Discurso de Trump não empolga e foco volta para possível saída de Biden; veja episódio

Milwaukee, Wisconsin – O ex-presidente Donald Trump falou publicamente pela primeira vez em seguida o atentado que, por milímetros, não tirou sua vida. O palco foi a Convenção Pátrio Republicana (RNC), em Milwaukee, no Wisconsin. Foi o rito final de uma convenção que marca a preponderância de Trump sobre o partido.

Em seu 19º incidente, o podcast O Caminho para a Morada Branca, uma coprodução da EXAME com a Gauss Capital, analisa a convenção e suas consequências para as eleições presidenciais dos Estados Unidos. Com uma atmosfera vibrante e movimentada, a convenção trouxe à tona temas cruciais para o porvir político do país.

Assista ao novo incidente de O Caminho para a Morada Branca

Alguns pontos importantes merecem atenção nas próximas semanas. O primeiro, e talvez mais rudimentar, é se o atual presidente, o democrata Joe Biden, seguirá na disputa. O coro para que ele abandone a corrida é público e vem de figuras ilustres do partido.

Aliás, Mauricio Moura, professor da Universidade George Washington e sócio do fundo Zaftra, da Gauss Capital, destaca outros pontos essenciais para entender a campanha:

Exposição de Trump

Segundo Moura, o oração começou muito, com uma tentativa de humanizar o atentado sofrido por Trump, mas rapidamente se estendeu para temas polêmicos e recorrentes de sua campanha.

“Ele começou muito muito com a tentativa de humanizar o atentado. Foi na medida, correto. Fiquei bastante sisudo porque fizeram uma abordagem que não é tradicional”, diz Moura. “Por outro lado, o oração acabou se estendendo por muito tempo e aí ele entrou em todos os temas que fazem secção do oração dele de maneira recorrente. Temas polêmicos, que dividem o país.”

Foco no eleitorado independente

Para o crítico, Trump não conseguiu atingir o eleitorado independente.
“Ele falou em união do país em diversos momentos, citou isso nominalmente diversos momentos, mas eu não senti ele dialogando com os independentes, que eu ainda considero essenciais para a vitória em novembro seja de quem for”, afirma. 

Trumpismo: a novidade rostro do Partido Republicano

Moura também enfatizou a predominância do Trumpismo na atual forma do Partido Republicano. A convenção revelou uma partido homogênea e alinhada com as ideias de Trump, com a exiguidade notável de figuras moderadas do partido, uma vez que Mitt Romney, Susan Collins, Larry Rogan e George W. Bush.

“O que a gente pode ver cá nesse evento é um Partido Republicano essencialmente Trumpista. Hoje o Partido Republicano se confunde com o Trumpismo. Acompanho as convenções do Partido Republicano faz muito tempo. Nunca houve tantos discursos tão homogêneos quanto os que a gente viu cá”, afirma. “Basicamente uma partido do partido se manifestou e claramente a fileira moderada dos republicanos não apareceu cá. “Hoje, é um partido do literato ao Trump. O que me impressionou nesses dias de evento cá que além de ser um trumpismo é o literato à persona do Trump.”

Mas, lembra o crítico, desde 2016, o Partido Republicano tem enfrentado desafios significativos, com uma subtracção no número de senadores, deputados e governadores eleitos. Moura apontou que, apesar da pujança mobilizadora do trumpismo, os resultados eleitorais não têm sido favoráveis, com o partido perdendo eleições importantes e não conseguindo reeleger o presidente em 2020.

“Portanto, essa estratégia de abraçar o Trumpismo tem o bônus, de ser uma coisa altamente mobilizadora, mas tem o ônus de que os resultados não bons”, afirma.

O porvir dos democratas e a verosímil saída de Biden

A verosímil desistência de Joe Biden da corrida presidencial segue uma vez que uma das principais questões da corrida americana. Mais democratas proeminentes pedem que ele a abandone.

Com a especulação sobre a saída de Biden, Kamala Harris surge uma vez que uma verosímil sucessora, dada sua posição uma vez que vice-presidente e o entrada aos recursos financeiros já arrecadados pela placa. Essa transição é vista uma vez que um ponto crítico para a estratégia eleitoral dos democratas.

“Sobre os democratas, é o que vínhamos conversando cá no podcast: o maior risco dos democratas é não tomar risco”, diz Moura. “Acho que o partido se convenceu disso e parece que o o próprio presidente está sendo convicto. A partir de agora a grande pergunta é quando o Biden vai desistir — e eu acho que a verosimilhança é imensa.”

O crítico frisa que na própria convenção em Milwaukee os republicanos tratavam a saída de Biden da disputa uma vez que certa. “Foi interessante que o Trump falou várias vezes: “essa governo”. Ele citou muito menos o nome do Biden do que ele costuma nos discursos dele”, diz. “Ou seja, já é uma aderência tática.”

Por termo, Moura destaca que a grande pergunta desse imbróglio é quem substituiria Biden. “Vai ser uma luta ocasião ou a Kamala Harris, uma vez que vice-presidente e secção da placa dele, vai assumir essa liderança?”, questiona. “Na convenção republicana, eles já começaram a testilhar a Kamala Harris e estão preparados para enfrentá-la.”

Eleições nos EUA: a EXAME estará presente nas convenções dos partidos

A EXAME amplia sua cobertura das eleições dos Estados Unidos a partir desta segunda-feira, 15. A equipe da revista acompanhará de perto as convenções dos partidos republicano e democrata, e também fará reportagens sobre os estados decisivos para a disputa.

O repórter Rafael Balago, o editor Luciano Pádua e o crítico Mauricio Moura estão nos Estados Unidos para esta cobertura.

Balago cobre política internacional desde 2018. Foi repórter e correspondente do jornal Folha de S.Paulo nos Estados Unidos, por um ano. Pádua fez mestrado em gestão pública em Harvard e foi repórter e editor em veículos uma vez que Veja e Jota. Moura é professor da Universidade George Washington e sócio do fundo Zaftra, da Gauss Capital.

As convenções partidárias são o momento de confirmação dos candidatos presidenciais. Do lado republicano, Donald Trump deve asseverar a nomeação sem questionamentos, que deve ser impulsionado em seguida o atentado do último sábado, 13.

Do lado democrata, a situação está mais incerta. O presidente Joe Biden, que procura a reeeleição, teve vitória fácil nas primárias, mas viu sua candidatura ser questionada em seguida ir mal em um debate, no termo de junho.

Biden vem sofrendo pressão pública para desistir e penetrar espaço a um novo nome. Ele vem repetindo que quer seguir na disputa, mas não tem conseguido convencer os aliados e doadores que o andam criticando.

Caso Biden desista nas próximas semanas, a convenção democrata, marcada para os dias 19 a 22 de agosto, será o prazo sumo para que o novo candidato ou candidata seja definido. Há incertezas de uma vez que o processo funcionaria, já que o presidente venceu as primárias. Um caminho verosímil é que ele libere os delegados que conquistou para votarem livremente em outro candidato. Isso, no entanto, faria com que a participação dos eleitores democratas, que votaram nas primárias, seja reduzida.

A cobertura da disputa nos Estados Unidos está sendo feita pela EXAME de várias formas. O programa O Caminho para a Morada Branca traz episódios que analisam, desde janeiro, o curso da disputa e está disponível em vídeo, no YouTube, e uma vez que podcast no Spotify, ambos com entrada gratuito.

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