Convenções em SP começam neste sábado com indefinições

A partir deste sábado, os partidos podem realizar suas convenções partidárias, que vão oficializar as candidaturas a prefeitos, vices e vereadores que concorrerão nas eleições de outubro. Em São Paulo, caberá a esses encontros dar respostas a muitas indefinições que ainda pairam sobre o pleito, e o União Brasil e o PSOL serão os primeiros partidos a ter suas convenções, neste sábado.

No caso do PSOL, a convenção será um megaevento no Expo Center Setentrião que contará com a presença do presidente Lula (PT) e de vários ministros, e vai concretizar a placa Boulos-Marta Suplicy (PT) e dar o pontapé da campanha. Ao todo, a coligação, das quais nome é “Paixão Por São Paulo” e tem cores semelhantes ao logo do governo federalista “Brasil: União e Reconstrução”, contará ainda com os partidos PDT, PcdoB, Rede, PV, PMB e PCB. As oito siglas, somadas, devem lançar muro de 200 candidatos a vereadores.

Já no caso do União, a convenção municipal ficará limitada a lançar os 56 vereadores (número supremo permitido pela lei). A esperada deliberação sobre seu pedestal na disputa ao Executivo ficará para agosto, posteriormente outros partidos realizarem suas definições. O argumento usado por Leite é que, uma vez que não há oficialização de candidaturas ainda, não há nome para apresentar para os correligionários. O presidente da {sigla} na capital, Milton Leite (União), se reuniu com o prefeito Ricardo Nunes (MDB) nesta sexta-feira (19) e disse que a relação “melhorou muito”, mas ainda não colocou os dois pés na pré-campanha do prefeito ainda. O entorno do prefeito está otimista de que as siglas caminharão juntas.

Em qualquer cenário, a legenda não deve respaldar a candidatura de Kim Kataguiri (União), que vem se colocando uma vez que pré-candidato há meses e chegou inclusive a fechar seu projecto de governo. A outra opção do União seria Pablo Marçal (PRTB), que conversou com lideranças nacionais da legenda entre junho e o início deste mês. Entretanto, pesa contra o ex-coach possíveis dificuldades que ele pode ter dentro do próprio partido, devido a brigas na Justiça que discutem o comando da {sigla}. O PRTB sequer marcou a data da convenção ainda — os partidos têm até 5 de agosto para fazê-lo, de negócio com os prazos da Justiça Eleitoral. Já as candidaturas precisam ser registradas até 15 de agosto.

A legenda passa por brigas pelo comando que podem atrapalhar os planos do influenciador. Isso porque há questionamentos sobre a atuação do presidente pátrio da legenda, Leonardo Avalanche, que foi o principal responsável por lançar o nome de Marçal na disputa, e para que a candidatura seja confirmada deve possuir consenso neste sentido. Uma flanco do PRTB defende que Levy Fidelix Rebento seja seu vice. Porquê mostrou o GLOBO, as brigas se arrastam desde 2021, quando Levy Fidelix, fundador do partido, morreu.

Já o PSDB antecipou sua convenção justamente para dar término aos rumores da provável desistência de José Luiz Datena. O encontro está marcado para 27 de julho. Assim, caso haja desistência, haverá mais tempo para a {sigla} se reorganizar no pleito, apoiando outro nome. Nesta convenção, o PSDB também vai definir as candidaturas para vereadores, em torno de 50 nomes. O apresentador de TV diz que dessa vez vai “até o término”, e chegou a fazer sua primeira agenda pública de pré-campanha nesta semana, no Mercado Municipal. Entretanto, havia a expectativa de que ele fizesse outras agendas na quinta e neste sábado, mas isso não se concretizou, aumentando a suspeição sobre sua ininterrupção na disputa eleitoral.

Também em 27 de julho, será realizada a convenção do PSB, para oficializar a candidatura de Tabata Amaral, tida uma vez que uma prioridade do partido. No evento, devem estar ao seu lado o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro de Empreendedorismo Márcio França (PSB). Está em lhano quem será seu vice, já que a deputada federalista ainda espera que Datena desista do pleito e, com isso, o PSDB resolva apoiá-la. Neste caso, o vice seria um nome indicado pelos tucanos. Caso contrário, a deputada terá uma placa pura. Alguns dos nomes estudados neste cenário são a professora Lúcia França, mulher de Márcio França, Lu Alckmin, mulher do vice-presidente, ou o ex-deputado federalista Floriano Pesaro.

A convenção do MDB ficará para 3 de agosto, mas neste caso a situação está mais definida, com Ricardo Nunes uma vez que candidato a prefeito, com o ex-coronel da Polícia Militar Ricardo Mello de Araújo, do PL, em sua placa. O encontro será formado por todas as legendas aliadas do prefeito, que além do PL são o PSD, Republicanos, Progressistas, Podemos, Solidariedade, PRD, Agir, Mobiliza e Avante. Ao todo, as 11 siglas lançarão 700 candidatos a vereadores neste ano. Ainda não há confirmação da presença do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que foi o responsável por indicar o vice de Nunes, no evento.

O Partido Novo fará a convenção neste domingo (21), e vai lançart a economista Marina Helena uma vez que candidata, com o coronel da PM Reynaldo Priell Neto uma vez que vice. O PSTU marcou a convenção para 3 de agosto e deve lançar Altino Júnior uma vez que candidato a prefeito. Já a UP deve lançar Ricardo Senese uma vez que candidato ao missão.

Datas previstas das convenções em SP

  • Guilherme Boulos (PSOL): 20 de julho
  • Convenção do União Brasil: 20 de julho
  • Marina Helena (Novo): 21 de julho
  • Convenção do PL: 22 de julho
  • José Luiz Datena (PSDB): 27 de julho
  • Tabata Amaral (PSB): 27 de julho
  • Altino Prazeres (PSTU): 3 de agosto
  • Ricardo Nunes (MDB): 3 de agosto
  • Ricardo Senese (UP): 4 de agosto
  • Pablo Marçal (PRTB): data não definida

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