Polícia Federal já abriu 85 investigações para apurar responsabilidade sobre incêndios no país

A Polícia Federalista (PF) já abriu um totalidade de 85 inquéritos para investigar suspeitas de queimadas criminosas no país. Cada superintendência e delegacia locais têm tocado as investigações em diferentes regiões do país, mas a Diretoria de Amazônia e Meio Envolvente da PF em Brasília, criada no início do atual governo, tem coordenado as ações. A teoria é ter uma gestão que possibilite uma visão global do curso dos inquéritos.

O número de investigações mapeadas aumentou nesta semana porque a PF passou a considerar, além dos crimes ambientais, os inquéritos que envolvem crimes de incêndio previstos no código penal — na semana passada, eram 52 casos indicados pela corporação. As investigações acontecem em diversos estados, uma vez que Amazonas, Roraima, Pará, DF, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e São Paulo.

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A corporação já identificou que a maioria dos casos teve uma vez que origem a ação humana. O que os investigadores tentam desvendar, agora, é quais ações foram culposas ou dolosas. Ou seja, se houve intenção ou não de cometer o violação. Uma vez sendo dolosa, os investigadores buscam entender qual é a motivação do violação.

Uma das principais linhas investigadas, segundo o diretor de Meio Envolvente da PF, Humberto Freire, é a de “vingança contra a intensificação de combate aos crimes ambientais”.

O procurador cita uma vez que exemplo uma única operação neste ano que destruiu 422 dragas que atuavam ilegalmente no Rio Madeira. No ano pretérito, 770 dragas foram destruídas em ações que contaram com a participação da PF.

“O mina proibido tem sido foco do nosso trabalho e pode, sim, ser uma retaliação dos criminosos ambientais, que têm sido intensamente combatidos. Com a intenção de gerar fatos criminosos e caos na situação ambiental e climática do nosso país”, destacou.

Ninguém foi recluso

A PF investiga, além da autoria, se os incêndios estão relacionados a outros crimes, uma vez que lavagem de moeda e organização criminosa.

Apesar do número crescente de inquéritos, até o momento ninguém foi recluso. A PF, no entanto, acredita que as prisões começarão a ser feitas a partir do momento em que houver progresso da apuração.

Para isso, os investigadores têm apostado numa instrumento de imagens por satélite para identificar o ponto específico onde cada foco de chamas começou e, dessa forma, tentar chegar aos suspeitos.

“Nessa instrumento a gente consegue fazer a cronologia desses incêndios e ver onde eles iniciaram e, a partir daí, fazer um trabalho de perícia de campo e outras diligências naquele lugar para identificar não só a origem, mas as pessoas que deram origem. Aliás, isso nos ajuda a desenvolver todo um trabalho de investigação para, a partir daí, desvendar a motivação”, completou.

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