Sessão da Câmara é marcada por críticas a Rogério Cruz

A sessão plenária da Câmara Municipal de Goiânia desta quarta-feira (7/8) foi marcada por críticas à gestão do prefeito Rogério Cruz (Solidariedade), pré-candidato à reeleição. Diversos parlamentares subiram à tribuna para criticar a gestão de Cruz, apontando problemas, entre outros pontos, na coleta de lixo, limpeza e iluminação da cidade.

Com as candidaturas definidas e aproximação do início da campanha eleitoral, a tendência é de que o prefeito fique ainda mais vulnerável, já que todos os vereadores são cobrados para tutelar os candidatos que seus partidos apoiam. Durante a sessão chamou mormente a atenção o indumentária de ninguém tutelar o prefeito.

Os vereadores Joãozinho Guimarães (Solidariedade) e Igor Franco (MDB) reclamaram do serviço de coleta de lixo prestado pelo Consórcio Limpagyn, que assumiu o serviço recentemente. Segundo ele, os trabalhadores pedem ajuda financeira de empresas e moradores, caso contrário não passam na rua para recolher o lixo.

“Eles são trabalhadores e ganham para trabalhar. Onde está a fiscalização da prestação de serviço?”, indagou, ao aumentar que tem cobrado da prefeitura, mas às vezes nem resposta tem.

Joãozinho(foto)também cobrou melhoria na iluminação pública.

“Dizem que foi feita licitação, a primeira empresa não assumiu o contrato e foi chamada a segunda colocada. Eu não sei a quem solicitar mais. Mas eu tenho que cobrar, porque sou cobrado a toda hora. Estou revoltado com essa situação”, disse o vereador ao PORTAL NG.

Ele também disse que está havendo lentidão na realização de obras que ele indicou com recursos de emendas impositivas.

Ao endossar as críticas do colega, o vereador Igor Franco afirmou que o problema tem de ser resolvido pela prefeitura, já que a Comurg, responsável pela limpeza, é subordinada ao prefeito.

“A Comurg tem todas as condições de cuidar da limpeza da cidade, mas enquanto a atenção financeira não for dada à Comurg, o problema não será resolvido”, afirmou Franco, citando que a prefeitura tem obrigação de satisfazer o acórdão do Tribunal de Contas dos Municípios que reconheceu a obediência financeira da Comurg.

Já Lucas Kitão (União Brasil) falou à reportagem do NG que há uma “reclamação universal” contra a qualidade dos serviços da prefeitura.

“A cidade não está cuidada uma vez que deveria. Além da limpeza, outros pontos foram prometidos e não entregues, uma vez que a cidade do dedo, o serviço prestado pelo Imas, moradia popular, uma sucessão de erros que exige atenção da Câmara”, enumerou o vereador, que usou a tribuna para informar que vai licenciar-se do incumbência de vereador temporariamente para dedicar-se à campanha à reeleição.

“Acredito que a solução para boa segmento dos problemas da cidade está nas urnas, na renovação, e ao mesmo tempo não posso deixar que o processo eleitoral atrapalhe o nosso procuração”, disse.

As reclamações contra a prefeitura também foram endossadas pelo vereador Bill Guerra (MDB, foto): “Quem faz licitação é o prefeito Rogério Cruz, por isso tem que cobrar dele”.

Vereador aponta ação truculenta contra população de rua

Outro vereador que usou a tribuna para criticar o prefeito foi o vereador Fabrício Rosa (PT), que acusou o prefeito de brigar a população de rua com finalidade eleitoral. Segundo ele, a prefeitura está usando de violência e desumanizando as pessoas em situação de rua.

“Prefeito Rogério Cruz, não é a partir de ações eleitoreiras, higienistas, desumanas e temporárias, violentando as pessoas e lhes retirando os pertences, que encontraremos uma medida adequada para a população em situação de rua”, discursou, citando que, no dia anterior, a mando do prefeito, servidores municipais revistaram e confiscaram objetos e até víveres de moradores de rua.

“Temos que reconhecer que aquelas pessoas que estão na rua não são lixo, são seres humanos e, uma vez que tal, são dignas de reverência e consideração. Eles têm recta de carregar suas roupas, suas mochilas, sua repasto. O prefeito retira seus objetos, sua sustento de modo violento e cruel”, discursou da tribuna, ao mencionar que a prefeitura não desenvolveu nenhuma ação para minimizar o sofrimento de moradores de rua.

“É urgente a prefeitura aderir ao Programa Ruas Visíveis, do Governo federalista, que prevê investimento de mais de R$ 1 bilhão para atender a população de rua.

“Quais são as políticas para essas pessoas, de reintegração social, de moradia, de saúde mental, de fortalecimento de vínculos, com a participação das próprias pessoas em situação de rua, para enfrentar essa questão? Não há sequer um recenseamento sobre a população de rua de Goiânia”, frisou.



Mostrar mais

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo
Fechar

Adblock detectado

Por favor, considere apoiar-nos, desativando o seu bloqueador de anúncios