Nestlé aposta em autoprodução de energia no Brasil em parceria com a Enel

Engrossando a lista das empresas apostando no protótipo de autoprodução de pujança no Brasil, a Nestlé fechou um contrato com a Enel para prometer o provisão de cinco fábricas, que respondem por 40% de suas necessidades energéticas, por meio da manancial eólica.

Na prática, as companhias estão formando um consórcio para atuar em autoprodução, em três usinas eólicas do Multíplice Cumaru, em São Miguel do Gostoso, no Rio Grande do Setentrião.

“Simples que prometer a disponibilidade e o preço da pujança é importante, mas tem o paisagem de sustentabilidade também, de poder tangibilizar onde a pujança que permite a fabricação dos nossos produtos está sendo produzida”, afirma o presidente da Nestlé Brasil, Marcelo Melcher.

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As usinas operam desde o início de 2022 e fazem segmento de um multíplice de cinco parques, que demandou muro de R$ 1 bilhão em investimentos e foi construído pela Enel Green Power, braço de pujança renovável da companhia de capital italiano que tem ampla atuação no Brasil.

(Apesar de mais conhecida pelo público pela distribuição de pujança em São Paulo, Rio de Janeiro e Ceará, a Enel também atua em geração, com 6 GW de capacidade instalada no Brasil em 48 instalações solares, hidrelétricas ou eólicas.)

Secção da pujança das usinas Cumaru já estava vendida em contratos de longo prazo mais tradicionais com a Nestlé no mercado livre – na qual a empresa de víveres e bebidas era unicamente cliente.

Agora, a parceria está se aprofundando na forma de um consórcio que vai arrendar as usinas, no qual a Nestlé será sócia, com participação de 40% a 47%.

A Enel Green Power será a líder dos consórcios e ficará responsável pela operação dos parques. Os valores envolvidos no contrato não foram revelados.

O protótipo de autoprodução tem se tornado cada vez mais frequente no Brasil. Nele, as elétricas fecham parcerias com empresas interessadas em comprar pujança renovável, que se tornam sócias dos ativos em troca do entrada à pujança gerada.

Um dos principais atrativos são as isenções: os autoprodutores não pagam encargos setoriais, porquê a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) e Proinfa, e podem descrever com desconto de 50% a 100% em tarifas de transmissão e distribuição. Há ainda possibilidade de venda de excedente de pujança no mercado.

A autoprodução não é um tanto novo: desde o século XIX, empresas intensivas no uso de pujança, porquê siderúrgicas e produtoras de alumínio, construíram suas infraestruturas próprias para prometer o provisão energético.

Mas nos últimos anos, a estrutura vem se popularizando, por meio de parcerias com as elétricas, que atuam porquê as operadoras dos ativos – e, mais recentemente, via arrendamentos dos parques eólicos e solares, seja na forma mais simples, ou na forma de consórcios.

Esse é o primeiro contrato desse tipo firmado pela Enel.

“Essa é uma modalidade que permite valorizar de forma mais estrutural o investimento feito na usina e, pela segmento do cliente, dá a possibilidade d éter um provisão de médio a longo prazo com uma previsibilidade sobre o nível de preços que é mais difícil obter por uma estrutura convencional”, afirma Antonio Scala, CEO da Enel Brasil.

No caso da Nestlé, o provisão será voltado para cinco fábricas, nos estados de São Paulo (em São José do Rio Pardo e Ribeirão Preto), Espírito Santo (Vila Velha) e Minas Gerais (nos municípios de Ibiá e Ituiutaba), responsáveis pela fabricação de itens porquê leite Ninho, chocolates Garoto e produtos de nutrição bicho da Purina. Foi por meio dessas unidades que foram celebrados os contratos de arrendamento das usinas.

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