Ocidente busca escalada, diz Lavrov após 1º ataque com mísseis dos EUA na Rússia
O Oeste quer uma escalada do conflito na Ucrânia, segundo afirmou o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, nesta terça-feira, 19, durante uma coletiva de prensa no Rio de Janeiro, onde participou da Cúpula do G20.
“É um sinal de que buscam uma escalada”, declarou Lavrov.
Lavrov comentou que a utilização dos mísseis balísticos ATACMS, fabricados nos Estados Unidos, para atingir a região fronteiriça russa de Bryansk seria impossível sem a participação de especialistas norte-americanos. O ataque ocorreu na noite passada, e cinco mísseis foram interceptados, enquanto um sexto atingiu instalações militares sem fomentar vítimas ou danos, segundo o Ministério da Resguardo da Rússia.
O encarregado da diplomacia russa também mencionou declarações do presidente Vladimir Putin sobre o provável envolvimento direto da OTAN na guerra, caso armas ocidentais de longo alcance sejam utilizadas para lutar o território russo.
Novidade teoria nuclear russa
Lavrov aproveitou a coletiva para ressaltar a aprovação da novidade teoria nuclear russa, que substitui a anterior, de 2020. A novidade política autoriza um ataque nuclear em caso de uma ameaço sátira à soberania ou à integridade territorial da União Estatal Rússia-Belarus.
Entre os destaques do documento, estão:
- Autorizar ataques nucleares contra ameaças convencionais críticas.
- Considerar um “ataque conjunto” qualquer agressão de um país sem armas atômicas que receba pedestal, direto ou indireto, de uma potência nuclear.
Washington e a utilização dos ATACMS
Relatórios da mídia americana indicam que a Morada Branca teria permitido o uso dos mísseis ATACMS pela Ucrânia contra alvos militares na Rússia. No entanto, a autorização seria restrita à região de Kursk, onde tropas norte-coreanas foram destacadas para substanciar as forças russas.
Ataque em Bryansk e Repercussões
Apesar das restrições impostas por Washington, a Ucrânia realizou um ataque bem-sucedido em Bryansk, uma região ao setentrião de Kursk. O Estado-Maior ucraniano confirmou o ataque contra um arsenal russo, mas não forneceu detalhes sobre as armas utilizadas.
O cenário reflete o aumento das tensões no conflito e as preocupações crescentes sobre os desdobramentos da guerra.