“Empresas não deixam de inovar por falta de criatividade, é falta de disciplina”, Rafael Ferrari

“Uma empresa não deixa de inovar por falta de originalidade e sim por falta de disciplina”

Esse foi o juízo que Rafael Ferrari, sócio consultor da Deloitte, deu para líderes de RH entenderem o papel do departamento na cultura de inovação das organizações, durante um encontro realizado pela Examinação Corporate Education, na última quinta-feira, 15. 

Essa certeza ressalta uma veras frequentemente subestimada no envolvente corporativo. Enquanto a originalidade costuma ser a habilidade mais valorizada quando o objetivo é gerar novas ideias, é a disciplina que possibilita transformar novas soluções em veras. 

Isso significa, inclusive, que pessoas que não se consideram criativas podem gerar inovação, com processos estruturados, metas claras e uma cultura organizacional que valorize tanto a ideação quanto a realização.

“O RH tem um papel fundamental nesse processo, de tornar o incentivo e o reconhecimento à inovação secção da agenda formal de trabalho”, disse Ferrari.

Exemplos notáveis incluem o Google, que permite que os funcionários dediquem 20% do tempo a projetos paralelos, prática que resultou na geração do Gmail, e o McDonald’s, que incentiva os franqueados a desenvolverem seus próprios produtos, tendo uma vez que grande resultado o lançamento do McMuffin.

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Uma vez que gerar uma cultura de inovação

Ao contrário do que se costuma imaginar, Ferrari afirmou que para inovar as empresas não dependem de um acelerador de startups, de um consultor do Vale do Silício, de investir em talentos criativos, nem de decorar uma sala com muitas lâmpadas, paredes coloridas e liberar roupas leves para as reuniões. 

“Inovar é sobre fazer perguntas, encontrar problemas e gerar soluções das mais simples às mais complexas, é fazer um tanto melhor do que se está fazendo hoje”, disse Ferrari. 

O caminho para a inovação começa pela procura de um tanto novo e sempre passa pela exploração do ignoto e por isso inovar é sempre uma questão do quanto cada corporação está disposta a percorrer riscos, quais riscos e com qual previsão de benefícios.

Nesse contexto, é fundamental que o RH promova um envolvente de segurança psicológica e tolerância ao erro. Sem essa abordagem as melhores ideias podem permanecer estagnadas sem nunca serem implementadas de maneira eficiente.

7 dicas do Rafael Ferrari para gerar uma cultura de inovação 

1. Segurança psicológica para exposição de ideias
2. Tolerância ao erro nos processos de testes e geração
3. Investimento em treinamento e aprendizagem para melhoria contínua
4. Agendas formais dedicadas à inovação 
5. Heterogeneidade para estimular a variedade de ideias e representatividade nas soluções
6. Ambientes que estimulam inovação e a originalidade
7. Reconhecimento público e financeiro a ideias e projetos inovadores

Rafael Ferrari é sócio e consultor de inovação na Deloitte há mais de 5 anos, já implementou mais de 30 projetos globais e nacionais de transformação do dedo em empresas uma vez que Vale, Petrobras, Porto Seguro e conduziu os dois maiores programas de inovação e transformação do dedo do Brasil. 

Uma vez que trazer inovação para o RH

Assim uma vez que em qualquer outro departamento, a inovação deve ter foco na melhoria contínua e na solução de problemas.

Existem diversas metodologias ágeis, no mercado, que estimulam o pensamento criativo, ajudam a trazer ideias para a veras, a determinar o impacto das iniciativas, a adaptá-las conforme necessário e escalá-las de maneira eficiente. 

Uma das mais simples de serem aplicadas é a “Rede de de Network” com outras empresas para gerar conexões de valor, parcerias e trocas colaborativas, uma vez que a proposto neste encontro promovido pela Examinação Corporate Education. 

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Um dos desafios trazidos no encontro, por exemplo, foi o de diminuir a taxa de turnover, principalmente de gerações mais novas. Através do compartilhamento de boas práticas entre líderes, o grupo chegou a uma rápida desfecho:

Problema: subida taxa de turnover.

Repto: desvendar o real motivo das desistências e também possíveis fatores de retenção.

Método atual: entrevistas de desligamento com reles nível de sinceridade e engajamento.

Solução: digitalizar e anonimizar a entrevista de desligamento para gerar mais segurança e engajamento nas respostas.

Inovar no setor de RH envolve levantar muitas perguntas, fazer pesquisa interna, trazer dados, provocações, adotar novas práticas, tecnologias e estratégias para gerenciar pessoas de maneira mais eficiente.

Algumas maneiras de inovar no RH:

• Automação de processos para manter o foco em pessoas 
• Personalização da experiência do colaborador
• Estudo de dados para identificar tendências, mostrar resultados e tomar decisões estratégicas.
• Ensino Do dedo para oferecer oportunidades de capacitação e requalificação de forma contínua e escalável
• Onboarding Do dedo para melhorar a retenção e engajamento
• Perceptibilidade Sintético no recrutamento e seleção 
• Gamificação para aumentar o engajamento e produtividade dos colaboradores

A inovação nos processos de RH impacta diretamente o envolvente organizacional e o bem-estar dos funcionários. Ao mesmo tempo, pode encontrar algumas barreiras culturais e até resistência da liderança em algumas mudanças e na adoção de novas tecnologias. 

Alguns desafios para a inovação no RH levantados no encontro:

• Liderança conservadora
• Falta de tempo
• Falta de investimento em inovação
• Falta de valorização e reconhecimento 
• Falta de habilidades tecnológicas e comportamentais 
• Falta de capacidade analítica
• Pânico de errar 
• Falta de colaboração

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