Na semana da convenção democrata, Trump se lança em 'contraofensiva' em estados decisivos nos EUA

Na semana em que o Partido Democrata se unirá em torno da candidatura de Kamala Harris à Presidência, durante a convenção pátrio da {sigla}, o ex-presidente e candidato republicano à Vivenda Branca, Donald Trump, lançou uma contraofensiva eleitoral, focada nos estados decisivos e que já está sendo marcada pelo tom invasivo dos discursos.

De consonância com a campanha republicana, em declarações à prelo americana, Trump realizará eventos “temáticos”, nos quais levantará tópicos importantes da campanha, porquê a economia, matéria de uma fala prevista para essa segunda-feira na Pensilvânia, um estado onde Kamala Harris parece ter revertido a vantagem do republicano nas pesquisas.

Na terça-feira, ele discursa sobre transgressão e justiça no Michigan, assuntos recorrentes em seus discursos, muitas vezes os associando à ingresso de imigrantes de forma irregular no país, um ponto considerado frágil da campanha democrata — segundo pesquisa do Washington Post, publicada na semana passada, a maior secção dos eleitores considera que Trump é mais capaz para mourejar com a imigração, apesar de Kamala ter reduzido um pouco a diferença.

Nos próximos dias, o ex-presidente viajará à Carolina do Setentrião, Nevada e ao Arizona, também para falar sobre transgressão, imigração e economia — os dois estados são considerados cruciais para o republicano caso ele queira retornar à Vivenda Branca em novembro, e as sondagens apontam para o prolongamento da candidatura democrata em ambos. No Arizona, ele deve ir até a fronteira com o México, e tutelar seus planos para a peroração de um muro na lema.

Além de Trump, seu candidato a vice, J.D. Vance, também se lançará em uma maratona de discursos e eventos. Nesta segunda-feira, ele esteve na Filadélfia, e na terça irá ao Wisconsin — em generalidade, ambos concentrarão forças em eventos menores, com públicos locais e que buscarão cristalizar as propostas republicanas para o país. Os dois participarão de um evento conjunto na quarta-feira, na Carolina do Setentrião.

— Não acho que precisamos minar o momento dela — disse Vance em uma entrevista à CNN nesta segunda-feira. — Só precisamos narrar a verdade ao povo americano. Só precisamos realmente contrastar essas duas visões e esses dois registros de realizações. Acho que se fizermos isso, o povo americano dará outra chance a Donald Trump.

Ao lançar a ofensiva, Trump quer, ao contrário do que sugeriu Vance, roubar as atenções, que estarão voltadas para Chicago, onde ocorre a reunião liderada por Kamala, até quinta-feira. E também torce para que tudo siga sem sustos ou polêmicas internas, porquê ocorreu com os democratas durante a convenção republicana, em julho.

Enquanto Trump era ungido porquê principal liderança do partido, dias depois de tolerar um atentado que quase lhe custou a vida, o Partido Democrata vivia a maior crise existencial em décadas, com um candidato à Presidência, Joe Biden, cada vez mais questionado se era realmente o mais capaz à disputa. O péssimo desempenho no debate contra o republicano, em junho, acelerou o processo de fritura, e uma sequência de gafes terminou por contaminar seus planos para a reeleição. Enquanto Trump era comemorado com tons messiânicos, os democratas se viam em um estado de letargia. Dias depois do termo da convenção, Biden desistiu da disputa, abrindo caminho para Kamala Harris.

Mas a estratégia de focar em temas cruciais, em falas realizadas em estados decisivos, também traz alguns riscos: o principal deles é o próprio Donald Trump.

Na semana passada, em um comício e em uma longa entrevista coletiva com ares de campanha, Trump tentou passar algumas de suas ideias sobre a economia, atacando a subida da inflação durante o governo Biden, acusando os democratas de aumentarem os impostos e alegando que a situação universal do país é pior do que quando ele estava no missão.

Hipérboles e números incorretos (porquê comprovaram agências de checagem de fatos), ele não evitou o tom radical em seus ataques contra Kamala Harris, e recuperou uma retórica generalidade nos tempos de Guerra Fria.

— Agora, Kamala está supostamente propondo um controle de preços comunista. Ela quer controles de preços, e se eles funcionassem, eu concordaria com eles, mas eles não funcionam. Eles na verdade têm o impacto e efeito exatamente opostos — disse Trump na quinta-feira.— Acho que tenho recta a ataques pessoais. Não tenho muito reverência por ela.

No sábado, em um oração na Pensilvânia que também deveria ser sobre economia, Trump zombou da forma porquê a vice-presidente ri, segundo ele, uma “risada de uma pessoa louca”, e disse que caso ela seja eleita, o mundo verá uma crise similar à depressão de 1929.

— Em seu oração ontem (sexta-feira), Kamala se assumiu totalmente comunista. A camarada Kamala anunciou que quer instituir controles de preços socialistas. Você viu que isso nunca funcionou antes… causará racionamento, rafa e preços exorbitantes — disse Trump, se referindo ao oração em que a democrata apresentou algumas das bases de seu projecto para a economia.

Lideranças republicanas temem que o radicalismo das falas, o nível de ataques pessoais a Kamala e a pouquidade de propostas possam alongar eleitores moderados, ainda mais no momento em que a democrata tem avançado nas pesquisas.

— As questões, as principais questões dos eleitores estão diretamente a seu obséquio — disse um ex-funcionário da Vivenda Branca no governo Trump, em entrevista ao site The Hill, em caráter de anonimato. — Eles podem se manter focados nisso? Nesses últimos 90 dias, essa será a chave. Porque eu acho que quando se trata das questões que importam, imigração, economia, etc, são, sem incerteza, as maiores questões e essas favorecem Trump.

Nesta segunda-feira, a campanha do republicano publicou uma imagem gerada por Perceptibilidade Sintético (IA) mostrando Kamala discursando em um evento com bandeiras comunistas ao fundo. No mesmo dia, as contas de Trump divulgaram imagens, também geradas por IA, sugerindo que a cantora Taylor Swift havia enunciado escora a ele. Em 2020, Swift endossou Joe Biden.

— Se for sobre questões, Trump tem muito mais verosimilhança de ter sucesso. Se for sobre atributos, Kamala tem muito mais verosimilhança de ter sucesso, porque, francamente, as pessoas gostam mais dela do que dele — disse à CNN o estrategista republicano Frank Luntz.

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