
'Ainda Estou Aqui' tem mais de 1 milhão de espectadores no cinema
A sensível história de Eunice Paiva em “Ainda Estou Cá“, filme brasílico que procura uma vaga no Oscar de 2025, foi assistida por 1,057 milhão de espectadores em 11 dias de exibição no Brasil. A marca foi anunciada pela Sony Pictures Brasil, que faz a distribuição do longa no país, nesta segunda-feira, 18.
Dirigido por Walter Salles e estrelado por Fernanda Torres e Selton Mello, Fernanda Montenegro e grande elenco, a produção é a escolha da Ateneu Brasileira de Cinema para uma vaga no Oscar de Melhor Filme Internacional de 2025. Desde a primeira exibição, na 81º Festival Internacional de Cinema de Veneza, no qual ganhou o prêmio de Melhor Roteiro, “Ainda Estou Cá” tem conquistado a aprovação dos críticos mundo afora.
‘Ainda Estou Cá’ é tudo isso, mesmo — e tem chances reais no Oscar
De Veneza para o Brasil, o longa também ganhou o Viff Audience Awards na categoria de Apresentações Especiais, filme predilecto da audiência para cinema mundial no Festival de Cinema de Mill Valley e o prêmio do público de melhor filme de ficção brasileira da Mostra de São Paulo. Fernanda Torres recebeu a estatueta de melhor atriz da Critics Choice Association para filme internacional.
Fundamentado no livro homônimo de Marcelo Rubens Paiva sobre a história de sua família, “Ainda estou cá” é o primeiro filme Original Globoplay, produzido por VideoFilmes, RT Features e Mact Productions, em coprodução com ARTE France e Conspiração, e distribuição da Sony Pictures.
Top 250 do Letterbox
A grande repercussão do filme nas bilheterias também se refletiu nas redes sociais. “Ainda estou cá” entrou na lista dos 250 filmes mais muito avaliados de todos os tempos da plataforma Letterbox, maior plataforma para os fãs de cinema em todo o mundo, ao lado de dois outros filmes brasileiros, “Mediano do Brasil” e “Cidade de Deus”. O longa também ficou em quarto lugar entre os Top 10 semanal, com uma das melhores médias de avaliação da plataforma.
Campanha para o Oscar
Desde “Mediano do Brasil” (1998), também de Walter Salles, o Brasil não é indicado ao Oscar. Naquele ano, não só o longa era nomeado na categoria de Melhor Filme Internacional, uma vez que também Fernanda Montenegro estava na disputa pela de Melhor Atriz. A estatueta mesmo, nem Walter, nem Fernanda levaram para mansão. Mas isso pode mudar no ano que vem.
“Ainda Estou Cá” foi escolhido pela Ateneu Brasileira de Cinema para simbolizar o Brasil na disputa por uma vaga ao Oscar 2025. Desde que passou por Toronto, os principais veículos de prelo de cultura do planeta começaram a inseri-lo na short-list de possíveis indicados à premiação na categoria de Melhor Filme Internacional. Fernanda Torres também desponta na estimativa de várias dessas listas para o prêmio de Melhor Atriz.
A campanha para a premiação segue ativa: o elenco ainda passa por outros festivais até o final do ano. No Brasil, além da Mostra, Fernanda Torres e Montenegro, Walter Salles e Selton Mello visitaram sessões em São Paulo, Rio de Janeiro, Recife e Salvador.
Onde ver ‘Ainda Estou Cá’?
O filme com Fernanda Torres e Fernanda Montenegro está em papeleta nos cinemas desde o dia 7 de novembro. Não há previsão de quando o longa chega ao streaming.
O Brasil já ganhou um Oscar?
O cinema pátrio nunca conseguiu um prêmio do Oscar, muito embora já tenha conquistado algumas indicações na premiação. A última vez que recebeu uma indicação de Melhor Filme Internacional foi em 1999, com o longa também de Walter Salles, “Mediano do Brasil”.
Veja inferior a lista de filmes brasileiros que já foram indicados ao Oscar:
- O Pagador de Promessas (1963) – Melhor Filme Internacional
- O Quatrilho (1996) – Melhor Filme Internacional
- O Que é Isso, Companheiro? (1998) – Melhor Filme Internacional
- Mediano do Brasil (1999) – Melhor Filme Internacional, Melhor Atriz (Fernanda Montenegro)
- Uma História de Futebol (2001) – Melhor Curta-metragem em Live-action
- Cidade de Deus (2004) – Melhor Diretor (Fernando Meirelles), Melhor Roteiro Apropriado (Bráulio Mantovani), Melhor Edição (Daniel Rezende), Melhor Retrato
- O Menino e o Mundo (2016) – Melhor Animação
- Democracia em Vertigem (Melhor Documentário)