Ele era vendedor ambulante. Hoje, é dono de construtora e faz R$ 1,5 bilhão no setor imobiliário

Nem toda história de sucesso começa em um escritório. No caso do capixaba Mateus Oliveira, a trajetória para o topo do mercado de construção social começou na porta de baladas, onde ele ajudava a mãe a vender churrasquinho e bebidas para complementar a renda da família. Hoje, aos 30 anos, Mateus é fundador e CEO da Private Construtora, uma empresa na construção social faturou 800 milhões de reais no último ano e deve fustigar 1,5 bilhão de reais neste ano. 

“A gente nunca passou penúria, mas minha mãe fazia de tudo para sustentar a morada. E isso me ensinou o valor do trabalho duro”, diz Mateus.

Foi com essa prelecção que ele fundou a Private Construtora há quase 10 anos. A empresa é especializada em galpões logísticos, obras industriais e projetos no setor de petróleo e gás. Hoje, a Private está presente em mais de 50 canteiros de obras e planeja crescer ainda mais. A meta é vergar de tamanho ano que vem. 

Porquê a história começou

Mateus Oliveira cresceu em Vitória, no Espírito Santo, em uma morada humilde. Seu pai saiu de morada quando ele tinha exclusivamente três anos. Sua mãe, agente comunitária de saúde e modista, acumulava trabalhos para sustentar Mateus e sua mana. 

“Minha mãe trabalhava o dia inteiro e, à noite, vendia churrasquinho e bebidas na porta de baladas e eventos”, afirma Mateus.

Desde garoto, ele ajudava a mãe no trabalho. “Catava latinhas para complementar a renda e carregava caminhões para lucrar um trocado. Minha mãe sempre foi muito boa em vendas, e isso me inspirou desde cedo”, diz.

Aos 17 anos, Mateus conseguiu seu primeiro ofício fixo em uma fábrica da Fortlev, em Vitória. A empresa é uma das maiores fabricantes de caixas d’chuva do país.  

“Eu ia todos os dias até a empresa e via os gerentes almoçando. Um dia, abordei um deles na rua, pedi uma oportunidade e consegui”, diz. “Na entrevista, falei que daria meu melhor. Eu não era o mais qualificado, mas compensaria com esforço”. 

Na Fortlev, Mateus se destacou rapidamente. Assumiu um projeto de carteiras escolares feitas de polietileno, um tipo de plástico que estava parado, e conseguiu virar a situação. “Em seis meses, eu criei um projecto de vendas e fechei contratos com prefeituras”, diz. “Vendemos 7 milhões de reais em carteiras e pagamos todo o investimento”.

A experiência o aproximou dos donos da empresa, que se tornaram mentores informais. “Eles me ensinaram muito sobre negócios e gestão. Mas, com 20 anos, decidi que era hora de empreender. Montei um projecto de negócios e fui honesto com eles: queria encetar um pouco meu.”

O que a Private faz hoje

Fundada em 2014, a Private Construtora começou com pequenos projetos de reforma em apartamentos. O salto veio quando Mateus passou a atender obras industriais e logísticas.

Hoje, a Private é dividida em cinco unidades de negócios:

  • Galpões logísticos (carro-chefe da empresa);
  • Obras corporativas, uma vez que supermercados e escolas;
  • Projetos industriais;
  • Licitações públicas;
  • Obras de infraestrutura para o setor de petróleo e gás.

Com mais de 50 canteiros de obras em operação, a empresa atende clientes uma vez que fundos de investimento e empresas do setor de vigor. 

Só em 2024, a Private projeta faturar R$ 1,5 bilhão, impulsionada pela demanda crescente do e-commerce e da logística. E o Espírito Santo é um hub de logística importante para empresas, por estar, ao mesmo tempo, no Sudeste e mais próximo do Nordeste brasílio. Com a demanda em subida, a Private faz mais galpões, e fatura mais.

Sustentabilidade também é um pilar da empresa. “Investimos em tecnologias que reduzem emissões de carbono e otimizam o uso de recursos. Queremos crescer sem deixar de lado nosso compromisso com o meio envolvente”, diz Mateus.

Quais são as dificuldades do setor

A construção social é um setor publicado por seus altos e baixos. Mateus Oliveira, que começou sua trajetória no mercado há quase uma dez, aprendeu cedo a valimento de resiliência e boa gestão para enfrentar as dificuldades. 

“A construção social é cíclica. Temos momentos de grande expansão e outros de retração”, diz. Para sobreviver, é preciso ter governança e eficiência em todas as etapas do negócio”.

Outro travanca enfrentado por Mateus foi a ingresso em novos mercados, principalmente no início da atuação em obras industriais. “Foi provocador. Eu não tinha experiência nesse segmento, mas sempre fui muito transparente com os clientes. Isso nos deu credibilidade e me obrigou a aprender rapidamente”, afirma. “Hoje, entregamos projetos industriais com um padrão que nem imaginávamos no início.”

Aliás, gerenciar pessoas em um setor tão exigente foi outra curva de estágio. Com mais de 1.700 funcionários diretos, Mateus destaca a urgência de engajamento para manter a qualidade. 

“A produtividade de um time não depende só de ferramentas. Um envolvente de trabalho hospitaleiro impacta diretamente os resultados”, diz. “É por isso que investimos tanto no bem-estar da equipe, uma vez que oferecendo moca da manhã nos canteiros de obras. Pequenas atitudes fazem uma diferença enorme”.

Os planos para o horizonte

A meta de Mateus é levar a Private para novos mercados e vergar o faturamento até 2025. “Queremos expandir nossa atuação em São Paulo e em outras regiões onde a demanda por galpões logísticos e projetos industriais é subida”, afirma.

Aliás, Mateus tem planos de investir em formação de mão de obra. 

“Estamos desenhando um projeto para capacitar profissionais da construção social. É uma forma de restituir à sociedade o que aprendemos e ajudar outras pessoas a transformarem suas vidas”, diz.

Com o foco na expansão e um protótipo de negócios ajustado às demandas do mercado, Mateus acredita que a Private ainda tem muito espaço para crescer. 

“Meu objetivo não é ser a maior empresa do setor, mas entregar o melhor trabalho verosímil. É isso que vai nos levar para onde queremos estar.”

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