
Após chuvas, cidades brasileiras saem do ranking de metrópoles com pior qualidade do ar
Em seguida período de muito calor em grande segmento do país, a chuva chegou a algumas regiões do Brasil nesta semana. O clima menos sequioso no Rio de Janeiro, Espírito Santo, Mato Grosso e São Paulo contribuiu para a redução dos incêndios e consequente melhora da qualidade do ar. Por outro lado, a seca ainda afeta a Amazônia e Brasília.
Na semana passada, São Paulo chegou a permanecer na primeira colocação de poluição em uma lista de monitoramento da qualidade do ar das 120 maiores metrópoles do mundo, feito pela empresa suíça IQAir. Na tarde desta quarta, depois chuvas e redução de queimadas no estado, a capital paulista figura na 37ª colocação. Agora, a pior colocação é de Lahore, no Paquistão.
Por outro lado, Porto Velho (RO) e Rio Branco (AC), que vêm apresentando os piores índices de poluição do Brasil, continuam com índices alarmantes. Porto Velho está com índice 246, que significa ar “muito insalubre”, e Rio Branco 197, da categoria “insalubre”. Nessas duas cidades havia previsão de chuva nesta semana, mas a quantidade de incêndio ainda é subida.
Em São Paulo e no Rio a temperatura reduziu bastante depois período de vaga de calor, e houve chuvas isoladas nos últimos dias. Macapá, Belém, Cuiabá e Vitória são outras capitais com previsão de precipitação na semana.
Em relação a uma semana detrás, o número de focos de incêndio se reduziu em mais de 80% no estado de São Paulo. Na segunda (16), segundo dados do Instituto Vernáculo de Pesquisas Espaciais (Inpe), havia 100 focos de incêndio no estado. Quatro dias antes os focos eram 718. No mesmo período, o número de focos no Rio diminuiu 95%.
Segunda quinzena de setembro menos quente e com pancadas de chuva
Segundo o MetSul, o auge da estação seca no Brasil acontece em agosto e no início do mês de setembro. Na segunda quinzena de setembro, historicamente, a chuva começa lentamente a retornar para as áreas secas do Meio do Brasil, que vêm sofrendo com queimadas.
A empresa de meteorologia indica que deve chover nos próximos 15 dias em pontos do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo. Entretanto, as precipitações em muitas áreas “devem ser mal distribuídas e em insignificante volume”. A maior concentração de precipitações, por sua vez, deve ocorrer na região Sul.
Seca continua em Brasília
Os incêndios acontecem em meio à segunda maior seca já registrada na capital, que está a 148 dias sem chuvas. Segundo o Instituto Vernáculo de Meteorologia (Inmet), não há previsão de chuvas em Brasília nesta semana.
Em função dos incêndios, a região meão da capital federalista amanheceu sob a névoa de fumaça e sujeira nas manhãs desta segunda, terça e quarta-feira.
Por motivo da exigência do ar, a Secretaria de Saúde suspendeu as aulas em escolas pelo terceiro dia seguido. A Universidade de Brasília (UnB) também suspendeu as atividades presenciais pelo segundo dia.