Peru decreta emergência em três regiões afetadas por incêndios florestais

A presidente do Peru, Dina Boluarte, decretou, nesta quarta-feir, 18, estado de emergência em três departamentos da extensão de selva que ainda estão sendo fortemente afetados por incêndios florestais, os quais causaram a morte de 16 pessoas ao longo deste ano.

“Estamos acordando declarar estado de emergência nas regiões de San Martín, Amazonas e Ucayali”, disse Boluarte a jornalistas durante uma pausa na reunião semanal do Recomendação de Ministros.

Segundo a presidente, dos mais de 200 incêndios registrados nas regiões andinas e amazônicas do país, unicamente 38 estão ativos.

“Já avançamos em 80% para controlá-los e extingui-los”, acrescentou.

Crise climática e resposta governamental

Os incêndios florestais que ainda persistem localizam-se precisamente nas três áreas declaradas em emergência.

“Vivemos tempos em que as mudanças climáticas se intensificam”, destacou Boluarte. Ela ainda afirmou que a carência de chuvas e a seca prolongada agravaram a situação.

A decisão do governo ocorre posteriormente uma série de críticas dos governadores dessas regiões, que solicitaram mais recursos e base, afirmando que estavam sobrecarregados pelos incêndios.

Helicópteros do Tropa, da Marinha e da Força Aérea foram enviados para as áreas afetadas, conforme detalhou a presidente.

Origem e impactos dos incêndios

As autoridades peruanas atribuíram à “mão humana” a origem dos incêndios, instando a população a evitar a queima de resíduos vegetais e arbustos, prática avito utilizada para renovar terras de cultivo. Essa técnica, embora eficiente no pretérito, tem sido apontada uma vez que um dos fatores que contribuem para a propagação dos incêndios.

Ativistas também cobraram mais ação do governo, destacando que esses “desastres de grande magnitude” provocaram perdas humanas, além de danos significativos aos ecossistemas e à fauna e flora silvestres, segundo a Sociedade Peruana de Recta Ambiental.

Perdas agrícolas e previsão de novos incêndios

Os incêndios, que começaram em julho, devastaram pelo menos 1.495 hectares em todo o país, destruindo plantações de milho, cebola, pêssego e abacate, além de terem afetado 2 milénio hectares de pastagens. As regiões mais atingidas incluem Áncash, Huánuco, Ucayali, Amazonas, Útero de Dios, Piura, Lambayeque e San Martín.

A Resguardo Social alertou que a temporada de incêndios florestais deverá continuar até novembro.

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