
Ciclo de alta das criptomoedas chega à segunda fase: o que esperar?
Os ciclos das criptomoedas são impulsionados por narrativas: ideias, histórias ou explicações que surgem para justificar ou interpretar o comportamento dos preços e tendências no mercado.
São construídas a partir de eventos, dados, percepções e sentimentos dos investidores, e podem ter impacto significativo nas decisões de investimento.
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Muitas delas nascem e morrem sem muitas implicações. Algumas acabam se destacando, atraem a atenção da mídia e, quando vemos, todo o mercado está mobilizado em torno daquelas ideias.
Vamos pegar porquê exemplo o bitcoin. Lá no início de sua trajetória, o ativo se popularizou da pior forma provável.
Entre 2011 e 2013, o bitcoin foi usado porquê meio de pagamento em um mercado ilegal que ficou espargido porquê Silk Road (Rota da Seda). Era uma plataforma online que operava na dark web para venda de drogas e armas.
O FBI conseguiu fechar o site que já registrava uma movimentação bilionária, apreendendo murado de 144 milénio bitcoin. Até hoje o governo americano tem secção dessas moedas. Inclusive, os EUA foram os primeiros detentores de bitcoin em graduação por conta do incidente.
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Em 2016, outra tentativa de manchar a reputação do bitcoin foi baseada na menção à falta de lastro, ou seja, não teria um tanto físico, palpável, que garantisse a moeda. A contrapartida veio no questionamento, agora, do lastro do dólar, que, neste sentido, também não possui.
Ambos existem com base na crédito dos usuários. No caso do dólar, essa crédito estaria relacionada à solidez do sistema norte-americano, porquê referência econômica e regulatória. Já no caso do bitcoin, estaria associada à tecnologia: uma rede com desempenho praticamente impecável em toda a sua história.
O Bitcoin Uptime Tracker (inferior) mostra que a rede do bitcoin tem sido funcional 99,98914859% do tempo desde o início de sua operação, em 3 janeiro de 2009.
A má reputação com que sofria o bitcoin foi sendo desconstruída à medida que se adquiriu um entendimento maior do ativo e do mercado.
Em 2020, um grande caso marcou essa mudança de paradigma. A MicroStrategy adotou o bitcoin porquê ativo de suplente de valor, sendo a primeira empresa de capital ingénuo a seguir a estratégia. Hoje, detém 1% de todos os bitcoins. Companhias porquê a Tesla seguiram o movimento.
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Narrativas e fases do ciclo
As narrativas podem contemplar um cenário mais macro, com questões relacionadas à economia americana, por exemplo, e também micro, que neste caso estaria restringido à criptoesfera em si, porquê NFTs, DeFi, aidrops e por aí vai. Macro e micro impactam o mercado de formas diferentes, mas se complementam em estudo ampla.
Acredito que estamos vivendo a segunda período do ciclo de subida. Na primeira período, uma das maiores narrativas foi o halving. Quando esse evento acontece, o preço do bitcoin tende a disparar, gerando expectativas nos investidores, que começam a comprar previamente ao evento.
Impulsionado pela narrativa, o bitcoin saiu dos US$ 16 milénio no início de 2023 e valorizou quase 5 vezes. Nesta segunda período do ciclo, o que há de narrativa macro ao meu ver?
- Eleições americanas: Vimos o mercado impulsionar o bitcoin em seguida a tentativa de assassínio de Donald Trump. Trump se revela um candidato pró-cripto e anunciou que pretende mudar a atitude do país diante das empresas do setor.
- Incisão dos juros: A tendência é que tenhamos redução nos juros com os resultados mais fracos da economia americana e isso pode trazer quantia para o mercado cripto. Quando os juros diminuem, ativos de risco ficam mais atrativos para os investidores. Em universal, acontece um movimento de transferência de capital de investimentos considerados mais seguros, porquê a renda fixa, para a renda variável, em procura de rendimentos mais interessantes.
Existe, porém, um paisagem para ficarmos de olho nesse cenário. É normal, quando há uma queda de juros, o mercado sentir bastante e, em um limitado espaço de tempo, podemos ver um pequeno crash na bolsa de valores americana. É proveniente que o baque impacte também negativamente os ativos digitais, mas não deve passar de um tanto momentâneo.
No meu ponto de vista, será mais positivo do que negativo para as criptomoedas, porque, nesse quadro conturbado, o mercado cripto acaba se estabelecendo porquê um porto seguro para os investidores.
Ao investigar as narrativas macro, micro e as informações on-chain, colhidas da própria blockchain, percebo que, em universal, os dados e as perspectivas são positivas, apontando para um cenário de subida.
Não acreditem em quem propaga que o mercado de baixa começou, porque não é verdade. Vamos ter mais pernadas de subida e o bitcoin deve buscar patamares maiores.
ETF à vista de ether
No campo hoje da narrativa, não tem porquê deixarmos de fora o ETF à vista de ether. Vimos recentemente o poder do impacto de um ETF à vista com o bitcoin, que funcionou porquê um grande catalisador para a valorização do preço do ativo.
Com o ether, o processo está se dando de forma dissemelhante. O ETF de bitcoin foi reconhecido e imediatamente listado, enquanto o de ether, ainda que reconhecido, não foi lançado. Existem alguns rumores no mercado que apontam para um provável lançamento no dia 23 deste mês, vamos esperar.
O que aconteceu com o preço do ether?
Vínhamos de um período por volta de 11 de março deste ano no qual o ativo atingiu US$ 4.000 e, na sequência, caiu praticamente 30% (porquê engrandecido em vermelho no gráfico inferior), chegando a tocar o patamar de US$ 2.800 em 15 de maio. Foi quando nos deparamos com os rumores de que o ETF seria reconhecido: o ether sai de murado de US$ 3.050 e volta a subir 30% com a possibilidade de aprovação.
A aprovação acontece, mas a listagem não, logo o mercado se frustra e o ether cai dos US$ 4.000, bate nos US$ 2.800, mas volta a se restabelecer para murado de US$ 3.400.
Na minha percepção, podemos ver o ether superando novamente os US$ 4.000 com a listagem. As pessoas compraram a expectativa de aprovação para não permanecer de fora e o preço subiu. Com o resultado efetivamente rodando no mercado, vai suceder um tanto dissemelhante, pois teremos a ingresso real de capital novo no mercado, o que vai impulsionar a criptomoeda.
No caso do bitcoin, testemunhamos uma ingresso massiva, de bilhões. Atualmente, existem murado de US$ 60 bilhões em ETF de bitcoin, para uma capitalização de mercado (market cap) atual da moeda de US$ 1,3 trilhão.
Se olharmos o ether, o ativo tem murado de US$ 400 bilhões de market cap. Suponhamos que haja uma ingresso entre US$10 bilhões e US$20 bilhões ou até US$ 40 bilhões no ETF de ether com o seu lançamento. Será um impacto significativo. Portanto, acredito que a cripto deva superar os US$ 4.000 em seguida a listagem e veremos o patamar de preço do ether se estabelecendo de forma dissemelhante.
Outra narrativa que vem se fortalecendo no universo dos ETFs cripto envolve a Solana, candidata a lucrar o seu próprio fundo negociado em bolsa. Desta forma, as perspectivas de termos ETFs de outras moedas e produtos diversos se ampliam. Uma importante porta que se abre para o prolongamento da adoção das criptomoedas.
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