Líderes do G20 recebem apelo da sociedade civil para aumentar ambição climática na COP29

“Esperamos que do Rio de Janeiro a Baku, venham compromissos fortes e efetivos para destravar as negociações da COP29“, disse à EXAME, Natalie Unterstell, presidente do Talanoa.

No dia em que se encerram os trabalhos da Cúpula do G20 em terras cariocas, organizações da sociedade social da América Latina e do Caribe pedem por uma resposta urgente, coordenada e eficiente para combater a crise climática.

A região é a segunda mais propensa a desastres agravados pela mudança do clima, e que afetam principalmente às populações mais vulneráveis. 

O apelo foi feito em uma epístola lançada em meio á COP29 em Baku, no Azerbaijão, e a qual a EXAME teve entrada em primeira mão. Durante o maior evento de clima do mundo, há uma grande expectativa por um conformidade global de financiamento na moradia de trilhões — direcionado para países em desenvolvimento investirem em medidas de mitigação e adaptação. 

Os países do G20, responsáveis por 87% do PIB e 80% das emissões globais de gases de efeito estufa, têm uma responsabilidade mediano para liderar a transição para uma economia de grave carbono, destacou Natalie: “Aquilo que for definido no G20, terá um efeito na nossa agenda climática”.

Entre os pontos em destaque da epístola, está o apelo para que os compromissos nacionais ou NDCs destes países ricos tenham mais nitidez e sede. Segundo Natalie, o Brasil é uma das nações que já soltou sua meta climática e trouxe elementos positivos. Agora, se espera isso das demais.

“Outra questão sátira é que o G20 dê um sinal político poderoso para a novidade meta de financiamento climatológico. É preciso que estas economias digam que irá fluir moeda e que estejam dispostas a colocar o recurso na mesa”, acrescentou a perito.

No documento, as demandas da sociedade incluem sete ações principais:

  1. Compromissos climáticos mais ambiciosos: uma redução de 43% nas emissões até 2030 e 60% até 2035, acompanhada de mecanismos transparentes de consulta e fiscalização.
  2. Término dos combustíveis fósseis: a eliminação gradual de combustíveis poluentes e a reforma de seus subsídios, com a meta de interromper novas explorações de carvão, petróleo e gás até 2030.
  3. Ampliação de energias renováveis: triplicar a capacidade de energias limpas e geminar a eficiência energética até 2030, com escora financeiro para facilitar a transição no Sul Global.
  4. Proteção social e ambiental na transição energética: um marco colaborativo é proposto para mitigar os impactos socioeconômicos e ambientais relacionados à extração de minerais críticos usados em energias limpas.
  5. Desmatamento zero até 2030: combater o desmatamento e integrar ações climáticas à conservação da biodiversidade, com protagonismo de comunidades locais e multiplicidade.
  6. Reformas financeiras globais: incluir impostos e taxação aos mais ricos e redistribuição de recursos.
  7. Financiamento climatológico conseguível: alcançar investimentos de 1 trilhão de dólares anuais, priorizando doações, redução de dívidas e maior eficiência na alocação de recursos.

Segundo a epístola, a Cúpula do G20 é um momento crucial para tomar decisões que podem mudar o porvir do planeta e a “América Latina e o Caribe esperam por ações que reforcem a justiça climática e uma transição sustentável“.

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