
Por que o Dia da Consciência Negra é em 20 de novembro?
O Dia da Consciência Negra, comemorado em 20 de novembro, homenageia Zumbi dos Palmares, líder da resistência contra a escravidão no Brasil e símbolo da luta por liberdade. A escolha da data reflete o libido de valorizar o protagonismo das pessoas negras, em contraposição ao 13 de maio, dia em que foi assinada a Lei Áurea.
A proposta de gerar uma novidade referência para a celebração da luta negra no Brasil surgiu em 1971, quando um grupo de jovens negros se reuniu no núcleo de Porto Contente para questionar a narrativa em torno da derrogação da escravatura. Eles argumentavam que a Lei Áurea representava uma “liberdade concedida” e incompleta, já que não ofereceu suporte para que os ex-escravizados pudessem se inserir na sociedade de forma justa.
Entre os integrantes do grupo estavam Antônio Carlos Côrtes, Oliveira Silveira, Ilmo da Silva, Vilmar Nunes, Jorge Antônio dos Santos (Jorge Xangô) e Luiz Paulo Assis Santos, que formaram o Grupo Palmares. A escolha do nome homenageia o Quilombo dos Palmares, símbolo de resistência negra no Brasil.
Em 2023, o presidente Lula sancionou a Lei 14.759/23 que torna o Dia da Consciência Negra feriado pátrio. Portanto, a partir desse ano, o dia 20 de novembro é feriado em todo o país. Essa lei teve origem a partir de um projeto do Senado, a PL 3268/21, que foi sancionado pela Câmara dos Deputados.
Desafios contemporâneos e a luta por reparação
Embora avanços tenham sido conquistados, os desafios para a população negra no Brasil permanecem. Dados indicam que homens e mulheres negros recebem salários menores, enfrentam taxas mais altas de desemprego e violência e estão sub-representados em cargos políticos, segundo a Filial Senado. Para senadores, pesquisadores e ativistas, superar essas desigualdades exige a implementação de medidas concretas de reparação, uma vez que maior representatividade em espaços de poder e oportunidades econômicas.
A geração do Dia da Consciência Negra e sua expansão uma vez que feriado é uma forma de promover reflexão sobre o legado da escravidão e reafirmar a valor da luta pela paridade e pelo reconhecimento da imposto negra na história e na cultura brasileiras.