Revolução na transmissão esportiva: entenda a mudança causada pela internet nos meios de comunicação

Nos últimos anos, o jeito de consumir esporte tem mudado. Neste ano, com as Olimpíadas de Paris, a CazéTV, streaming criado por Casimiro Miguel com a Live mode, empresa de mídia e marketing esportivo brasileira, atingiu, só no YouTube, mais de 40 milhões de dispositivos únicos. Aliás, o meio chegou a 71 milhões de views em único dia, batendo recordes na plataforma.

Essa transmigração da tradicional transmissão esportiva para o envolvente do dedo teve um grande impacto na forma porquê o esporte é consumido fora das mídias convencionais. O trabalho inédito feito durante os Jogos Olímpicos apresentou um sucesso na transmissão online do evento.

Dados revelam que a CazéTV alcançou 127,3 milhões de pessoas no Instagram e 41 milhões no YouTube durante o período. Junto a isso, o engajamento gerado pela cobertura resultou em 5 bilhões de visualizações somadas em todas as plataformas utilizadas (YouTube, Instagram e TikTok).

Para Fábio Wolff, sócio-diretor da Wolff Sports e profissional em marketing esportivo, a forma de televisionar o esporte realizada pelos streamings foi uma viradela de chave para a relação e conexão entre fãs, atletas e profissionais da dimensão, o que resultou em um novo momento para as transmissões.

“A subida dos streamings, mormente com a CazéTV, representa uma verdadeira revolução na forma porquê o esporte é transmitido e consumido. O impacto é visível na maneira porquê fãs, atletas e profissionais da dimensão se conectam e interagem neste novo cenário do dedo. Essa maneira de ver o esporte criou novas oportunidades para engajamento, redefinindo a experiência esportiva porquê uma viradela de chave que estabelece um novo padrão para as transmissões”, aponta Fábio Wolff.

A equipe formada para as transmissões durante os Jogos Olímpicos também chamou a atenção. Unicamente no ao vivo, foram 78 profissionais trabalhando diretamente com as lives realizadas, isso sem descrever a equipe técnica que fica nos bastidores. Foram 55 comentaristas especializados em cada um dos esportes, 12 narradores e 11 repórteres, que tiveram que preencher um espaço de 500 horas de transmissão.

O jeito relaxado da equipe do meio e a forma dissemelhante de realizar a cobertura gerou impacto na média de idade do público que acompanhou a emissora do dedo. De congraçamento com Sérgio Lopes, da pilar de Mônica Bergamo da Folha de S.Paulo, 82% das pessoas que assistem a CazéTV têm menos de 44 anos e 62% têm menos de 34 anos. Tendo em vista a média de indivíduos que acompanharam as transmissões ao vivo – 650 milénio em média assistindo por minuto – esse número labareda a atenção.

“As coberturas, antes feitas de modo hegemônico por mídias tradicionais, agora enfrentam a concorrência dos meios digitais. Houve uma mudança na maneira de se transmitir as competições e também na forma que as pessoas assistem ao esporte. Nesse cenário, os streamings e os canais onlines ganham força por serem menos engessados e por permitirem a possibilidade de novas ativações, interações e publicidades. Acredito que a Cazé TV, por exemplo, seja um dos maiores fenômenos mundiais no segmento. Estamos presenciando uma revolução em frente aos nossos olhos”, avalia Renê Salviano, CEO da escritório Heatmap e profissional em marketing esportivo.

Todo esse sucesso, para Bruno Maia, diretor da série “Romário – O Rosto” e profissional em inovação e tecnologia no esporte, vem sendo uma faca de dois gumes para o negócio: “Por um lado, esse sucesso acelera o incremento do número de novos assinantes e a penetração das plataformas. Por outro, é muito generalidade que, depois, ele se torne um “usuário não-ativo”, já que ele foi pra plataforma por um motivo dissemelhante. E isso é um dos piores indicadores que uma plataforma pode ter, porque derruba todas as métricas de performance do negócio. Portanto, todo mundo tem pensado em porquê manter esse usuário que veio pelo esporte mais ativo. Também por isso o número de conteúdos originais de esporte vêm crescendo e é de se esperar que aumentem ainda mais nos próximos anos, sobretudo em mercados com uma cultura esportiva poderoso, porquê o Brasil”, conclui Bruno.

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