Fifa e OMS lançam campanha de conscientização sobre os riscos de concussão no futebol

A FIFA, órgão supremo do futebol, e a Organização Mundial da Saúde (OMS) lançaram nesta quarta-feira, 18, uma iniciativa global de conscientização sobre concussões, desenvolvida com especialistas em saúde cerebral.

O programa “Suspeite e proteja: nenhuma correspondência vale o risco” tem uma vez que objetivo sobresair os riscos de lesão cerebral traumática e oferecer recursos sobre o ponto, disseram eles em uma enunciação conjunta.

“Ao saber os sinais de concussão, estar cônscio dos riscos e tratar uma concussão corretamente, você pode ajudar a colocar a segurança dos jogadores em primeiro lugar”, disse o presidente da FIFA, Gianni Infantino.

O International Football Association Board (IFAB) aprovou substitutos permanentes para jogadores com concussão em março, depois um teste, com a regra implementada na Despensa América deste ano.

Para a Dra. Flávia Magalhães, médica do esporte que é pós-graduada em Fisioterapia Traumato-ortopédica e Fisiologia do Manobra, o grande transe de lesões uma vez que a do jogador húngaro está na possibilidade da repetição de traumas e choques na cabeça, os quais podem gerar novas complicações.

“Por estarem continuamente expostos ao risco de concussão, a repetição da mesma lesão é geral em esportistas. Diante disso, os atletas estão mais vulneráveis a lesões repetidas quando não se recuperam totalmente de uma concussão anterior e, mesmo depois a recuperação, os atletas são de duas a quatro vezes mais propensos a sofrerem outra concussão em qualquer momento”, explica a médica.

Nos últimos tempos, os casos de concussão no futebol tem aumentado. Na Eurocopa deste ano, o atacante Barnabás Vargas, da Hungria, colidiu com os adversários Gunn e Ralston, durante a vitória por 1 a 0 sobre a Escócia. Posteriormente ao impacto, Vargas caiu desacordado no gramado e permaneceu inconsciente até receber os primeiros atendimentos médicos, realizados em uma tenda improvisada ao seu volta. Preocupado com a situação do companheiro de equipe, o capitão da seleção húngara, Dominik Szoboszlai, veio a público para pedir a revisão dos protocolos médicos para casos graves de concussão, uma vez que o de Vargas.

De convenção com um estudo publicado na revista The Lancet Public Health em 2023, atletas de futebol de escol tendem a apresentar 1,5 vezes mais chances de desenvolver doenças neurodegenerativas em conferência ao restante da população. O que, para Rodrigo Brochetto, coordenador médico do Botafogo Futebol SA, está ligado diretamente aos problemas não tratados adequadamente, levando a pioras significativas do quadro.

“Atletas que sofrem concessões sucessivas e que, principalmente não fazem o tratamento adequado, tem um maior risco de apresentar no porvir uma doença chamada Encefalopatia Traumática Crônica, que pretexto uma degeneração progressiva, levando a mudança de comportamento (agressividade) e demência”, pontua o profissional.

De convenção com o Dr. Jhone Pereira, médico do time profissional do Cuiabá, o protocolo para o retorno de esportistas que sofrem com traumas na cabeça, divulgado uma vez que SCAT-6, será fundamental para o processo de recuperação totalidade de Vargas.

“O protocolo SCAT-6 prevê retorno gradual às atividades, com etapas diárias que devem ser atingidas. Se por contingência em um dia o desportista não atingir o previsto, voltamos detrás um passo e o tempo lentidão um pouco mais. A quantidade de dias para retornar vai depender da sisudez, do fiscalização inicial e, principalmente, do comportamento físico, galeno e cognitivo ao longo da recuperação “, explica o Doutor.

Juliano Blattes, médico do Sport Club Internacional, também explica que a imprevisibilidade das concussões gera dificuldade em preveni-las, tornando os protocolos de controle a solução mais viável.

“É muito difícil a gente prevenir uma concussão, até porque a concussão no futebol geralmente é um acidente, um ato inesperado. Quando o desportista do futebol sofre uma concussão, normalmente é com cabeceio, ou batendo a cabeça contra o solo. São esses dois mecanismos os mais comuns. Existem vários protocolos que aplicamos para vermos a sisudez dessa concussão. Em média, o desportista fica remoto sete dias das atividades esportivas. Em casos mais graves,ele pode permanecer 15 a 30 dias fora das práticas. No futebol, o padrão é de concussões mais leves”, analisa Juliano.

André Fujita, fisioterapeuta esportivo associado à SONAFE Brasil (Sociedade Vernáculo de Fisioterapia Esportiva e da Atividade Física), aponta que as concussões estão entre as três lesões mais frequentes em esportes de contato. Para o profissional, a campanha promovida pela FIFA e pela OMS é fundamental, pois ajuda a conscientizar pessoas do mundo esportivo sobre seus riscos.

“Hoje, a concussão não é fácil de ser prevenida, mas a subtracção da exposição de impactos na cabeça, mudança de regras do esporte, melhora do gesto esportivo e da capacidade física e técnica, podem ajudar a reduzir esses eventos. Por isso, é importante termos iniciativas que mostrem uma vez que identificar o problema e quais medidas serem tomadas, tanto para evitar lesões quanto para ajudar no processo de recuperação dos atletas”, ressalta André.

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