Acordo com União Europeia e Mercosul deve ser anunciado em 6 de dezembro, diz Fávaro

O contrato entre a União Europeia e o Mercosul deve ser anunciado na reunião de cúpula do conjunto sul-americano, marcada para 6 de dezembro. A informação foi divulgada pelo ministro da Cultura e Pecuária, Carlos Fávaro, nesta segunda-feira, 18, ao Valor Econômico.

Mais cedo, durante evento no Museu de Arte Moderna (MAM), no Rio de Janeiro, onde ocorrem as reuniões do G20, o ministro declarou que “os avanços são bastante animadores para que se chegue a um bom termo” e que “nunca estivemos tão perto desse contrato”.

Segundo Fávaro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva conseguiu “tratar e superar questionamentos do Paraguai” em relação ao contrato. Apesar da resistência da França, o ministro acredita que “eles [França] vão terminar recebendo pressão, inclusive do conjunto europeu, que tem interesse nessa formalização”.

Fávaro destacou o clima de otimismo: “Por isso o nosso otimismo”. A enunciação reflete a crédito do governo brasílio no desfecho positivo das negociações entre os blocos econômicos.

Consonância União Europeia e Mercosul

Nesta segunda-feira, os agricultores franceses se mobilizaram em todo o país para reclamar contra as condições do setor. A mobilização ocorre menos de um ano em seguida protestos sem precedentes e diante da perspectiva de um contrato com o Mercosul, que pode aumentar ainda mais a situação.

No totalidade, “85 pontos de manifestações estão sendo preparados”, declarou Pierrick Horel, presidente da organização Jovens Agricultores (JA), à rádio RMC. A principal confederação de sindicatos agrícolas (FNSEA-JA) convocou a jornada vernáculo de protestos.

O ministro do Interno, Bruno Retailleau, alertou no domingo que haveria “tolerância zero” a qualquer “bloqueio longo” nas estradas. Menos de um ano em seguida um movimento de indignação que resultou em bloqueios em várias rodovias em janeiro, os sindicatos convocaram novas manifestações.

Os agricultores, afetados por colheitas ruins e doenças nos animais, avaliam que as mobilizações do ano pretérito não trouxeram resultados concretos. Para eles, as normas permanecem complexas e as receitas insuficientes.

No ano pretérito, as taxas sobre o combustível agrícola foram o principal rastilho dos protestos. Desta vez, porém, as críticas estão direcionadas ao projeto de contrato mercantil entre a União Europeia e os países do Mercosul (Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai).

Apesar da potente oposição da classe política francesa e de setores agrícolas, a UE parece determinada a assinar o contrato até o final do ano. O pacto permitiria aos países sul-americanos aumentar suas cotas de exportação de músculos bovina, frango e suína para o conjunto europeu.

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