Um relógio de colecionador: a história do Submariner da Rolex

Recentemente um de meus melhores amigos me pediu uma ajuda. O pai dele faleceu poucos anos detrás e deixou, entre outras coisas, alguns relógios antigos, sem uso. Uma dessas peças era um Rolex. Sabendo do meu apreço pelo objecto, ele me pediu uma ajuda para identificar e de repente dar novidade vida ao relógio do pai.

A peça havia sido, na verdade, do avô do meu camarada, e mais tarde passou para o pai. Eu imaginava que seria um Oyster Perpetual mais vital, clássico, talvez um protótipo 1002. O que já seria um baita relógio, para além do valor sentimental.

Para minha surpresa, tratava-se de um Submariner, praticamente um sinônimo de relógio de mergulho. E não era um Submariner qualquer, e sim um de referência 5512. Desde que foi lançado, em 1953, o protótipo já teve muitas e muitas versões. Somente entre 1953 e 1959 foram oito variações.

O 5512 foi o primeiro a ter pequenas saliência a protegendo a diadema, tem a certificação Superlative Chonometer Officialy e é um dos mais procurados pelos colecionadores.

Além de tudo, o relógio do meu camarada estava inteiramente original, bezel, bracelete de aço, diadema, tudo da mesma forma porquê o relógio foi vendido. A pátina, porquê é chamada a coloração do mostrador e dos ponteiros com o passar do tempo, estava linda, uniforme. Uma preciosidade, enfim.

Gavinha entre a Rolex e a exploração subaquática

A Rolex fez agora uma parceria com a revista de design Wallpaper para publicar a primeira história autorizada do relógio Oyster Perpetual Submariner. O livro foi escrito pelo responsável e técnico em relógios Nicholas Foulkes. Com 252 páginas e intitulado Oyster Perpetual Submariner – o relógio que desbloqueou as profundezas, está disponível em inglês e gaulês.

Trata-se do primeiro de uma série de títulos que exploram os relógios exclusivos da marca. O livro conta a história do primeiro relógio de mergulho com garantia de resistência à chuva a uma profundidade de 100 metros (330 pés), um verdadeiro progresso para os anos 1950.

Foulkes já escreveu 40 livros, alguns sobre relojoaria. Cá, ele narra a inovação técnica que levou à geração do relógio ao lado das aventuras de uma coleção extraordinária de pioneiros que testaram protótipos. “O Submariner, o arquétipo do relógio de mergulho, simboliza o gavinha histórico entre a Rolex e a exploração subaquática”, diz Arnaud Boetsch, diretor de informação e imagem da Rolex

De congraçamento com o executivo, com o tempo o Submariner evoluiu para um relógio icônico cuja renome se estende muito além do mundo oceânico, tornando-se o verdadeiro relógio de escolha para uma ampla gama de esportes e outras atividades.

Embaixadores Rolex apoiam o meio envolvente

Porquê o título do livro indica, o Submariner desbloqueou as profundezas. A Rolex criou depois relógios que podiam ir ainda mais fundo. São eles o Sea-Dweller (1967), o Rolex Deepsea (2008) e o Oyster Perpetual Deepsea Challenge (2022), que pode descer até 11.000 metros (36.090 pés).

O livro também aborda os Embaixadores Rolex, apresentados pelo prisma da Iniciativa Perpetual Planet da Rolex, que apoia organizações e indivíduos envolvidos na exploração e proteção do meio envolvente. A obra está à venda no site da Wallpaper por 125 euros.

E quanto ao relógio do meu camarada, alguém deve estar se perguntando? Ele acabou levando a uma assistência da Rolex para revisão, mas sem mexer no mostrador e nos ponteiros, mantendo a ar. E está muito feliz com seu Oyster Perpetual Submariner vintage em estado de novo.

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