
Governo argentino ameaça ceder controle da Aerolíneas a empresas privadas para conter greve sindical
O governo prateado advertiu aos sindicatos aeroviários nesta quinta-feira, 19, que se eles persistirem com a greve devido aos aumentos salariais, entregará a operação da companhia aérea Aerolíneas Argentinas a empresas privadas, disse o porta-voz da presidência, Manuel Adorni.
“Em virtude das persistentes greves convocadas pelo sindicato (…), o governo vernáculo iniciou diálogos com várias empresas privadas latino-americanas para finalmente assumir a operação da Aerolíneas Argentinas, caso as extorsões que os argentinos estão recebendo com esse tipo de medidas continuem”, disse Adorni em uma coletiva de prelo.
A privatização da companhia aérea de bandeira da Argentina é um sonho do presidente ultraliberal Javier Milei, que a incluiu em uma lista de empresas estatais a serem privatizadas na chamada Lei de Bases, mas o Congresso a rejeitou e a excluiu.
A insânia das operações pode ser uma lanço intermediária para atingir esse objetivo, já que a privatização exige a aprovação do Congresso.
A prenúncio do governo ocorre depois semanas de conflito com os sindicatos de pilotos, pessoal de segurança dos aeroportos e outros sindicatos aeroviários que exigem ressarcimento salarial em face da deterioração da renda em meio à inflação que atingiu 236% ao ano em agosto.
Em agosto, os sindicatos rejeitaram uma vez que “provocativa” uma oferta de reajuste de 3% proposta pelo governo.
Adorni também questionou o recta de greve.
“Em uma empresa privada, se você entra em greve e complica as operações, você é exonerado, e a intenção é que aqueles que complicam a vida de milhares de argentinos com essas medidas tenham esse rumo”, acrescentou.
A segunda greve deste mês, na sexta-feira, dia 13, durou 24 horas, afetou 319 voos e mais de 30.000 passageiros domésticos e internacionais e custou entre 2,5 milhões e 3 milhões de dólares, de convénio com a empresa.
Na última terça-feira, o governo declarou por decreto o serviço de transporte distraído uma vez que “importante”, o que obriga os sindicatos a prometer 50% dos serviços em caso de greve.
O proclamação do governo ocorre em um dia em que os sindicatos da aviação realizaram greves rotativas por faixas de horário nos 27 aeroportos do país, sem afetar os voos, de convénio com a Gestão Vernáculo de Aviação Social (ANAC).
Apesar da greve, “todos os aeroportos estão operando com segurança operacional adequada”, disse a dependência.
Os sindicatos acusam o governo de “buscar o fechamento autoinfligido da Aerolíneas Argentinas”.
“Isso seria um lock-out patronal, buscando interromper a operação da empresa e depois culpar os sindicatos e seus trabalhadores”, argumentaram.