamos vendo a mesma coisa agora com Barcelona. A Percentagem Europeia até fez um pronunciamento dizendo que achava as medidas desproporcionais e que isso não vai ajudar a resolver a crise de moradia. Desde 2014, as licenças de aluguel em Barcelona estão limitadas a 10 milénio licenças. Até 2023, houve um aumento de 66% no aluguel de longa temporada. A conta não está fechando. 

Essas restrições em cidades famosas podem ultimar levando mais turistas a outros destinos, uma vez que o Brasil?

Nas buscas globais do terceiro trimestre, três cidades brasileiras estão entre as que tiveram maior subida. Isso pode ser um revérbero. Pode ser gente fugindo do inverno e vindo pra cá, mas pode ser pessoas que estariam para Novidade York e Barcelona, mas podem contribuir para o fluxo de pessoas que buscam outros países onde você ainda pode viver uma vez que sítio e ter acomodações de todos os tipos. Mas a gente gostaria mesmo é de conseguir volver estas situações nessas cidades e ter políticas justas. 

Uma vez que conseguir manter o preço das hospedagens sob controle em um cenário de subida do preço dos imóveis em vários países?

O preço médio da nossa tarifa tem se mantido praticamente seguro. No segundo trimesre, houve uma subida de 2%, muito fundamentado no aumento do dispêndio de vida e na valorização dos próprios imóveis. Não temos visto um aumento significativo se confrontar com outros tipos de locação e com os próprios hoteis. 

Neste ano, tivemos a tragédia das enchentes no Rio Grande do Sul. Uma vez que está sendo a retomada do turismo lá?

Teve hosts que perderam a casas e foram abrigados por outros hosts. Incentivamos outros hosts para transfixar as casas com descontos. Estamos trabalhando junto com o governo para fabricar campanhas e encetar a incentivar o turismo no estado, mas com muito desvelo. Tem áreas que ainda estão em recuperação, mas a gente tem visto na plataforma um aumento na procura por cidades de Santa Catarina e por Torres, no Rio Grande do Sul, que fica no litoral. 

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